Créditos e empréstimos para estudantes: que soluções existem?
Índice de conteúdos:
- Que tipos de empréstimos para estudantes existem?
- O que é o crédito pessoal com finalidade educação?
- O que é o crédito para estudantes do ensino superior com garantia mútua?
- Alternativas ao crédito para estudantes
- Dicas para pedir um crédito para pagar os estudos
Recorrer a créditos ou empréstimos para estudantes é uma solução de financiamento para quem pretende investir na educação e formação, mas não tem recursos para pagar os estudos.
Este tipo de financiamento destina-se não só a jovens, mas a qualquer pessoa, em qualquer idade, que precise de um recurso financeiro para tirar um curso, obter uma certificação profissional ou fazer uma formação.
Se quer preparar o seu futuro académico ou profissional, mas as suas finanças não permitem dispor imediatamente do dinheiro necessário, saiba que créditos para estudantes existem.
Que tipos de empréstimos para estudantes existem?
Os estudantes que precisem de um empréstimo para financiar a sua educação e formação têm duas opções especialmente destinadas a esse fim:
- O crédito pessoal com finalidade educação
- O crédito universitário com garantia mútua
Estas soluções, por terem como finalidade o financiamento dos estudos, apresentam algumas vantagens em relação a um crédito tradicional.
Por um lado, as taxas de juro são mais baixas, o que significa que o esforço financeiro mensal para pagar as prestações vai ser mais baixo. Além disso, pode existir a possibilidade de um período de carência. Ou seja, o reembolso pode ser feito após a conclusão dos estudos.
O que é o crédito pessoal com finalidade educação?
O crédito pessoal com finalidade educação é um empréstimo com condições especiais. Embora, em termos gerais, tenha as mesmas regras de um crédito pessoal (como o que se contrata para comprar eletrodomésticos ou para viajar), tem algumas características específicas e condições mais vantajosas.
Por exemplo, a Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (TAEG) máxima para este tipo de crédito é significativamente mais baixa do que para um crédito pessoal.
Vejamos, por exemplo, as TAEG máximas definidas trimestralmente pelo Banco de Portugal (BdP) para o terceiro trimestre de 2025: 15,7% para um crédito pessoal (como lar, obras, consolidado e outras finalidades) e 9,1% caso o crédito tenha como finalidade a educação.
Para beneficiar desta TAEG mais baixa é essencial que, ao pedir o empréstimo para estudantes, refira a que finalidade se destina. A instituição de crédito pode exigir que o cliente comprove que a utilização dos fundos respeitou essa finalidade contratada, apresentando, por exemplo, comprovativos em como se matriculou ou concluiu o curso ou formação.
Como funciona este crédito para estudantes?
O crédito para estudantes pode ser usado para qualquer tipo de despesas relacionadas com a formação, o que inclui, por exemplo, matrículas, propinas, materiais tecnológicos e/ou didáticos ou deslocações necessárias à formação.
Destina-se a pessoas que precisam de financiamento para obter uma certificação profissional ou uma formação superior (licenciatura, MBA ou Pós-Graduação) em Portugal ou no estrangeiro.
No caso do Crédito Formação Cofidis, pode pedir um valor entre os 2.500 e 20.000 euros, tendo um prazo de pagamento que pode ir até aos 72 meses (seis anos). Além disso, tem a possibilidade de obter financiamento para 100% do valor da formação e não paga comissão de abertura, o que permite poupar algum dinheiro logo na fase inicial do empréstimo.
Como pedir um empréstimo para estudantes?
O processo para pedir um empréstimo para estudantes é o mesmo dos outros créditos pessoais. Ou seja, é possível fazer o pedido online e submeter toda a documentação necessária da mesma forma.
Neste caso, além dos comprovativos de identidade, residência, rendimentos e IBAN, é preciso entregar também um documento que comprove a matrícula, identificando o ano, o curso e o valor do mesmo.
Antes de pedir um empréstimo para estudantes é importante simular o valor das prestações, não só para perceber quanto ficará a pagar por mês, mas também pela possibilidade de ajustar prazos e valores ao seu orçamento e à sua taxa de esforço. Simular é, também, uma forma de comparar propostas de crédito, de forma a encontrar a melhor para o seu caso.
A vantagem de um crédito online é que o processo decorre de uma forma mais rápida. Basta submeter o pedido, aguardar pela avaliação feita pelos especialistas de crédito e, se tudo correr como esperado, em 48 horas obtém o financiamento pretendido.
Como funciona o crédito para estudantes do ensino superior com garantia mútua?
O crédito universitário com garantia mútua destina-se a financiar matrículas e propinas de cursos técnicos superiores profissionais, licenciatura, mestrado, doutoramento e pós-doutoramento em estabelecimentos do setor público e privado.
Este modelo de financiamento, em que o Estado atua como fiador, permite ainda que os estudantes com menos recursos possam ter direito a montantes para despesas complementares.
Permite obter empréstimos entre os 1.000 e os 5.000 euros, por ano de curso, com um máximo de 30.000 euros para os cursos de seis anos, considerando a conclusão dos estudos superiores sem reprovação.
Os montantes são disponibilizados em tranches mensais. Após o primeiro ano, o crédito só é renovado se o aluno passar de ano e comprovar o aproveitamento, junto do banco, entregando um documento emitido pelo estabelecimento de ensino.
Tenha em atenção que estes empréstimos para estudantes têm um período de carência de capital (ou seja, em que só paga juros) igual à duração do curso (12 a 72 meses), acrescido de um prazo de dois anos.
Esta opção está disponível apenas em algumas instituições de crédito, que deve consultar para mais informações.
Alternativas ao crédito para estudantes
O que fazer se quiser investir na sua educação e não reunir as condições para beneficiar dos créditos para estudantes e não tiver acesso a uma bolsa de estudos?
A solução pode passar por recorrer a um crédito pessoal normal, usando esse valor para fazer face às despesas que vai ter com o curso superior ou formação.
Assim, o crédito pessoal para jovens e o crédito online na hora são duas opções a considerar se precisa de financiamento para estudar.
Crédito pessoal para jovens
É um crédito pessoal que não tem finalidade definida. Ou seja, ao pedir um crédito pessoal para jovens não tem de justificar o motivo nem entregar comprovativo de matrícula ou de aproveitamento.
Significa isto que até pode escolher um valor superior ao que vai gastar para estudar, usando o que sobrar para comprar material informático, fazer uma formação complementar ou simplesmente para viajar.
O Crédito Pessoal Cofidis, por exemplo, tem um prazo de reembolso de sete anos e um limite de 50.000 euros, com taxas ligeiramente mais altas das que são aplicadas nos créditos com finalidade de formação. Ainda assim, e porque só pode ser concedido por entidades devidamente autorizadas pelo Banco de Portugal, as taxas máximas têm de obedecer aos limites trimestrais definidos pelo supervisor.
Crédito online na hora
Caso precise de obter rapidamente uma resposta ao seu pedido de crédito para estudar, um crédito online na hora pode ser a solução mais prática. O pedido e a entrega dos documentos exigidos são feitos online, o que poupa tempo e permite que trate de todo o processo a qualquer hora e sem sair de casa.
Após a análise da documentação e da sua situação financeira para avaliar o risco de incumprimento, terá uma resposta rápida. Se o crédito for aprovado, basta assinar digitalmente o contrato e, no máximo, em 24 horas o dinheiro é transferido para a sua conta bancária.
6 dicas para quem vai fazer um crédito para pagar os estudos
Antes de fazer um crédito para financiar os estudos, há alguns pontos a ter em conta para que o processo seja mais rápido e decorra sem qualquer tipo de problema:
- Certifique-se que está a recorrer a uma entidade autorizada pelo Banco de Portugal. Esta é a melhor forma de proteger os seus direitos e de evitar ser vítima de burlas;
- Simule diferentes valores e prazos para encontrar uma solução que seja adequada à situação financeira;
- Compare propostas até encontrar a opção mais vantajosa;
- Simule e analise a taxa de esforço para perceber se as prestações podem desequilibrar o seu orçamento mensal;
- Peça o seu mapa de responsabilidades de crédito, para perceber qual é o ponto da situação em relação a outros empréstimos e eventuais situações de incumprimento.
- Tire partido dos períodos de carência, caso tenha essa opção, mas tendo sempre presente que o crédito terá de ser pago na totalidade.