10 erros comuns a evitar ao juntar créditos num só
Índice de conteúdos:
- O que significa juntar vários créditos num só?
- Qual o impacto do crédito consolidado nas finanças pessoais?
- Quais os erros mais comuns ao consolidar créditos?
Juntar créditos num só é uma estratégia que ajuda a reduzir o valor das prestações mensais e a aumentar o rendimento disponível. Contudo, existem alguns erros que, quando cometidos, podem comprometer esta poupança.
Assim, ao consolidar os seus créditos é muito importante analisar com cuidado todas as condições para garantir que está mesmo a negociar uma boa solução para poupar e reduzir o impacto das prestações no seu orçamento mensal.
O que significa juntar vários créditos num só?
Juntar vários créditos num só significa que todos os empréstimos passam a estar concentrados numa única instituição em vez de estarem dispersos por duas ou mais. Esta solução chama-se crédito consolidado e tem como consequência a concentração de todas as prestações numa só (geralmente mais baixa), com uma taxa de juro única.
A opção pelo crédito consolidado pode ocorrer num contexto de renegociação de crédito, caso existam dificuldades em cumprir o pagamento de todas as prestações. No entanto, também é possível consolidar créditos mesmo quando as contas estão equilibradas e não há risco de incumprimento. De um modo geral, acaba por ser uma forma de reduzir o valor das prestações e poupar dinheiro todos os meses.
Desta forma, juntar créditos num só é uma opção válida em praticamente todos os contextos, desde que represente uma melhoria na sua vida financeira. Até porque é possível consolidar vários tipos de empréstimos, desde o pessoal (o que inclui o crédito automóvel), o cartão de crédito, linhas de crédito e crédito habitação.
Qual o impacto do crédito consolidado nas finanças pessoais?
Como referido anteriormente, ao juntar créditos num só vai conseguir poupar dinheiro. Esta é a principal vantagem da consolidação de crédito, sobretudo em casos em que a taxa de esforço com empréstimos é elevada.
Como o valor da prestação única é mais baixo do que a soma de todas as mensalidades que tinha, a poupança ao fim do mês vai ser significativa. Dependendo do número de créditos, do tipo de empréstimo e do valor das prestações, pode conseguir poupar centenas de euros que pode utilizar para amortizar os créditos ou para criar um fundo de emergência.
Além de reduzir as despesas mensais, vai ter também apenas uma taxa de juro. Se tiver vários empréstimos e cartões de crédito, estas taxas são diferentes e, no caso dos cartões, mais altas do que num crédito pessoal.
Por outro lado, dado que todos os empréstimos vão estar concentrados numa instituição, o valor das comissões e outras despesas a pagar (como seguros de proteção ao crédito) também descem.
O facto de só ter uma prestação num dia certo e não ter várias mensalidades para pagar ao longo do mês também facilita a organização da vida financeira.
Por fim, ter um prazo mais longo para pagar os seus créditos é outra consequência de recorrer ao crédito consolidado. Apesar de este prolongamento poder encarecer o empréstimo, permite, por outro lado, aliviar a pressão sobre as suas finanças.
Quais os erros mais comuns ao juntar créditos num só?
O crédito consolidado só é realmente uma boa opção se tiver cuidado para não cometer alguns dos erros mais comuns quando se juntam vários créditos num só. Saiba quais são e o que é possível fazer para os evitar.
1. Não comparar propostas entre diferentes instituições
Tal como na contratação de um crédito, na consolidação também é essencial comparar antes de escolher. Optar pela primeira proposta que encontrar dificilmente garante que está a escolher a melhor opção.
Como tal, antes de avançar para a consolidação, faça várias simulações e avalie as condições propostas.
2. Escolher uma taxa de juro mais alta
Antes de juntar os créditos num só confirme as taxas de juro dos empréstimos que já tem, para que depois possa compará-las com a taxa de juro da consolidação.
Se a taxa for maior do que a que tem nos seus créditos atuais, vai pagar mais do que se mantivesse os vários empréstimos. Ou seja, os créditos vão ficar mais caros. Esta solução só é positiva se estiver mesmo a precisar de reduzir o valor das prestações mensais.
3. Focar-se apenas na prestação mensal
Tal como os anteriores, é um erro motivado pela urgência e pela necessidade de reduzir a taxa de esforço com os empréstimos, e que pode levar a que acabe por gastar mais do que se tivesse mantido os créditos separados.
Por isso, ao comparar propostas de crédito consolidado não olhe apenas para o valor da prestação e avalie outros custos e condições.
4. Ignorar comissões e custos adicionais
Estas são pequenas despesas que, somadas, podem tornar a consolidação menos vantajosa. Os custos “escondidos” são muitas vezes ignorados, mas devem ser tidos em conta quando se pondera juntar créditos num só.
Analise as propostas com atenção, faça contas e perceba qual vai ser o peso dessas despesas.
5. Aceitar prazos demasiado longos sem avaliar o impacto
O prolongamento dos prazos de reembolso pode parecer uma boa ideia, porque terá mais tempo para pagar a dívida. Mas se analisar com atenção as condições, percebe que o que acontece, na prática, é que esse valor vai ser diluído por vários anos, fazendo com que pague mais juros.
O contrário também é válido. Ou seja, ao querer pagar os créditos rapidamente vai aumentar o valor da prestação, o que tem impacto na sua taxa de esforço.
6. Juntar créditos que estão quase a terminar
Se está quase a acabar de pagar um dos seus empréstimos, talvez não seja boa ideia juntá-lo aos restantes para fazer a consolidação. Isto porque ao juntar os créditos são aplicados os mesmos prazos e juros a todos. Como consequência, o empréstimo que está quase pago vai sair-lhe mais caro e demorar mais tempo a saldar.
7. Aceitar uma hipoteca sobre a casa
Esta é uma decisão que deve ser bem ponderada, porque arrisca perder a casa para conseguir pagar créditos pessoais ou cartões de crédito. Caso seja necessária uma garantia, pondere encontrar fiadores ou outra solução.
8. Cair em burlas de crédito
Tenha em atenção que apenas as entidades devidamente autorizadas pelo Banco de Portugal (BdP) podem conceder crédito e praticar o crédito consolidado. Por isso, é muito importante garantir que está a lidar com uma instituição credível e que age sob supervisão do BdP. Caso contrário, pode ser vítima de burlas que agravam a sua situação financeira em vez de a melhorarem.
9. Manter hábitos financeiros prejudiciais
Muitas vezes, juntar créditos num só é uma forma de resolver situações de sobreendividamento ou de incumprimento de crédito. Nestes casos, é ainda mais importante garantir que vai reorganizar as suas contas para evitar cair nos mesmos erros e que não vai desperdiçar a folga financeira para se endividar novamente.
O crédito consolidado é uma forma de resolver um problema e não deve ser um pretexto para manter maus hábitos financeiros.
10. Pedir mais créditos
Uma das possibilidades do crédito consolidado é obter financiamento extra. Embora esta opção possa ser vantajosa em certos casos – como por exemplo, quando consegue poupar centenas de euros e precisa de um pequeno crédito para um projeto específico – noutros contextos é uma tentação a que deve resistir.
Se tem uma taxa de esforço alta e muitas despesas mensais para além da prestação de crédito, evite assumir novos compromissos enquanto não pagar todos os empréstimos.
Juntar os créditos é uma solução útil, mas que deve ser analisada de uma forma ponderada, sem cometer erros que possam colocar em causa as suas vantagens.
Para avaliar as condições, pondere o crédito consolidado da Cofidis, uma solução sem comissão de abertura e com prestações fixas, para que consiga realmente poupar mais ao juntar os seus créditos.