Trabalho e carreira

Profissões do futuro: quais as áreas mais promissoras?

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Daniela Cunha
Daniela Cunha
Profissões do Futuro

Das tecnologias à sustentabilidade, descubra quais serão as profissões do futuro e que desafios é que essas mudanças vão trazer.

O mercado de trabalho está a mudar. A digitalização, a inteligência artificial e a automação, por exemplo, são áreas que estão a alterar significativamente a forma como trabalhamos. Por isso, enquanto existem profissões que estão a ficar ameaçadas pelo advento das tecnologias, há outras que estão a emergir e vão contribuir para a criação de novos postos de trabalho.

Índice de conteúdos:

  1. Novas tendências no mercado de trabalho
  2. Profissões do futuro
  3. Profissões que vão desaparecer nos próximos anos
  4. Competências fundamentais para o futuro
  5. Principais desafios para as empresas e trabalhadores

As novas tendências no mercado de trabalho

De acordo com o Fórum Económico Mundial, cerca de 23% dos empregos vão mudar até 2027. Prevê-se que, nos próximos anos, 83 milhões de empregos sejam perdidos e 69 milhões criados. O relatório, intitulado “The Future of Jobs”, analisou as respostas de 803 empresas, com mais de 11 milhões de trabalhadores em 27 indústrias e 45 economias por todo o mundo.

O estudo mostra que os fatores que mais vão impulsionar a criação de emprego são as tecnologias inovadoras e a expansão do acesso ao mundo digital, os investimentos que facilitem a transição das empresas para práticas mais sustentáveis, a aplicação mais ampla das normas ESG (critérios ambientais, sociais e de governança), a descentralização das cadeias de produção para regiões mais diversificadas e o crescimento das economias em desenvolvimento, onde há uma maior proporção de pessoas em idade ativa em relação a crianças e idosos.

Por outro lado, o crescimento económico lento, a escassez de oferta e o aumento do custo de vida são identificados como os três fatores macroeconómicos que mais vão contribuir para a destruição líquida de empregos.

10 profissões do futuro

Atualmente, as funções que mais crescem são impulsionadas pela tecnologia, digitalização e sustentabilidade. A inteligência artificial e machine learning são as áreas que encabeçam a lista de empregos em rápido crescimento, seguidas da sustentabilidade, análise de business intelligence e segurança da informação e energias renováveis. Também se prevê um grande crescimento nos empregos relacionados com educação, agricultura e comércio digital.

Assim, os 10 empregos que serão mais promissores num futuro próximo, segundo o relatório do Fórum Económico Mundial são:

Especialistas em inteligência artificial (IA) e machine learning estes profissionais projetam, desenvolvem e implementam soluções que utilizam a IA em várias aplicações. A sua principal função é criar algoritmos e modelos matemáticos que ajudem as máquinas a “aprender” e a automatizar tarefas. Prevê-se que a procura por estes especialistas cresça em 40%, o equivalente a um milhão de empregos.

Especialistas em sustentabilidade – desenvolvem procedimentos para ajudar as organizações onde trabalham a cumprirem as regulamentações ambientais, garantido, ao mesmo tempo, que a empresa é socialmente responsável e funciona de forma financeiramente viável. O Fórum Económico Mundial espera que haja um crescimento de 33% na procura por estes profissionais.

Analistas de business intelligencesão profissionais que utilizam dados para ajudarem as organizações a tomarem as decisões de negócio mais eficientes e a maximizarem os lucros. A procura por este cargo, bem como por outros relacionados com big data, vai aumentar entre 30% e 35% (o equivalente a 1,4 milhões de empregos).

Analistas de segurança da informação – são responsáveis por planear e executar medidas de segurança para proteger as redes e os sistemas informáticos de uma empresa ou organização.

Engenheiros de fintech estes profissionais são engenheiros de software que têm como principal responsabilidade desenvolver métodos mais eficientes e seguros para os utilizadores realizarem transações financeiras.

Cientistas e analistas de dados – utilizam ferramentas e técnicas para comparar dados estatísticos e descobrir tendências e padrões.

Engenheiros de robótica – desenvolvem aplicações robóticas em vários setores e indústrias – automóvel, aeroespacial, manufatura, agricultura e saúde, por exemplo -, construindo e operando robôs e sistemas robotizados.

Especialistas de big data – são responsáveis pela obtenção, gestão, armazenamento, organização e entrega dos dados às empresas. Estes profissionais desenham os processos e estratégias que tornam os dados acessíveis e compreensíveis aos decisores, para que estes possam tomar as melhores decisões para a empresa.

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Operadores de equipamentos agrícolas – estes profissionais conduzem e controlam equipamentos de apoio às atividades agrícolas. De acordo com o Fórum Económico Mundial, a procura por especialistas na área da agricultura, principalmente operadores de equipamentos, vai crescer cerca de 30%.

Especialistas em transformação digital – são responsáveis por avaliar as necessidades tecnológicas de uma empresa e recomendar estratégias para incorporar as mudanças necessárias, bem como ajudar na realização das alterações. Prevê-se que a procura por profissionais desta área cresça entre 25% e 35%, cerca de dois milhões de empregos a mais.

Os trabalhos que vão desaparecer nos próximos anos

É inevitável que, nos próximos anos, alguns empregos desapareçam. Segundo o relatório do Fórum Económico Mundial, os trabalhos que estão em declínio mais rápido são:

  • Bancários e outros funcionários relacionados;
  • Funcionários dos correios;
  • Operadores de caixas e bilheteiras;
  • Digitadores de dados;
  • Secretários administrativos e executivos;
  • Assistentes de registo de produtos e stock;
  • Escriturários de contabilidade;
  • Reparadores e instaladores de eletrodomésticos;
  • Oficiais judiciários;
  • Funcionários das finanças e seguros.

Que competências serão fundamentais?

Com o mercado de trabalho a mudar, as competências que os trabalhadores terão de ter também se alteram. Aliás, o Fórum Económico Mundial prevê que, nos próximos anos, 44% das competências individuais dos trabalhadores vão ter de ser atualizadas.

Além dos conhecimentos tecnológicos – uma vez que mais de 75% das empresas analisadas no relatório estimam adotar tecnologias como big data, computação da cloud e IA -, também serão relevantes as competências cognitivas para a resolução de problemas, como o pensamento analítico e criativo. A seguir, as organizações valorizam competências relacionadas com a auto-eficácia e a capacidade de adaptação a locais de trabalho conturbados: resiliência, flexibilidade, agilidade, motivação, autoconsciência e curiosidade.

A literacia tecnológica, a confiabilidade e atenção ao detalhe, a empatia, a capacidade de liderança e o atendimento ao cliente também são consideradas como competências fundamentais.

Por outro lado, e embora os participantes do estudo não considerem que haja competências em declínio, prevê-se que a leitura, a escrita, a matemática, a cidadania, as habilidades de processamento sensorial, a destreza manual, a resistência e a precisão terão cada vez menos importância no dia a dia dos trabalhadores.

Os desafios para as empresas e trabalhadores

O Fórum Económico Mundial identificou como principal desafio para os próximos anos, tanto para empresas como trabalhadores, a formação. De acordo com o relatório da organização, seis em cada 10 trabalhadores vão precisar de formação antes de 2027, mas, atualmente, apenas metade tem acesso adequado a oportunidades de ensino.

As empresas inquiridas consideram a educação, a formação no trabalho e a automação de processos como as principais estratégias a adotar para atingir os objetivos de negócio. Nesse sentido, quatro em cada cinco organizações tencionam implementar estas estratégias nos próximos anos e dois terços esperam ver um retorno no investimento no prazo de um ano, seja sob a forma de maior produtividade ou satisfação dos trabalhadores.

Apesar de mostrarem confiança no desenvolvimento da sua força de trabalho atual, as empresas estão menos otimistas em relação à disponibilidade de talento nos próximos anos. Assim, as organizações identificaram as lacunas nas competências e a incapacidade de atrair talento como as principais barreiras à transformação das indústrias.

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