Quartos para estudantes: 4 opções a considerar (e como poupar)
Índice de conteúdos:
- Opções de alojamento para estudantes a considerar
- Sites para procurar alojamento para estudantes
- Dicas e cuidados a garantir
- Apoios financeiros e fiscais existentes
Encontrar quartos para estudantes universitários nem sempre é fácil, sobretudo em cidades onde a pressão na área da habitação é maior. Além disso, há que ter em atenção o orçamento disponível, a qualidade do alojamento, mas também possíveis apoios financeiros que ajudem a aliviar esta despesa.
Se está à procura de quartos para estudantes, fique a conhecer as opções disponíveis, saiba como e onde procurar e quais os cuidados a ter para garantir que o ano letivo começa com esta questão resolvida.
4 opções de alojamento para estudantes
Entrar no ensino superior é motivo de alegria e orgulho, mas quando isso implica mudar para uma cidade distante, também pode ser razão para algumas dores de cabeça e para uma corrida contra o tempo. Onde encontrar alojamento? Como conseguir um espaço com um valor que seja adequado ao orçamento da família?
Há respostas para estas inquietações. Conheça as principais opções para procurar e encontrar alojamento universitário.
1. Arrendar um quarto
É uma das opções mais comuns para os alunos universitários que vão estudar para longe de casa. Encontrar um quarto na casa de uma família ou num local onde vivem outros estudantes era, há alguns anos, uma alternativa relativamente económica. Contudo, em algumas cidades, por falta de oferta e aumento da procura, os preços têm subido muito.
Muitas vezes, a melhor forma de encontrar quartos para estudantes é falar com familiares e outras pessoas conhecidas ou procurar anúncios na internet e nas próprias universidades.
Existem também programas municipais que podem ser úteis para quem procura quartos para estudantes. Por exemplo, no Porto, o programa Aconchego permite que jovens universitários encontrem quartos em casas pertencentes a seniores.
2. Partilhar casa
Outra solução é encontrar um apartamento com vários quartos que permita a partilha da casa e das despesas. Esta opção dá mais liberdade do que viver num quarto e permite também alguma poupança, já que os estudantes podem dividir o valor da renda, eletricidade ou água e cozinhar e planear refeições ao seu gosto.
Se optar por esta solução, pode ainda beneficiar do apoio Porta 65 Jovem, destinado a jovens entre os 18 e os 35 anos, mesmo que não sejam familiares. No entanto, para poderem usufruir deste apoio, a casa ou o apartamento com o qual se candidatam deve ser de habitação permanente.
3. Residências de estudantes
Há dois tipos de residências de estudantes: as que são geridas pelas próprias universidades, através dos respetivos serviços de ação social, e as privadas.
As residências públicas destinam-se sobretudo a estudantes com recursos financeiros mais baixos, sendo o acesso feito através de candidaturas. Como há poucas vagas para muitos candidatos, a melhor é obter toda a informação necessária junto do estabelecimento de ensino o mais cedo possível.
Já as residências privadas têm preços mais elevados, mas oferecem níveis superiores de conforto, incluindo áreas comuns como piscina, ginásio ou salas de estudo.
As repúblicas estudantis, bastante comuns em Coimbra, são uma opção de alojamento universitário com bastante tradição. São casas partilhadas, com divisão de despesas pelos seus habitantes e regulamentos próprios.
4. Pousadas da Juventude
Devido à escassez de alojamento para estudantes universitários, foi criado o programa “Alojamento Já” que no ano letivo 2024/2025 disponibilizou 673 camas em 22 unidades das Pousadas da Juventude de todo o país.
Esta opção inclui comodidades como pequeno-almoço, wi-fi, limpeza diária e troca semanal de roupa de cama e toalhas, bem como acesso à cozinha.
Onde procurar alojamentos, apartamentos ou quartos para estudantes?
Por vezes, a maior dificuldade é mesmo saber por onde começar a procurar quartos ou outro tipo de alojamento para estudantes. As formas mais tradicionais, como placards e panfletos nos pólos universitários, lojas, cafés ou outros locais frequentados por estudantes são ainda um bom recurso para quem tenta encontrar um local para alojar alunos universitários.
Hoje em dia, os sites das universidades têm também informação útil e detalhada sobre a melhor forma de encontrar alojamento para estudantes. Mas há ainda outros sites e plataformas específicas para este tipo de anúncio, como por exemplo:
- Observatório do Alojamento Estudantil
- UniPlaces
- InlifePortugal
- Micampus
- BQuarto
- Wimdu
- Housing Anywhere
- OLX
- Idealista
- Sapo Casas
5 dicas e cuidados a ter ao procurar alojamento para estudantes
Ao procurar apartamentos ou quartos para estudantes, há alguns pontos que deve ter em conta para poupar e garantir que tudo decorre dentro da legalidade.
No alojamento para estudantes também existem situações que podem revelar-se problemáticas. Para as evitar, siga estas dicas:
- Defina um orçamento máximo para o arrendamento, tendo em consideração que há outras despesas mensais que terá de suportar;
- Tenha em conta a localização, uma vez que um alojamento mais barato pode implicar que fique mais longe de transportes ou num local muito distante da universidade;
- Caso se trate de uma casa partilhada é importante definir, logo à partida, regras muito claras quanto à divisão das despesas, utilização de áreas comuns, possibilidade de receber visitas, etc.;
- Antes de assinar o contrato de arrendamento, visite o alojamento para garantir que tem todas as comodidades anunciadas;
- Exija sempre um contrato de arrendamento, pois só assim consegue deduzir essa despesa no IRS.
Que apoios financeiros e fiscais existem?
Os estudantes universitários que frequentem estabelecimentos de ensino longe da sua residência habitual podem ainda beneficiar de alguns apoios financeiros ao alojamento.
Apoio extraordinário ao alojamento
O apoio extraordinário ao alojamento destina-se a estudantes do ensino superior que não estejam a usufruir de bolsas de estudo, e se encontrem na situação de estudante deslocado (a mais de 50km da residência do agregado familiar) e sejam beneficiários de abono de família (até ao 3.º escalão).
Complemento de alojamento
Os estudantes com vaga nas residências universitárias podem ainda ter direito a um complemento mensal, cujo limite é igual ao valor base mensal a pagar pelos bolseiros nas residências, até ao limite de 17,5% do indexante dos apoios sociais (IAS).
Se não conseguirem vaga nas residências dos serviços de ação social, os bolseiros têm ainda direito, nesse ano, a um complemento mensal igual ao valor do encargo efetivamente pago pelo alojamento, até ao limite de 55% a 95% do IAS (dependendo do concelho em que se situe a instituição de ensino superior que frequentam):
- 95% do IAS nos concelhos de Cascais, Lisboa, Oeiras, Porto e Sintra;
- 85% do IAS em Almada, Amadora, Braga, Coimbra, Faro, Matosinhos, Loures e Odivelas;
- 75% do IAS noutros concelhos.
Os estudantes bolseiros que recebam um complemento de alojamento têm ainda direito a um apoio à deslocação no valor de 50 euros (limite máximo anual de 400 euros).
Dedução das rendas
Os agregados familiares com estudantes deslocados beneficiam ainda de uma majoração das deduções com despesas de educação.
Ou seja, enquanto os outros agregados podem deduzir 30% dos gastos com o limite global de 800 euros, se tiver filhos a estudar fora pode deduzir, a título de rendas, um valor máximo de 400 euros. Neste caso, o limite global de 800 euros é aumentado em 300 euros se a diferença for relativa à renda.
No entanto, a dedução só é possível se:
- O aluno tiver menos de 25 anos;
- Frequentar um estabelecimento a mais de 50km da residência permanente do agregado familiar;
- Existir um contrato de arrendamento ou subarrendamento como estudante deslocado;
- O estudante comunicar à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) a sua condição de Estudante Deslocado;
- Forem emitidos recibo de renda eletrónicos ou faturas-recibo de renda;
- A fatura for validada como despesa de educação no e-Fatura.