Crédito

6 cuidados a ter ao pedir um empréstimo para pagar dívidas

1 min
Daniela Cunha
Daniela Cunha
Senhor a pedir um empréstimo para pagar dívidas

Será que pedir um empréstimo para pagar dívidas é a melhor solução? Neste artigo, explicamos-lhe em que casos pode ser vantajoso e que alternativas existem.

Índice de conteúdos:

  1. Quando pedir um empréstimo para pagar dívidas?
  2. Que cuidados deve ter ao fazer o pedido?
  3. O que fazer depois de contrair o empréstimo?
  4. Alternativas ao crédito

As situações de instabilidade financeira e a dificuldade em pagar as despesas mensais podem levar algumas pessoas a recorrer a créditos para conseguirem fazer face às suas dívidas.

No entanto, antes de avançar para esta solução, é fundamental perceber o que implica e analisar se será a melhor opção para o seu caso. Afinal, ao fazer um empréstimo para pagar dívidas estará a endividar-se novamente.

Fique a conhecer em que casos é que se justifica recorrer a esta alternativa e que cuidados deve ter. Descubra, também, que outras opções pode considerar para pagar dívidas e resolver o seu problema.

Quando pedir um empréstimo para pagar dívidas?

Se for bem gerido, um crédito pode ser um importante instrumento de gestão financeira. Assim, há situações em que pedir um empréstimo para pagar dívidas pode fazer sentido.

1. Quando permite pagar menos de juros

Um bom exemplo são os cartões de crédito, que geralmente têm juros muito altos. Imagine que tem uma dívida no valor de 5.000 euros e paga a taxa de juro máxima de 19,1% (o valor definido atualmente pelo Banco de Portugal).

Se fizer um crédito pessoal sem finalidade ou para pagamento de despesas, mesmo à taxa máxima de 15,9%, acaba por pagar menos, conseguindo uma poupança significativa nas mensalidades. Assim, irá conseguir uma maior folga financeira e mais margem para controlar as suas despesas.

2. Quando o novo crédito permite consolidar todos os empréstimos e baixar a prestação

Também pode compensar pedir um empréstimo para pagar dívidas quando o novo crédito permite consolidar todas as dívidas numa só.

Dessa forma, fica apenas com uma prestação mensal, geralmente mais reduzida, a uma única entidade de crédito. Deve, no entanto, ter em atenção que mensalidades menores costumam significar um prazo mais alargado para o pagamento da dívida, o que pode representar comissões mais elevadas.

Além disso, o crédito consolidado só compensa se a taxa de juro for inferior às taxas dos créditos que quer consolidar.

6 cuidados a ter ao pedir um crédito pessoal para pagar dívidas

Pedir um empréstimo para pagar dívidas de outros créditos pode ser uma solução viável, desde que o crédito seja feito de forma responsável. Assim, é importante que tenha alguns cuidados se optar por esta via.

1. Avalie a credibilidade da instituição de crédito

Além dos bancos, também as financeiras e outros intermediários de crédito podem emprestar dinheiro. No entanto, deve ter cuidado com a instituição a que recorre. Nem todas estão reguladas e, por isso, podem exigir condições incomportáveis ou aplicar taxas de juro acima dos valores legais.

Além disso, fica mais exposto a fraudes e burlas. Antes de escolher a instituição a que vai pedir um empréstimo para pagar dívidas, consulte o site do Banco de Portugal para verificar se está devidamente autorizada e registada. Assim, garante que está protegido de situações irregulares ou fraudulentas.

2. Faça simulações

Antes de escolher um crédito, deve fazer várias simulações e comparar propostas. Consulte a Ficha de Informação Normalizada (FIN), que é um documento que contém todas as informações importantes para analisar e comparar propostas.

3. Analise as taxas de juro

Pedir um crédito pessoal para pagar dívidas só compensa se o novo crédito tiver taxas de juro mais baixas do que as dos créditos que já está a pagar. De outra forma, fica a pagar uma mensalidade ainda mais alta.

Ao comparar taxas de juro, além do regime (se é fixa ou variável), deve ter atenção a três termos para saber realmente o custo do empréstimo:

É principalmente com a TAEG que se deve preocupar, que deve ser mais baixa do que a praticada nos seus créditos atuais.

4. Pondere o prazo de pagamento

Antes de decidir contrair um empréstimo para pagar dívidas, deve analisar os prazos de pagamento e perceber se consegue cumprir com as suas obrigações.

Reveja as suas despesas e o seu orçamento mensal, calcule a taxa de esforço (ou seja, a percentagem do seu rendimento que é destinada ao pagamento dos créditos – pode simular aqui a sua) e verifique se irá conseguir pagar as mensalidades sem criar mais problemas financeiros.

Leia maisO que são e como calcular os juros de mora?

5. Tenha em conta outros encargos

É normal que as instituições bancárias proponham a contratação de produtos ou serviços financeiros como contrapartida para reduzir os custos do empréstimo.

Antes de contratar o crédito, deve analisar os custos destes encargos (as chamadas vendas associadas facultativas) para perceber se compensa. Além disso, não se esqueça de verificar se há penalizações caso mais tarde queira desistir de algum dos produtos contratados.

6. Mantenha um bom histórico de crédito

Pedir um empréstimo para pagar dívidas pode ter um impacto negativo no seu histórico. Analise se esta é mesmo a melhor solução e se conseguirá cumprir com os pagamentos.

Ter prestações em atraso pode significar entrar em risco de incumprimento. Se isso acontecer, será muito mais difícil obter financiamento com condições favoráveis.

Pode conhecer o seu histórico pedindo o Mapa de Responsabilidades de Crédito no site do Banco de Portugal.

O que fazer depois de contrair um empréstimo para pagar dívidas?

Se está a pensar em recorrer a um crédito pessoal para pagar dívidas, deve implementar, de imediato, medidas que o ajudem a reorganizar as suas finanças e evitar voltar à mesma situação.

Para isso, é fundamental que consiga poupar algum dinheiro mensalmente para poder amortizar o empréstimo o mais rápido possível.

Comece por criar um orçamento mensal com todos os seus rendimentos e despesas (fixas e variáveis). Depois, veja onde pode cortar para poder reduzir os seus gastos. Claro que existem algumas despesas que não pode evitar, como a habitação e a alimentação, mas poderá ter gastos supérfluos que estão a pesar no orçamento e podem ser eliminados.

Por fim, é importante que pense em criar um fundo de emergência para fazer face a despesas imprevistas. A quantia do seu fundo depende das necessidades da sua família, mas, regra geral, é aconselhável que coloque de lado o equivalente a cerca de seis meses de salário.

4 alternativas ao crédito

Quando se está numa situação financeira difícil, pedir um crédito para pagar dívidas pode ser a primeira solução considerada. No entanto, saiba que existem alternativas mais seguras, já que com um novo crédito pode correr o risco de sobreendividamento.

1. Tente renegociar a dívida

O banco tem todo o interesse em recuperar o dinheiro que empresta. Por isso, se perceber que está a começar a ficar numa situação financeira difícil, contacte o seu banco.

Ao alertar para o risco de incumprimento, tem direito a receber da instituição bancária um documento que o informe dos seus direitos e deveres. O banco deve avaliar a sua capacidade financeira e, se for possível, deve propor-lhe soluções de pagamento adequadas.

Se já tiver prestações em atraso, aconselhe-se junto da Rede de Apoio ao Cliente Bancário e veja com o seu banco a possibilidade de integrar o PERSI – Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento.

2. Recorra a um empréstimo de particulares

Pedir dinheiro emprestado à família ou a amigos pode ser a solução mais rápida para resolver os problemas financeiros. Além de conseguir pagar a dívida, à partida não lhe serão cobrados juros. No entanto, deve ponderar bem esta hipótese, uma vez que este tipo de favores pode terminar em desavenças.

3. Peça um crédito online na hora

Os créditos online na hora são empréstimos ao consumo com um processo de solicitação e autorização bastante mais rápido do que um crédito “normal” e com muito menos exigências burocráticas.

Dependendo da instituição financeira, do tipo de pedido e do cliente, o crédito pode ser aprovado em cerca de 24 horas, por isso pode ser uma boa opção para pagar dívidas urgentes.

Um crédito online de aprovação rápida pode ser, por exemplo, um crédito pessoal para pagamento de despesas ou uma linha de crédito.

4. Consolide os seus créditos

Se tem mais do que um crédito (por exemplo, o crédito à habitação e um crédito pessoal) poderá ver vantajoso consolidá-los. Na prática, estará a fazer um novo empréstimo, mas agrupa todas as suas dívidas numa só, com um único pagamento mensal.

A vantagem do crédito consolidado é que lhe permite reduzir as taxas de juro e a prestação. No entanto, o prazo de pagamento costuma ser maior.

Caso esteja numa situação financeira complicada, pondere consolidar os seus créditos em vez de fazer um empréstimo para pagar dívidas. A Cofidis oferece um Crédito Consolidado sem comissões de abertura e com taxas, mensalidades e prazos fixos. Faça uma simulação e simplifique a gestão dos seus financiamentos.

simulador credito consolidado

O que achou?