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Crédito Pessoal para jovens

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Crédito Pessoal para jovens

Pedir um crédito pessoal para jovens nem sempre é fácil devido aos rigorosos critérios exigidos pelas instituições bancárias. Mas é possível obtê-lo e com condições vantajosas. Conheça algumas das opções e saiba com o que contar.

Existem várias soluções de crédito para jovens. Seja para investir em formação, num negócio próprio ou para outra finalidade, há produtos que vão ao encontro das necessidades e possibilidades financeiras de cada um, incluindo os mais jovens.

Regra geral, o crédito pessoal jovem destina-se a uma faixa etária entre os 18 e os 30 anos, mas há entidades que permitem fazê-lo até mais tarde. Na maioria dos casos, este financiamento destina-se à ingressão no ensino superior ou ao investimento noutro tipo de formação. No entanto, existem outras opções de crédito que não obriga a ter uma finalidade concreta em termos de utilização.

Pedir um crédito é um passo importante na vida financeira de qualquer um e, em especial, de um jovem. Se está a pensar em pedir um crédito, este artigo é para si. Trazemos-lhe várias soluções de financiamento, para que possa colocar os seus planos em marcha.

Crédito pessoal para jovens para formação

Para quem quer investir em formação, o crédito formação apresenta condições vantajosas, com taxas de juro e spreads mais baixos e a possibilidade de um período de carência até ao final do curso.

Permite financiar Licenciaturas, Pós-graduações e Mestrados, nacionais ou internacionais. Além de ser destinado a estudantes, por norma está disponível também para profissionais que procuram especializações na sua área.

Este tipo de crédito permite pagar as propinas, a renda de casa, viagens e estadias (quando aplicável), o material didático e computadores, tal como outros tipos de despesas relacionadas com a formação.

São várias as entidades financeiras que disponibilizam crédito formação com ofertas para jovens que pretendem prosseguir com os estudos. Na Cofidis, se pedir um crédito pessoal – formação no valor de 10.000 euros para pagar num prazo de 60 meses, ficará a pagar uma mensalidade de cerca de 195 euros. A TAEG será de 7,4% e a TAN de 6,17%. Condições muito vantajosas, quando comparadas com outros tipos de crédito.

Pedir um crédito para formação é uma ótima solução financeira para estudantes que desejem avançar com a sua vida académica.

Crédito pessoal para jovens com garantia mútua

O crédito pessoal para jovens com garantia mútua é outra das soluções para quem quer investir na formação. À semelhança dos anteriores, é um produto que consiste no financiamento das despesas académicas dos alunos do ensino superior, com a diferença de que o fiador é o próprio Estado. Isto quer dizer que as restantes instituições de crédito não podem pedir qualquer tipo de aprovação ou garantia complementar, pessoal ou patrimonial para conceder o crédito. Caso o crédito ultrapasse os 15 mil euros, a instituição pode pedir ao estudante uma livrança, ou seja, uma promessa de pagamento da dívida à instituição credora.

O montante financiado pode ir de 1000 a 5000 euros por cada ano de curso e não pode ultrapassar os 30 mil euros no total. Este valor é disponibilizado mensalmente em tranches de igual valor durante todo o período da formação. Após o primeiro ano, o restante financiamento só será atribuído se o estudante tiver bom aproveitamento, mediante a apresentação de um comprovativo emitido pelo estabelecimento de ensino.

Pode ser uma solução mais vantajosa, uma vez que apresenta taxas de juro inferiores às dos créditos de consumo comuns. Além disso, há isenção de algumas comissões, os prazos de reembolso são mais longos e, na maioria dos casos, os alunos só pagam juros enquanto estão a estudar, ficando a amortização do capital adiada até à conclusão do curso.

Em comparação com outros créditos para formação sem garantia mútua, estes créditos são mais baratos. Os juros aplicados são compostos pela taxa swap (taxa referência do mercado para as taxas fixas), acrescida de um spread máximo de 1,25%. Caso os estudantes tenham bolsa de estudo, o spread é reduzido em 0,25%. A juntar a isto, não podem ser cobradas comissões de dossiê nem de reembolso antecipado.

Crédito pessoal jovem para empreendedores

Esta é a solução ideal para jovens que querem abrir o seu próprio negócio. Por norma, estes empréstimos incluem a aquisição de equipamentos e outros elementos de investimento necessários para o desenvolvimento do negócio.

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Além as entidades financeiras, os interessados podem e devem contactar o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), que disponibiliza uma série de apoios à criação de empresas e do próprio emprego, através de financiamento e de acompanhamento técnico. Esta solução apresenta várias medidas de apoio, entre elas, a “Criação do Próprio Emprego”, que consiste no financiamento total das prestações de desemprego para subsidiar um projeto que dê origem ao seu próprio emprego e a “Criação Empresas”, que permite o acesso a linhas de crédito com garantia e a bonificação da taxa de juro para criação do próprio emprego.

Crédito pessoal para jovens sem finalidade

Para os casos em que o pedido de crédito não se enquadra nas hipóteses anteriores, existem várias instituições de financiamento que oferecem soluções de crédito pessoal para jovens sem finalidade. Se quer pedir um crédito para múltiplas aplicações, saiba então que o crédito pessoal para jovens é o que melhor se adequa à sua situação.

O que é necessário para pedir um crédito pessoal para jovens?

Para pedir um crédito pessoal jovem há requisitos que deve cumprir. Desde já, esteja consciente de que pode não fácil convencer uma instituição financeira a conceder-lhe o crédito, derivado aos baixos rendimentos e à pouca estabilidade profissional nesta fase da vida.

Para viabilizar a concessão do crédito e conseguir as melhores condições, tenha em atenção os seguintes aspetos:

1. Assegure-se de que não está em incumprimento com o Banco de Portugal

Sempre que pede um novo empréstimo, o Banco de Portugal tem de confirmar se o cliente consta na base de dados de incumprimento da instituição. Para descobrir se está na Lista Negra tem de aceder à Central de Responsabilidades de Crédito. Em caso afirmativo, dificilmente conseguirá o crédito desejado. De qualquer forma, fique a saber aqui como sair da lista negra do BdP.

2. Entregue todos os documentos solicitados

Quando for pedir o crédito à entidade bancária, certifique-se de que leva consigo todos os documentos solicitados. Estes são os documentos que à partida lhe serão pedidos:

  • Cartão de Cidadão;
  • Comprovativo de Morada Fiscal (pode utilizar uma cópia da fatura da água ou da luz, por exemplo);
  • Comprovativo de IBAN;
  • Comprovativos de rendimento;
  • Mapa de responsabilidades (que pode encontrar no site do Banco de Portugal, na Central de Responsabilidades de Crédito)
  • Comprovativo de matrícula (no caso do crédito formação)
  • Documentos relativos ao aproveitamento ou a bolsas de estudo (no caso de crédito formação).

3. Pondere bem sobre o período de carência

No caso dos créditos para formação, é-lhe oferecida a possibilidade de usufruir de um período de carência durante o qual só paga juros, ficando a amortização de capital para mais tarde. Se tiver essa possibilidade, não utilize o período de carência ou não prolongue o prazo do empréstimo mais do que o necessário. Isto porque, quanto mais tempo estiver a pagar juros, mais caro vai ficar o empréstimo.

4. Prefira receber o dinheiro em tranches

Se a instituição de crédito o permitir, prefira a disponibilização do montante em tranches e não na sua totalidade. Como os juros são calculados com base no valor já libertado, esta é uma forma de adiar parte do encargo, enquanto o valor não é disponibilizado na totalidade.

5. Atenção aos prazos

Optar por um prazo alargado é apelativo. Tendo mais tempo para pagar o empréstimo, reduz o valor da mensalidade. No entanto, ao fazê-lo vai tornar a amortização de capital mais demorada e acaba por pagar mais em juros. Ou seja, quanto mais tempo demorar a saldar o empréstimo, mais pagará por ele. Desta forma, o melhor é optar por um prazo ajustado às suas possibilidades financeiras.

6. Assuma o compromisso

Se eventualmente começar a ter dificuldades em pagar as mensalidades, contacte imediatamente a entidade bancária. Não espere entrar em incumprimento para procurar uma alternativa e tentar renegociar o crédito. Esta atitude vai mostrar compromisso, e pode ajudá-lo a obter outros créditos no futuro. O banco não tem qualquer interesse em que deixe de pagar e por isso, vai estar recetivo a renegociações.