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Poupança para filhos: que soluções existem?

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Sérgio Rodrigues
Sérgio Rodrigues

Criar uma poupança para filhos é uma das decisões mais importantes que os pais podem tomar para garantir um futuro financeiro mais tranquilo e seguro. Mas afinal, qual é a melhor altura para começar, como manter a consistência e em que produtos financeiros investir?

Neste vídeo, o especialista em finanças pessoais Sérgio Rodrigues responde a estas questões e partilha dicas práticas para ajudar as famílias a dar os primeiros passos neste processo.

Qual o momento ideal para começar uma poupança para filhos?

Quando falamos em poupança, a resposta é simples: quanto mais cedo começar, melhor. Isto porque o tempo é o maior aliado de qualquer investimento, principalmente numa poupança para filhos, que normalmente só será utilizada muitos anos mais tarde. 

Assim, o segredo está no poder dos juros compostos. Quanto mais cedo começar a poupar, mais tempo o dinheiro terá para crescer. Mesmo pequenos valores, se aplicados de forma regular, podem fazer uma grande diferença no futuro.

Mais importante do que começar, é manter a disciplina. Definir um valor mensal (mesmo que pequeno) é preferível do que aplicar um montante elevado numa única vez e depois parar.

Como garantir a consistência da poupança?

Neste seguimento, o especialista recomenda automatizar uma transferênciamensal, para transformar a poupança num hábito estável e contínuo.

Outro ponto essencial é evitar deixar o dinheiro parado em contas à ordem sem rendimento. Isto porque, com o tempo, a inflação reduz o valor real da poupança e, por isso, é importante procurar soluções financeiras que permitam rentabilizar o dinheiro a longo prazo.

Em que produtos financeiros investir?

Quando falamos em aplicar dinheiro, é importante distinguir dois grandes grupos: produtos de poupança e produtos de investimento.

  • Nos produtos de poupança (como os depósitos a prazo, contas poupança ou certificados de aforro) a grande vantagem é a segurança, já que o capital aplicado está protegido por mecanismos como o Fundo de Garantia de Depósitos, que cobre até 100.000 euros por pessoa, mesmo que a instituição financeira vá à falência. No entanto, a rentabilidade destes produtos costuma ser mais baixa. 
  • Já os produtos de investimento (como os fundos de investimento, ETF ou ações) não têm capital garantido e envolvem um maior risco de perda parcial ou total do capital investido. Em contrapartida, oferecem maior potencial de crescimento a longo prazo e, por isso, o investimento será mais beneficiado. 
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Existem ainda os produtos híbridos, como os planos de poupança reforma ou os seguros de capitalização, que podem combinar características de poupança e investimento e ainda oferecer benefícios fiscais

Independentemente da sua escolha, é importante considerar a perspetiva temporal, os objetivos definidos e os custos ou comissões de cada produto, já que estes podem reduzir significativamente a rentabilidade final.

Entre os principais custos a ter em consideração estão:

  • Os custos de subscrição: comissões cobradas ao subscrever ou reforçar o produto;
  • Os custos de resgate: aplicados quando levanta o dinheiro;
  • E os custos de gestão: cobrados anualmente sobre o capital investido.

Assim, é fundamental conhecer bem as opções disponíveis, o perfil de risco e encontrar o equilíbrio certo entre segurança e rentabilidade. 

Dicas essenciais a reter

Criar uma poupança para filhos é um compromisso a longo prazo e um verdadeiro investimento no futuro. 

Por isso, mais importante do que encontrar o “produto certo” é começar cedo, manter a consistência e escolher soluções ajustadas ao perfil da família e aos objetivos definidos.

No final, não há dúvidas. O tempo e a disciplina são os grandes aliados de qualquer poupança ou investimento. 

Assista ao vídeo completo e descubra como criar uma poupança para filhos de forma eficaz.

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