Como assegurar a diversificação da sua carteira de investimentos?
Muitos dos leitores já terão ouvido histórias de investidores que conseguiram obter elevadas rendibilidades ao investirem apenas num ativo. Pode acontecer. Há ações, por exemplo, que em determinado período experimentam valorizações impressionantes. É o caso de títulos de empresas em ritmo de crescimento acelerado, em que a expetativa de aumento dos lucros futuros justifica subidas na cotação acima da média do mercado.
Acontece que o risco que se corre ao apostar apenas numa ação, ou num pequeno grupo de títulos, pode ser compensado. Mas o perigo de se registarem perdas também é maior. Por este motivo, a palavra chave para quem pretenda aplicar dinheiro no mercado de capitais com a preocupação de minimizar os eventuais sobressaltos seja a diversificação.
Diversificar uma carteira de ações não só baixa a volatilidade, como reduz o risco de uma catástrofe futura nas suas finanças pessoais. Possíveis perdas num título podem ser compensadas pelos ganhos alcançados através de outros, em benefício da saúde das suas poupanças. Mas qual é, afinal, a melhor estratégia para conseguir um nível de diversificação capaz de baixar o risco da carteira?
Há investidores que optam por colocar o dinheiro em meia dúzia de empresas portuguesas, por exemplo. Mas escolher uma solução deste género não pode ser considerado diversificação. Estudos académicos defendem que é necessário ter, pelo menos, 30 ações numa carteira de investimento para se poder começar a considerar que se está perante um portefólio diversificado. Os problemas podem, ainda assim, não estar resolvidos.
Se um aforrador tiver em mãos ações de três dezenas de empresas diferentes, mas que atuem no mesmo setor de atividade, ou no mesmo país ou região geográfica, não haverá diversificação suficiente e o risco manter-se-á a níveis que podem ser preocupantes. Otimizar a diversificação significa investir em diferentes setores, em empresas de dimensões distintas, de grandes a pequenas e médias, e em diferentes zonas do globo. Como é que um investidor de pequena dimensão pode concretizar a construção de uma carteira com este género de exigências?
A resposta é simples. Um fundo de investimento que aposte em ações de todo o mundo resolve a situação. É um instrumento adequado a pequenas poupanças e quem o gere procura oportunidades a nível global, em vez de se concentrar num setor ou num grupo de empresas de determinado país ou região. Como aconselha a tradicional máxima dos mercados de ações, trata-se da melhor forma de evitar colocar todos os ovos no mesmo cesto.