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10 dicas para escolher o melhor crédito pessoal

1 min
Olga Teixeira
Olga Teixeira
Escolher o melhor crédito pessoal

Índice de conteúdos:

  1. Aspetos a saber sobre o crédito pessoal
  2. Como escolher um crédito pessoal
  3. 10 passos para escolher o melhor crédito pessoal
  4. Respostas a questões frequentes

Escolher o melhor crédito pessoal não é apenas fazer contas e olhar para os números. Há outros pontos a considerar para ter a certeza que está a optar pela melhor solução.

Se está a pensar em contratar um crédito pessoal, não tome uma decisão sem conhecer os passos a dar e os aspetos que deve analisar e comparar. Descubra as nossas dicas.

Crédito pessoal: o que saber antes de avançar

Uma despesa inesperada, uma viagem, obras inadiáveis, (re)decorar a casa… os motivos para precisar de um financiamento à medida das suas necessidades são muitos. E a solução de financiamento para estas situações é, muitas vezes, um crédito pessoal.

Como o prazo é longo (pode chegar aos sete anos) e o leque de valores alargado (pode ir dos 2.500 aos 50.000 euros dependendo do tipo de empréstimo), o crédito pessoal acaba por se adequar a vários tipos de projetos pessoais e profissionais e a todos os orçamentos.

Há, no entanto, algumas variáveis que podem dificultar a escolha. Por exemplo, como saber qual é o prazo de reembolso mais adequado ou qual a melhor opção de financiamento? E como comparar diferentes opções quando há tantos dados para analisar?

Na verdade, com tanta informação e várias opções disponíveis, nem sempre é fácil decidir. Ou, mais importante, decidir bem.

Ponderação, segurança e simulação são palavras-chave quando se fala em crédito pessoal. Explicamos como pode aplicá-las na sua tomada de decisão.

Como escolher um crédito pessoal?

O ponto de partida para escolher o melhor crédito pessoal é saber qual a finalidade do empréstimo. É que há algumas diferenças entre os vários tipos de crédito pessoal, que se tornam muito relevantes na altura de contratar e reembolsar.

Por exemplo, os créditos que tenham como finalidade a educação e formação têm taxas de juro mais baixas do que um crédito pessoal para férias.

Caso pretenda um empréstimo para comprar um carro, vai ter um prazo de reembolso mais longo, porque o crédito automóvel tem um limite de 10 anos em vez dos sete habituais.

Existem ainda créditos para valores mais baixos, destinados, por exemplo, à compra de eletrodomésticos ou mobiliário, que pode pagar num período mais curto de tempo.

Ou seja, há um crédito pessoal para cada tipo de projeto. Só tem de escolher o que mais se adequa ao seu.

10 passos para escolher o melhor crédito pessoal

Um crédito pessoal é uma responsabilidade que vai assumir durante algum tempo. Por isso, não se precipite na decisão. Veja a nossa checklist para escolher o melhor crédito pessoal e certifique-se que segue todas as etapas.

1. Analisar necessidades e definir o objetivo do crédito

Esta é a fase das perguntas essenciais para um crédito responsável. Antes de fazer um pedido ou de começar as simulações, procure as respostas para estas questões:

  • Qual é o objetivo do crédito?
  • Precisa mesmo de assumir este compromisso?
  • Qual o valor que vai precisar?
  • Quanto pode pagar por mês?

2. Fazer simulações 

Agora que sabe qual o valor necessário para adquirir o produto ou serviço que deseja, comece por fazer várias simulações, que já garantem uma ideia aproximada de quanto vai custar realizar o seu projeto.

Ao simular fica a saber, por exemplo, qual o valor da prestação para um empréstimo no valor de 10.000 euros e um prazo de reembolso de 5 anos. Também consegue saber qual é a Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (TAEG) e qual o valor total que vai pagar pelo seu crédito. São bons pontos de partida para o que se segue.

3. Ponderar sobre o prazo de pagamento

Prefere pagar o seu crédito durante mais tempo e, assim, ficar a pagar menos por mês? Ou o seu objetivo é saldar rapidamente essa dívida, mesmo que a prestação mensal seja mais alta?

Ao fazer as simulações pode avaliar vários prazos de reembolso até encontrar o que melhor se ajusta ao seu orçamento.

4. Calcular a taxa de esforço

Sabendo o valor da prestação – embora nas simulações o valor ainda não seja definitivo – consegue perceber qual o peso que esta despesa vai ter no seu rendimento.

Este é um indicador muito importante, até para avaliar o seu risco de incumprimento. Se tem um ou mais empréstimos e o valor das prestações consome grande parte do seu ordenado mensal, uma doença ou uma situação de desemprego vão complicar bastante as suas contas no final do mês.

Simular a taxa de esforço dá-lhe uma visão mais abrangente da sua situação financeira.

5. Comparar propostas de crédito

Para escolher é preciso avaliar diferentes opções, comparando os pontos que permitem perceber, claramente, qual é o melhor crédito pessoal para determinada situação.

Ao simular e ao contratar um crédito ao consumo tem acesso à Ficha de Informação Normalizada (FIN), um documento que resume as condições da proposta de crédito. Como a FIN é normalizada – ou seja, a informação é apresentada da mesma forma, seja qual for a entidade financiadora – é mais fácil comparar várias propostas.

Leia maisDireito ao esquecimento em créditos e seguros: como funciona?

Um dos pontos principais a analisar é a TAEG, que indica o custo total dos empréstimos incluindo encargos com juros, comissões bancárias, despesas processuais, seguros e todas as outras despesas. Escolha a mais vantajosa. 

6. Analisar os encargos do empréstimo

Ao analisar propostas de crédito e comparar diversas opções, deve ainda ter em conta outros dados para além da TAEG. É importante ter em consideração outros encargos, como taxas e comissões (por exemplo, perceber se o crédito tem comissão de abertura, o que representa um custo adicional).

Ao analisar a FIN, tenha atenção a estes pontos:

7. Negociar o que for possível

É verdade que, por vezes, a proposta apresentada é mesmo a melhor proposta possível, tendo em conta os valores do crédito, o prazo de reembolso e a capacidade financeira de quem pede o empréstimo.

De qualquer forma, pode sempre tentar negociar algum ponto, de forma a poupar algum dinheiro no processo de contratação ou no decorrer do empréstimo. Por exemplo, pode perceber se consegue ter taxas e prestações fixas, para poder gerir melhor o seu orçamento mensal.

8. Avaliar a contratação do seguro de proteção ao crédito

Embora não seja obrigatório e represente uma despesa adicional – que pode ser incluída na prestação – um seguro de proteção de crédito é, também, uma forma de garantir que o crédito pessoal continua a ser pago caso algum imprevisto aconteça.

Este tipo de seguro assegura o pagamento das prestações em situações de desemprego ou doença. Em caso de invalidez ou morte, é pago o capital em dívida à data do sinistro.

9. Ler com atenção o contrato de crédito 

Mesmo que tenha a certeza que escolheu o melhor crédito pessoal, não deixe perguntas por fazer nem dúvidas por esclarecer. Antes de assinar o contrato, leia com atenção todos os pontos e certifique-se que compreende todas as condições.

Estas são algumas das informações que têm de constar do documento (e que também estão na FIN):

  • Tipo, duração, valor e total e condições de utilização do crédito;
  • Taxa de juro anual nominal (TAN), TAEG e montante total imputado ao consumidor (MTIC);
  • Encargos decorrentes do contrato de crédito; 
  • Taxa de juros de mora aplicável;
  • Consequências da falta de pagamento;
  • Garantias e seguros exigidos;
  • Procedimentos e custos do reembolso antecipado.

10. Estar alerta a eventuais burlas

A segurança é a base de qualquer contrato de crédito e só é possível obter empréstimos seguros e válidos do ponto de vista legal se estes forem concedidos por entidades devidamente autorizadas pelo Banco de Portugal.

Pessoas ou empresas sem esta autorização podem estar associadas a tentativas de burla ou apresentar condições que não cumprem a lei. Por vezes, atrás de promessas de crédito fácil estão esquemas para conseguir dados pessoais ou para obter, de forma ilegítima, os bens das pessoas que pedem os créditos. Escolha uma instituição de confiança. 

4 respostas a questões frequentes

Ainda tem perguntas sobre como escolher o melhor crédito pessoal? Temos as respostas às questões mais frequentes sobre o tema, para que tenha todos os esclarecimentos que precisa antes de escolher o seu crédito.

Qual a taxa de esforço máxima permitida para um crédito pessoal?icon

A taxa de esforço deve ser a mais baixa possível, para não sobrecarregar o seu orçamento. Embora o Banco de Portugal imponha às instituições financeiras um limite máximo de 50% na concessão de crédito, especialistas recomendam que esta percentagem se situe idealmente entre os 25% e os 35%, não devendo ultrapassar os 40% em situações excecionais.

Existe um crédito pessoal para jovens?icon

O crédito pessoal pode ser pedido em qualquer idade, mas se a finalidade do empréstimo for o financiamento dos estudos, é possível ter melhores condições através do crédito para estudantes.

É obrigatório ter um seguro associado ao crédito pessoal?icon

O seguro de proteção de crédito não é obrigatório, mas pode ser útil em situações de doença, desemprego, incapacidade ou morte. É uma garantia para ambas as partes (financiador e financiado).

Quais os impostos a pagar ao fazer um crédito?icon

Ao contratar um crédito, terá de pagar o Imposto do Selo pela Utilização do Crédito (ISUC) e o Imposto do Selo sobre Juros.

O melhor crédito pessoal é, afinal, o que melhor se adequa às suas necessidades e que permite poupar tempo (por exemplo, se puder fazer o pedido online) e dinheiro.

Um crédito pessoal que não cobra comissões de abertura, como o Crédito Pessoal Cofidis, junta estas duas vantagens. Faça uma simulação e conheça as condições para concretizar os seus projetos. 

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