Como poupar dinheiro mesmo ganhando pouco: 10 dicas infalíveis
Quer saber como poupar dinheiro mesmo ganhando pouco? Embora não seja uma tarefa fácil, a boa notícia é que existem algumas estratégias que pode colocar em prática, sem grandes esforços.
Com as despesas mensais a terem um peso cada vez maior no orçamento, é comum chegar-se ao final do mês com a sensação de que o dinheiro não chega para tudo e que é quase impossível poupar.
Se está nesta situação, talvez esteja na altura de rever os seus hábitos financeiros e fazer algumas mudanças para garantir que tem uma folga maior entre ordenados e, claro, que consegue pôr algum dinheiro de lado para os seus objetivos financeiros.
O truque está num bom planeamento, em aplicar as estratégias certas e manter a disciplina. Neste artigo, explicamos-lhe como poupar dinheiro mesmo ganhando pouco para que consiga reorganizar as suas finanças.
Qual o valor ideal a poupar mensalmente?
Aprender a poupar é essencial para garantir estabilidade financeira. No entanto, o valor amealhado mensalmente varia de pessoa para pessoa, já que depende dos rendimentos e das despesas.
Ainda assim, há algum consenso entre especialistas que recomendam pôr de lado pelo menos 10% do salário. Já outros, aconselham a guardar entre 15% e 20%.
Se não sabe muito bem quanto é que deve poupar, pode seguir o método 50/30/20. Ou seja, dedicar 50% do seu rendimento a necessidades essenciais, 30% a desejos e 20% a poupança.
Contudo, deve sempre analisar a sua situação pessoal. O ideal é que poupe o máximo possível, mas se 20% for um valor incomportável face às suas despesas indispensáveis, então pode adaptar a regra à sua realidade. Por exemplo, pode optar pela regra 60/30/10.
O mais importante, para rentabilizar as suas poupanças, é que ponha algum dinheiro de lado todos os meses.
Mas afinal, como poupar dinheiro mesmo ganhando pouco?
Para conseguir poupar dinheiro ganhando pouco, deve fazer algumas mudanças na forma como organiza as suas finanças pessoais. Comece por:
1. Fazer um orçamento mensal
Parafazer um orçamento eficaz, deve registar todos os seus rendimentos e despesas. Esta estratégia é fundamental para que tenha uma visão abrangente da sua realidade financeira. Por isso, é importante que anote tudo o que ganha, por mais pequeno que seja, e tudo o que gasta, mesmo as despesas que considera insignificantes.
Ao saber exatamente a diferença entre os seus rendimentos e as suas despesas, consegue controlar melhor os gastos, perceber onde pode cortar ou reduzir e, em última instância, poupar dinheiro.
2. Definir objetivos de poupança
Ter uma ou várias metas específicas ajuda a manter a motivação para poupar. Assim, e sobretudo se tem um orçamento reduzido, é importante que defina os seus objetivos de poupança, sejam eles comprar um carro, dar a entrada para uma casa ou até fazer uma viagem.
Depois, estabeleça quanto é que precisa de poupar e defina uma forma realista para atingir esse montante. Por exemplo, se o seu rendimento é relativamente baixo, pondere começar com valores menores. Se, mais tarde, conseguir aumentar o montante que poupa, ótimo.
3. Eliminar dívidas
Por exemplo,pagar os empréstimos e as dívidas do cartão de crédito ajuda-o a melhorar a sua situação financeira e a alcançar objetivos de longo prazo.
Primeiro, deve fazer um apanhado de todas as suas dívidas. Crie uma tabela com os diferentes créditos, quanto está a dever, as respetivas taxas de juros, o valor mínimo que tem de pagar mensalmente e a data em que o pagamento deve ser feito.
Depois, pode aplicar um destes dois métodos para eliminar dívidas:
- Método da bola de neve: começa por pagar os empréstimos mais baixos e depois os mais altos. Na prática, faz os pagamentos mensais habituais de cada dívida e, sempre que tiver algum dinheiro disponível (até pode ser um dos seus objetivos que falámos no ponto anterior), aplica-o à dívida menor. Quando essa estiver paga, utiliza o valor que lhe dedicava e qualquer dinheiro extra para pagar a dívida seguinte e assim sucessivamente.
- Método de avalanche: paga primeiro as dívidas com a maior taxa de juro (como os cartões de crédito e os créditos pessoais). A forma de o fazer é igual ao método anterior, mas aplica o dinheiro extra nas dívidas por ordem decrescente de taxas.
4. Criar um fundo de emergência
O fundo de emergência é uma “almofada” financeira que ajuda a fazer face a situações inesperadas e que requerem bastante dinheiro. Por exemplo, uma doença, perda súbita de rendimentos ou reparações urgentes em casa.
O valor a colocar neste fundo depende da realidade financeira de cada um, mas os especialistas aconselham a ter o equivalente a entre seis e 12 meses de despesas.
Pode parecer muito dinheiro para ter “parado”, mas a verdade é que ter um fundo de emergência garante-lhe tranquilidade financeira porque sabe que estará salvaguardado em caso de imprevistos.
Se preferir, pode colocar esse dinheiro em produtos que rendem alguns juros, como as contas poupança ou os depósitos a prazo, desde que sejam de mobilização rápida e sem penalizações de resgate.
5. Adotar o hábito de pagar-se a si primeiro
Para conseguir amealhar alguma coisa, deve ver a poupança como uma prioridade e não como um extra que faz “se sobrar dinheiro” ao final do mês. Isto porque o mais provável é que sobre muito pouco ou nada, sobretudo se tiver um rendimento mais baixo.
Assim, deve colocar de lado o montante destinado à poupança logo no início do mês. Para ser mais fácil, pode até programar uma transferência automática na sua aplicação bancária.
6. Aproveitar as alturas de maior rendimento
Nos meses de maior liquidez, como quando recebe o subsídio de férias, o subsídio de Natal ou até o reembolso do IRS, aproveite para fazer um reforço nas suas poupanças. Assim, conseguirá alcançar os seus objetivos mais rapidamente.
7. Renegociar as despesas fixas
Há gastos impossíveis de cortar, como o crédito da casa, as contas da água, luz e telecomunicações ou até os seguros. No entanto, há sempre a possibilidade de baixar os valores que paga:
- Tente renegociar com o banco os prazos e juros dos seus créditos. Se tiver mais do que um empréstimo, pondere recorrer ao crédito consolidado;
- Utilize o simulador da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) para encontrar os comercializadores de eletricidade e gás com as ofertas mais em conta;
- Reveja o seu pacote de telecomunicações e compare as ofertas em várias operadoras. Se estiver no final do contrato, pode conseguir negociar opções mais vantajosas com a sua operadora atual. Caso contrário, pode tentar rescindir o contrato e optar por uma empresa mais em conta;
- Periodicamente, peça simulações a várias seguradoras. Se conseguir um seguro com melhor preço, pondere trocar. Além do valor, deve ter sempre em atenção as coberturas, as exclusões e a franquia.
8. Cortar nos gastos supérfluos
Identifique no seu orçamento os gastos desnecessários que pode baixar ou eliminar de vez, como por exemplo:
- Leve marmitas para o trabalho em vez de ir almoçar fora;
- Cancele as subscrições dos serviços de streaming;
- Reduza as idas ao cinema ou opte por atividades culturais gratuitas (sabia que pode entrar em vários museus e monumentos de graça 52 dias por ano?);
- Compre livros, roupa e calçado em segunda mão;
- Adote estratégias para poupar água e luz em casa. Fechar a torneira enquanto lava os dentes ou toma duche, aproveitar a água fria do banho, desligar as luzes sempre que não precisa delas ou não deixar aparelhos em stand-by são alguns hábitos que pode incorporar no seu dia a dia;
- Faça uma lista do que precisa e quando for ao supermercado leve só o essencial. Tente optar pelas marcas brancas ou próprias, que geralmente são mais baratas.
9. Comparar preços e aproveitar as promoções
Antes de ir às compras, compare os preços em várias lojas. Isto é válido quer para as coisas mais pequenas, como as despesas de supermercado, quer para compras mais dispendiosas, como um novo eletrodoméstico.
Além disso, privilegie as épocas de saldos e promoções e faça uso de todos os cupões, talões e cartões de fidelização que tiver disponíveis.
10. Fazer um acompanhamento regular do orçamento
Para que consiga atingir os seus objetivos de poupança, deve rever regularmente o seu orçamento.
Pode fazê-lo todas as semanas ou uma vez por mês, mas o importante é que o faça para poder ajustar o que for necessário e conseguir poupar cada vez mais.
Ainda assim é difícil poupar? Procure fontes de rendimento extra
Se mesmo depois de todos estes ajustes e mudanças é-lhe quase impossível conseguir poupar, considere encontrar outras fontes de rendimento.
Comece por tentar negociar o seu salário. Depois, pode também procurar um part-time, vender os seus produtos e serviços na internet, encontrar formas de rendimento passivo ou até fazer pequenos investimentos.
Em alturas mais complicadas, ou face a um imprevisto que vai desestabilizar o orçamento familiar, pode recorrer a um crédito pessoal para despesas, como o da Cofidis. O importante é que o faça de forma responsável, para não comprometer as suas finanças.