Direitos e Deveres

Agravamento no seguro automóvel? Saiba porquê

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agravamento do seguro automóvel

Já se sabe que seguro automóvel é obrigatório, pelo menos o de responsabilidade civil, em que o segurado tem de indemnizar terceiros por danos que tenha causado. Por isso, se está habilitado para conduzir e tem um carro, não tem como escapar a esta obrigação. Mas ao contratar o seu seguro, deve ter em conta qual é o seu perfil enquanto condutor e também o tipo de veículo que tem, uma vez que estes fatores condicionam o agravamento (ou não) do prémio do seu seguro automóvel.

O que é o agravamento do seguro automóvel?

As seguradoras são livres de definir o preço dos seus serviços. Por isso, o nosso primeiro conselho é que, na altura de escolher o seu seguro, compare todas as ofertas do mercado para garantir que opta pela mais vantajosa para a sua carteira e para o seu perfil enquanto cliente.

Depois, deve também olhar para os fatores que essas mesmas seguradoras definem como condicionantes do agravamento do prémio de seguro a pagar. Ou seja, quanto maior for o risco que determinado condutor apresente, mais elevado será o valor a pagar pelo seguro. Imagine que é um condutor com 22 anos, que herdou o carro antigo, com mais de 20 anos, do seu pai. Neste caso, tem tudo para ver o seu seguro agravado. A falta de experiência na condução e o estado do seu veículo, mais propenso a avarias e a acidentes. Mas vamos conhecer melhor os fatores mais comuns que as seguradoras definem para agravar um seguro automóvel.

  • Idade do condutor e tempo de carta de condução – como já viu pelo o exemplo atrás referido, a idade pesa na altura de contratar o seguro. Por norma, as seguradoras assumem que os condutores mais jovens têm menos experiência e, por isso, mais probabilidade de acionar o seguro. Também o tempo de carta é outro fator importante, pelos mesmos motivos. Ou seja, até pode ter 40 anos feitos, mas se tem a carta de condução há apenas um ano, a sua experiência será pouca e mais suscetível a acidentes.
  • Características do carro – os carros mais antigos não cumprem os mesmo requisitos de segurança que os veículos mais modernos. Por isso, se o seu carro tiver mais de 10 anos, a seguradora pode assumir que o seu carro não oferece tantas garantias para uma condução segura e, provavelmente, agravará o prémio do seu seguro. Por outro lado, se tiver uma viatura topo de gama, ainda que moderna, verá também o valor do seu seguro a agravar-se, já que o seu valor venal (o valor de mercado) é mais elevado. Assim, caso tenha um acidente que resulte em perda total do veículo, o valor a pagar pela indemnização será muito mais elevado para a seguradora.
  • Infrações ao Código da Estrada – seja um condutor exímio e respeite as regras de trânsito para que não leve um cadastro manchado para a seguradora, que avaliará também as infrações no seu histórico de condução para lhe agravar ou não o prémio do seguro.
  • Número de acidentes – pelos mesmos motivos das infrações ao Código da Estrada, também o número de acidentes que tem no seu currículo enquanto condutor contam, e muito, para as seguradoras. Ou seja, se já tiver tido alguns acidentes na estrada, será considerado um condutor de maior risco e, logo, verá o seu prémio de seguro subir.
  • Franquias mais altas, prémios mais baixos – imagine que a franquia contratada no seu seguro é de 500 euros. Isto representa que os prejuízos que tiver com o seu carro, até esse valor, serão assumidos por si. Mas se o montante dos danos for superior a esses 500 euros, a seguradora será responsável por assumir o pagamento adicional. Assim, quanto maior for a franquia que pagar, imagine que mil euros, o valor do prémio será mais baixo, uma vez que a seguradora diminuirá também os custos a nível de pagamentos adicionais, extra franquia.
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Agora que já se sabe o que pode levar ao agravamento do seu seguro automóvel, leve estes fatores em consideração na altura de fazer contrato com uma seguradora. Veja as diversas opções e escolha o seguro que melhor se enquadre consigo e com o seu carro.

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