12 dicas para reduzir gastos e conseguir poupar
Definir um orçamento, cortar em despesas supérfluas e criar um fundo de emergência são algumas das estratégias para conseguir reduzir gastos. Descubra outras dicas e garanta um maior equilíbrio das suas finanças.
Saber gerir as finanças pessoais é essencial para atingir metas financeiras, mas também para estar preparado para imprevistos. Assim, independentemente dos seus objetivos, é importante que crie hábitos de poupança saudáveis.
No entanto, seja porque surgiu uma despesa inesperada ou porque o salário não “estica”, nem sempre é fácil ter um pé-de-meia. O truque está em fazer um bom planeamento mensal e em reduzir gastos. Desta forma, conseguirá fazer face às despesas mensais e ainda lhe sobra algum dinheiro para pôr de lado.
12 formas de reduzir gastos e aumentar as poupanças
Para conseguir poupar dinheiro, precisa de estabelecer prioridades.
1. Defina os seus objetivos financeiros
Seja para comprar uma casa, fazer uma viagem, preparar a reforma ou até planear os estudos dos seus filhos, defina objetivos financeiros a curto, médio e longo prazo.
Depois, consoante as metas que pretende alcançar, deve estabelecer uma estratégia de poupança. Por exemplo, se for algo que tenha um prazo definido, é melhor concentrar-se primeiro nesse objetivo. Já se for algo que não tenha uma data limite, pode ir guardando o dinheiro de uma forma mais ocasional.
Se o ajudar, abra uma ou várias contas-poupança com um determinado valor a atingir e considere programar uma transferência automática no início de cada mês, quando recebe o ordenado, para garantir que cumpre com os objetivos definidos.
2. Crie um orçamento mensal
A melhor forma de reduzir gastos e conseguir poupar dinheiro mensalmente é através de um orçamento.
Comece por identificar todos os seus rendimentos, seja o ordenado, pensões, subsídios ou até dinheiro que receba de trabalhos esporádicos.
Depois, contabilize todas as despesas fixas e variáveis. Considere encargos com créditos, contas da luz, água e telecomunicações, gastos de supermercado, seguros, transportes e despesas médicas, mas também os custos com lazer e restauração.
Pode fazer o seu orçamento numa aplicação móvel, numa folha de Excel ou até num caderno. O importante é que faça este exercício todos os meses e que seja o mais específico possível, pois só assim conseguirá saber exatamente quanto está a gastar.
3. Siga o método 50/30/20
Se tem dificuldade em fazer um orçamento e em saber que valores destinar a cada objetivo, o método 50/30/20 pode ser uma boa ajuda.
Criada por Elizabeth Warren, esta regra permite-lhe organizar os rendimentos em categorias específicas. Depois de apurar os seus ganhos, divida-os da seguinte forma:
- 50% para necessidades essenciais: crédito à habitação, seguros, alimentação, água, luz e transportes, por exemplo;
- 30% para desejos: lazer, refeições em restaurantes, viagens ou subscrições mensais;
- 20% para poupança e dívidas: fundo de emergência, investimentos e amortização de créditos.
Claro que nem sempre é fácil fazer a divisão desta forma, sobretudo se precisar de mais de metade do seu salário para as necessidades indispensáveis. Mas o bom deste método é que pode adaptá-lo à sua realidade.
Em vez de 50/30/20 pode, por exemplo, fazer 60/20/20 ou 60/10/30. Ao fazer este exercício, consegue perceber mais facilmente onde pode reduzir gastos com o objetivo de aumentar o valor da poupança.
4. Corte em despesas não essenciais
Depois de ter uma visão realista dos seus gastos, é altura de começar a cortar no que é supérfluo:
- Elimine as subscrições dos serviços de streaming;
- Faça exercício em casa em vez de ir ao ginásio ou procure uma opção low cost;
- Reduza as idas a restaurantes e as encomendas de take-away;
- Prefira estacionar mais longe para poupar em parquímetros;
- Cancele as newsletters de lojas e marcas para evitar as compras por impulso.
5. Implemente pequenas mudanças em casa
Mudar alguns hábitos de consumo doméstico é uma forma simples de reduzir gastos e, consequentemente, conseguir poupar mais algum dinheiro:
- Tome o pequeno-almoço em casa e opte por levar marmitas para o trabalho;
- Planeie as refeições para a semana toda e faça a lista do supermercado tendo em conta o que vai cozinhar. Desta forma, evita o desperdício alimentar e as compras desnecessárias;
- Prefira os produtos de marca própria;
- Se conseguir, partilhe o carro nas idas para o trabalho ou opte pelos transportes públicos;
- Tome duches rápidos e feche a torneira sempre que não a estiver a utilizar. Aproveite também a água fria do duche para regar as plantas;
- Utilize as máquinas de lavar apenas quando estiverem cheias;
- Desligue as luzes quando não precisar delas, prefira as lâmpadas LED e evite deixar os aparelhos em stand-by;
- Se precisar de comprar um eletrodoméstico, opte pelos de classe mais elevada;
- Procure atividades culturais gratuitas.
6. Utilize pequenos truques para reduzir gastos e aumentar a poupança
Existem algumas estratégias simples que pode pôr em prática no dia a dia para reduzir despesas.
Comece por definir um valor limite para gastar semanalmente e levante essa quantia. Ao ver o dinheiro físico na sua carteira tem mais noção de quanto está a gastar. Sempre que receber troco, guarde as moedas num mealheiro.
Pode, também, tentar completar o desafio das 52 semanas, poupando durante um ano o valor correspondente a cada semana (ou seja, um euro na primeira, dois na segunda e assim por diante). No final do ano, terá poupado 1.378 euros.
7. Aproveite os descontos e os cartões de fidelização
Hoje em dia, grande parte das marcas têm cartões de fidelização. Podem ser de lojas de roupa ou calçado, super e hipermercados, associações ou até clubes de futebol e podem ter, ou não, componente de crédito.
A maioria não tem anuidade e permite acumular pontos ou descontos e ter acesso a promoções exclusivas. Sempre que considerar vantajoso, subscreva os cartões das lojas onde vai habitualmente, para conseguir poupar algum dinheiro nas suas compras. Além disso, esteja atento às promoções e aos saldos sazonais.
8. Reveja os serviços contratados
Analise o pacote de telecomunicações que tem atualmente e veja se é possível abdicar de alguns serviços. Depois, contacte a sua operadora para perceber se podem dar-lhe algum tipo de desconto.
Quando terminar o período de fidelização, veja as ofertas da concorrência para saber se consegue um preço mais baixo.
Quanto à eletricidade e ao gás, utilize o simulador da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos para descobrir que operadores oferecem as condições mais vantajosas. Pode até beneficiar de um desconto se juntar os dois serviços na mesma fatura.
9. Analise os seus seguros
Reveja, regularmente, as apólices dos seus seguros, seja o de vida, saúde, multirriscos habitação ou do carro. Pode acontecer ter dois seguros com coberturas idênticas e estar a pagar a mais desnecessariamente ou até perceber que há determinadas coberturas que não fazem sentido.
Depois, faça várias simulações e opte pela opção que oferecer melhores condições. Mas atenção: não olhe apenas para o preço, considere também os riscos cobertos e a franquia.
10. Consolide os seus créditos
Se estiver a pagar mais do que um crédito, pondere consolidá-los. O crédito consolidado agrega todas as dívidas numa só, permitindo-lhe ficar com uma única mensalidade. Na prática, passa a pagar menos todos os meses, mas em contrapartida o prazo de pagamento, por norma, aumenta.
Tenha em atenção que o crédito consolidado só faz sentido se tiver um orçamento muito apertado e só compensa se a taxa de juro for inferior às taxas de juros dos créditos que tem atualmente.
É importante que utilize a poupança mensal obtida com a consolidação para amortizar o financiamento e para as necessidades indispensáveis, e não para aumentar o consumo.
O Crédito Consolidado da Cofidis, por exemplo, não tem comissão de abertura e permite-lhe reduzir as suas prestações mensais até 70%.
11. Crie um fundo de emergência
O fundo de emergência funciona como uma almofada financeira para situações imprevistas que possam gerar dificuldades, como uma doença ou desemprego. Segundo os especialistas, deve colocar de lado o equivalente a seis e 12 meses das suas despesas mensais.
Provavelmente não conseguirá poupar todo esse dinheiro de uma só vez, mas o importante é começar e ter como objetivo aumentar essa poupança até atingir o valor que estabelecer.
12. Coloque parte das suas poupanças a render
Deixar o dinheiro numa conta à ordem ou “debaixo do colchão” pode ser encarado como uma solução de poupança segura. No entanto, esta estratégia faz com que, a longo prazo, “perca” dinheiro.
Considere investir uma parte das suas poupanças e, assim, pôr o dinheiro a trabalhar para si.
Dependendo do seu perfil de risco e dos seus objetivos, pode optar pelos planos de poupança, como os PPR, por Certificados de Aforro ou do Tesouro ou, ainda, por investir em instrumentos financeiros, como ações, obrigações e fundos de investimento.
Antes de investir, é fundamental que conheça os riscos associados ao produto que está a subscrever e as suas condições (por exemplo, se existe um prazo para resgatar o dinheiro). Também é importante que diversifique os seus investimentos e que nunca invista dinheiro que lhe faz falta.