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Cinco regras para evitar o seu desastre financeiro

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evitar o seu desastre financeiro

A crise financeira que deu origem à “grande recessão” nas economias ocidentais já lá vai. Mas as lições que se podem retirar deste período de dificuldades e riscos devem permanecer e não serem esquecidas. Para conseguir atravessar tempestades com alguma segurança, convém tratar as finanças pessoais com o cuidado que merecem. E há, pelo menos, cinco regras que, se não forem cumpridas, antecipam problemas no futuro. Saiba quais são.

1. Faça um orçamento

Para que o seu dinheiro não desapareça sem que saiba para onde foi, a primeira coisa que terá de fazer é um orçamento. Tome nota das despesas que realiza e dos rendimentos que recebe. Desta forma, poderá perceber se está a gastar demasiado em relação ao dinheiro que ganha e em que gastos poderá cortar com o objetivo de corrigir a situação e aumentar a poupança. Estabeleça metas para o futuro e discipline-se para que as consiga cumprir, em vez de ir recebendo e gastando num regime que é uma ameaça de caos para o seu equilíbrio financeiro.

2. Não compre tudo novo

Comprar bens novinhos em folha é uma tentação. Mas nem sempre é um bom negócio. Há muitos produtos que, através de uma busca por sites que disponibilizam aquilo que outras pessoas querem vender, podem ser adquiridos por preços mais favoráveis, gerando poupanças que devem ser investidas de modo a melhorar o seu conforto financeiro. Antes de comprar seja o que for, pense duas vezes. Se chegar à conclusão que a despesa é essencial, investigue o mercado de segunda mão, onde, nos dias que correm, se pode encontrar facilmente quase tudo, desde carros a mobiliário para a sua casa.

3. Não gaste mais do que aquilo que recebe

O crédito ao consumo e os cartões de crédito facilitam a realização de certas despesas para as quais as pessoas podem não ter meios. Mas o recurso a estes serviços deve ser feito apenas em situações realmente necessárias. Controle-se e controle o seu grau de endividamento em comparação com aquilo que são os seus rendimentos. É muito fácil entrar numa espiral em que, a certa altura, já se torna difícil, ou mesmo impossível, suportar encargos com juros e amortizações dos créditos. Mais uma vez, fazer um orçamento e estabelecer metas e prioridades é uma ferramenta que pode evitar desastres financeiros.

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4. Coloque dinheiro de lado para complementar a sua pensão de reforma

Um dos grandes problemas de quem não consegue poupar e aplicar o dinheiro que coloca de lado é que não dispõe uma visão sobre o futuro. Este parece algo distante. O assunto é tratado com um encolher de ombros e o desabafo de que “depois, logo se vê”. É um erro e as consequências poderão ser irreversíveis. Evite fazer agora despesas que não são essenciais para que, mais tarde, quando chegar a altura de passar à reforma, não tenha de ser confrontado com uma quebra do seu poder de compra e do seu nível de vida. Quanto mais cedo começar a poupar, melhor, porque poderá, inicialmente, correr mais riscos em troca de melhores rendibilidades. Se não investir para a sua reforma, até pode acontecer ter de trabalhar até mais tarde para compensar a falta de poupança, situação que é possível que não lhe agrade.

5. Construa um fundo de emergência

Na vida, há situações inesperadas que nos colocam perante desafios financeiros que podem ser difíceis de resolver se não estivermos munidos de uma “almofada” de segurança. Como diz o ditado, “quem vai para o mar, avia-se em terra”. Doença ou desemprego são dois exemplos de situações em que a existência da tal “almofada” pode revelar-se fundamental. Calcule as suas despesas mensais e construa um fundo de emergência que lhe permita suportá-las durante seis meses num cenário, mesmo que fictício, em que não tenha outras fontes de rendimento. Aplique o dinheiro em produtos de elevada liquidez, que lhe permitam utilizar o dinheiro quando precisar dele, como depósitos a prazo ou fundos de tesouraria.