Tudo o que precisa de saber sobre as candidaturas ao ensino superior
Segunda-feira, 27 de Setembro, esta é a data que muitos estudantes, que estão a terminar o ensino secundário, têm na cabeça. Nesse dia saem os primeiros resultados do concurso nacional de acesso ao ensino superior, o momento em que milhares de jovens têm a certeza de que entraram na universidade. Muitos deles vão preparar-se para deixar a casa da família pela primeira vez, para procurar um caminho para o futuro.
Datas importantes para o acesso ao ensino superior
Para ajudar neste caminho reunimos aqui as principais datas que marcam as candidaturas ao ensino superior deste ano e os passos a que deve estar atento.
2/7 a 16/7 | 1.ª fase dos exames nacionais |
2/8 | Resultados da 1.ª fase dos exames e das provas de equivalência à frequência |
6/8 a 20/8 | Candidaturas à 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior |
1/9 a 7/9 | 2.ª fase dos exames nacionais |
16/9 | Resultados da 2.ª fase dos exames e das provas de equivalência à frequência |
31/8 | Resultados da reapreciação dos exames da 1.ª fase |
27/9 | Resultados da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior |
27/9 a 8/10 | Candidaturas à 2.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior |
8/10 | Resultados da reapreciação dos exames da 2.ª fase |
14/10 | Resultados da 2.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior |
21/10 a 25/10 | Candidaturas à 3.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior |
29/10 | Resultados da 3.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. |
Quem pode fazer as candidaturas ao ensino superior?
Não são só os finalistas do 12.º ano que se candidatam à universidade. No geral, as vagas do ensino superior são abertas a quem:
- Foi aprovado este ano num curso do ensino secundário ou com habilitação equivalente;
- Fez provas de ingresso em 2019, 2020 ou 2021 e conseguiu uma nota superior à mínima exigida pela instituição/curso;
- Satisfez os pré-requisitos fixados para o curso, caso existam (exames físicos para a área desportiva, por exemplo);
- Tenha uma classificação de candidatura igual ou superior ao mínimo fixado para o curso;
Exames (quase) só para a candidatura ao ensino superior
O Governo tinha definido que este ano, à semelhança de 2020, os exames nacionais apenas contam como prova de ingresso pedida para o curso do ensino superior, não alterando a média final do secundário. Numa reviravolta parlamentar, vários partidos da oposição juntaram-se, em Abril, para votar a favor dos exames de melhoria, tendo o decreto sido promulgado pelo Presidente da República a 21 de Maio.
A primeira fase dos exames nacionais decorre de 2 a 16 de Julho e a segunda de 1 a 7 de Setembro. Todos os alunos da 1.ª fase podem fazer o exame na 2.ª fase também, seja para tentar melhorar a nota ou porque faltaram à primeira data.
O dia dos resultados dos exames e as preocupações do acesso ao ensino superior
Estudar para os exames nacionais deixa qualquer um nervoso e apreensivo. Mas após o alívio de estarem despachados e até de uns dias de verdadeiro descanso, chega o momento: a divulgação dos resultados. São as notas dos exames que vão confirmar a possibilidade ou não de entrar numa das várias opções, e ajudam a definir melhor as candidaturas a fazer depois.
Nesta altura há outra preocupação que pode começar a surgir: o dinheiro e as propinas do ensino superior. Estudar noutra cidade implica custos elevados, mesmo que haja acesso a uma bolsa de estudo, a alojamento a preços mais acessíveis ou a outros mecanismos de apoio a preços mais acessíveis ou a outros mecanismos de apoio a alunos universitários. Uma opção que pode estar em cima da mesa é um crédito para formação.
Chegou a hora de escolher o curso do ensino superior
Há quem já tem a certeza do curso e Universidade quer, mas há quem ainda esteja indeciso seja pelo curso que seguir seja pela Universidade. Apesar de já terem definido os exames a fazer, continuam “perdidos” entre vários cursos e faculdades. É uma decisão pessoal, apesar de ser possível trocar de área de estudos ou de Universidade, deve ser muito ponderada.
Lembrete importante para as candidaturas ao ensino superior: Não esquecer a senha!
As candidaturas ao ensino superior são feitas de forma totalmente online, num processo simples que evita deslocações e longas filas de espera. Para poder fazer a candidatura, precisa de uma senha e se ainda não tem pode solicitar no site da DGES e consultar depois o estado da atribuição. O prazo limite para pedir a senha é o último dia de cada fase de candidaturas, sendo que, a senha da primeira fase é válida para as seguintes.
Pedir a ficha ENES, candidatar e esperar
Quatro dias após a saída dos resultados dos exames são abertas as candidaturas à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior. Prolongam-se até 20 de Agosto, o que dá tempo para selecionar bem as seis opções – é esse o limite de candidaturas às instituições públicas, devendo ser colocadas por ordem de preferência. As candidaturas são gratuitas e podem ser alteradas, desde que isso aconteça antes do final do prazo.
Para preencher as candidaturas – no mesmo site onde se pede a senha para registo -, vai precisar da ficha ENES. É uma espécie de “currículo” do ensino secundário, que apresenta as informações gerais de um aluno, a classificação média final, todas as disciplinas feitas, notas conseguidas e as notas dos exames nacionais feitos. A ficha ENES deve ser pedida na escola em que se terminou o ensino secundário e , confirmar se o pedido/envio pode ser feito por email, mas atenção, para a candidatura, não é preciso uma cópia em papel. No, entanto, caso das instituições privadas, é necessário.
Como são as candidaturas ao ensino superior privado?
As regras de acesso ao ensino superior, nomeadamente a realização dos exames necessários, são iguais no ensino público e privado. As candidaturas seguem-se à divulgação das notas nessas provas de ingresso. No entanto, o concurso para acesso a esses cursos é realizado pelas próprias instituições de ensino privado, pelo que convém confirmar todas as condições junto das mesmas. As médias de entrada são variáveis, dependem muito do número de vagas num curso, pelo que, se o privado é uma possibilidade, o melhor mesmo é fazer a candidatura ao ensino superior público na mesma e depois decidir em função dos resultados.
Apesar de também existirem bolsas e mecanismos financeiros de apoio, tirar um curso no privado é substancialmente mais caro, principalmente devido ao custo das propinas do ensino superior. No público as propinas têm um teto máximo de 697€, em 2021 (valor que pode ser dividido em várias parcelas, dependendo da instituição), já nas universidades privadas, esse é o custo da inscrição e da primeira mensalidade. Um curso no privado facilmente custa 5 mil euros por ano, apenas em propinas e outros custos administrativos.
Costuma dizer-se que “a escola é um investimento para a vida’«”, e na verdade o ensino superior é precisamente isso, na medida em que as despesas sobem bastante. Mesmo que o curso/universidade ainda não esteja confirmado, a média do secundário e as notas dos exames já dão uma certa garantia de entrada para a maioria dos estudantes. Um crédito para formação pode ser uma ajuda neste investimento no futuro. Na Cofidis dá para tratar tudo online de forma simples, sem comissão de abertura, sem entrada inicial e desde logo diz quanto será a mensalidade a pagar todos os meses. Para isso basta anexar comprovativo de matrícula, documento de identificação (1º e 2º titulares), comprovativo de morada (em nome de um dos titulares), comprovativo de rendimentos (1º e 2º titulares) e comprovativo de IBAN.
Mãe! Pai! Entrei!!!
Chegou o dia. Depois de 9 anos de ensino básico, 3 anos de ensino secundário, algumas noites sem dormir a estudar para os exames. Para muitos jovens o futuro depende da lista que este ano é divulgada a 27 de Setembro. É nesse dia que são conhecidos os resultados da primeira fase de candidaturas ao ensino superior, em que a maioria das vagas disponíveis é preenchida. Para quem não entrar na primeira fase, há mais duas fases de candidaturas, sendo os últimos resultados conhecidos a 29 de outubro.
Entrar na primeira fase sempre dá mais algum tempo para preparar tudo. Há que fazer a inscrição e matrícula (que nas instituições públicas custam 25€ e 40€, respetivamente), programar o pagamento das propinas, procurar alojamento, começar a pensar nas deslocações e no material necessário.
Depois das datas e algumas orientações, só nos resta desejar boa sorte para os exames e que a entrada no mundo universitário seja bem pensada e planeada com tempo.