O que fazer depois da licenciatura? 5 opções a considerar
Está a terminar a faculdade e não sabe o que fazer depois da licenciatura? Conheça algumas sugestões que podem ajudar a decidir o caminho.
Terminar o ensino superior dá a qualquer estudante uma sensação de dever cumprido. Mas costuma ser, também, uma altura de grandes incertezas em relação ao futuro.
Entrar de imediato no mercado de trabalho, continuar os estudos ou até fazer um estágio profissional, são algumas das possibilidades para muitos recém-licenciados. No entanto, não há uma resposta universal para toda a gente: tudo depende das ambições de cada um.
Assim, antes de tomar uma decisão sobre o que fazer depois da licenciatura, deve definir os seus interesses e estabelecer objetivos pessoais e profissionais. Depois, pode analisar calmamente as opções que tem ao seu dispor para escolher aquela que mais se adequa a si.
5 opções a considerar depois da licenciatura
Para decidir o que fazer no final do curso, deve pesar os prós e os contras de cada opção.
1. Continuar a estudar
Depois da licenciatura, muitos estudantes veem a continuação dos estudos como um passo natural. Mas, antes de se inscrever num novo curso, é importante que se pergunte:
- A minha área profissional requer um grau de especialização mais elevado ou a licenciatura é suficiente para entrar no mercado de trabalho?
- Será mais importante ganhar experiência profissional nesta fase?
- Consigo pagar mais um curso?
- Tenho tempo e vontade de continuar a estudar?
- Tenho a certeza da área em que me quero especializar?
Se perceber que os estudos são o caminho a seguir, então deve escolher o tipo de formação: pós-graduação ou mestrado.
A pós-graduação é mais rápida para concluir (pode demorar uns meses ou um ano) e é dirigida a quem pretende aprofundar competências técnicas ou específicas. Não concede um grau académico, mas pode ser uma mais-valia no currículo.
Já o mestrado, dura, geralmente, dois anos e confere o grau de mestre, o que pode abrir portas a um emprego mais bem pago. É a opção ideal para quem pretende seguir a área de investigação ou a vertente de ensino.
Quanto a preços, também há uma grande diferença entre os dois e entre instituições públicas e privadas. Algumas pós-graduações, como os MBA (Master Business Administration) são até mais caras do que um mestrado, podendo atingir, em Portugal, os 30 mil euros.
Se quiser optar por uma destas formações, mas precisa de apoio financeiro, um crédito pessoal pode ser a solução. O Crédito Formação da Cofidis oferece financiamento até 100% e tem prazos, taxas e prestações fixas. Considere fazer simulações para encontrar as melhores propostas.
Por outro lado, também pode recorrer a opções mais rápidas para melhorar os seus conhecimentos. Um curso intensivo, por exemplo, é uma possibilidade.
E lembre-se que se não continuar os estudos no fim do curso, pode sempre fazê-lo mais tarde, enquanto está a trabalhar.
2. Fazer um estágio profissional
Os estágios profissionais são uma boa forma de ganhar experiência, permitindo enriquecer o currículo. Além disso, são uma oportunidade para fazer novos contactos, que podem ser úteis no futuro, e, no final, ainda pode conseguir ficar a trabalhar na empresa.
Há estágios que não são pagos, por isso, a melhor opção para fazer um estágio remunerado é inscrever-se no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e candidatar-se aos estágios +Talento. Com a duração de seis meses, estes estágios promovem a inserção no mercado de trabalho de jovens até aos 35 anos e com qualificação igual ou superior ao nível 6 do Quadro Nacional de Qualificações (ou seja, a partir da licenciatura).
Se tiver o desejo de alargar os seus conhecimentos além-fronteiras, pode procurar um estágio através do programa Erasmus+. Esta bolsa da Comissão Europeia, para a realização de estágios no estrangeiro, é dirigida a jovens matriculados no ensino superior, mas também aos recém-licenciados.
Também pode encontrar uma colocação enquanto estagiário numa empresa de outro país através do Guia Europeu de Financiamento, que divulga informações e ofertas.
3. Procurar o primeiro trabalho
Caso decida que quer começar a trabalhar logo após o final do curso, então deve preparar-se de forma adequada e, acima de tudo, ter muita paciência.
Lembre-se que nem sempre é fácil entrar no mercado de trabalho e o mais provável é que não encontre, logo à partida, um emprego que lhe pague a remuneração que deseja. No entanto, não desanime: o primeiro emprego serve precisamente para aprender e ganhar experiência.
Para encontrar o seu primeiro trabalho, deve começar por criar um currículo apelativo e bem estruturado. O CV será a primeira imagem que terão de si, por isso é fundamental que capte a atenção dos recrutadores.
Além do nome e das informações de contacto atualizadas, não se esqueça de falar da formação académica, de formações complementares, das suas aptidões e soft skills. À partida, a experiência profissional não será muita, mas ações de voluntariado, responsabilidades que tenha desempenhado no meio académico, empregos de verão ou em part-time podem ser incluídos.
Se o seu curso for de uma área criativa, como design ou arquitetura, também é uma boa ideia criar um portfólio para mostrar os seus trabalhos, mesmo que só tenha projetos realizados no âmbito académico.
Para acompanhar o currículo, escreva uma carta de motivação, onde se apresenta enquanto pessoa e profissional. É aqui que pode desenvolver as informações que constam no currículo e mostrar porque é um bom candidato para a vaga a que se está a candidatar.
Considere, ainda, criar um perfil no LinkedIn. Esta rede irá ajudá-lo a encontrar ofertas de emprego e a estabelecer contactos. Além disso, siga os vários sites de emprego que existem e ative as notificações de trabalho na sua área para saber sempre que é publicada uma vaga.
Quando conseguir entrevistas de emprego, é fundamental que se prepare bem. Pesquise sobre a empresa e a sua área de atuação, a missão, visão e valores e outras questões relevantes. Consolide o seu discurso, para que este seja claro, e prepare algumas das perguntas que surgem mais frequentemente em entrevistas.
Se tiver questões, pode e deve colocá-las. Aliás, irá passar uma imagem mais positiva se fizer perguntas sobre a vaga de emprego ou a empresa, já que estará a demonstrar interesse.
4. Fazer um gap year
Depois da licenciatura, se ainda não souber que caminho escolher, poderá ser uma boa ideia fazer um gap year. Durante esta pausa, terá a oportunidade de sair da sua zona de conforto e de se desafiar, enquanto ganha conhecimento sobre o mundo e desenvolve as suas capacidades.
Consulte o site da Gap Year Portugal, que pode oferecer-lhe aconselhamento sobre como preparar a viagem. Se precisar de ajuda financeira, existem bolsas específicas para o gap year.
5. Fazer voluntariado
As ações de voluntariado podem valorizar (e muito) um currículo. Além disso, são uma excelente forma de ganhar experiência e de desenvolver competências úteis em contexto laboral, como a capacidade de trabalhar em equipa, a resolução de conflitos e a liderança, ao mesmo tempo que ajuda quem precisa.
Em Portugal, pode encontrar programas de voluntariado na plataforma Portugal Voluntário. Se quiser ir para o estrangeiro, o site do Corpo Europeu de Solidariedade ajuda-o a encontrar um projeto num país da União Europeia.
Qualquer que seja o caminho que escolha fazer depois da licenciatura, é importante que comece, desde logo, a preparar o seu futuro financeiro. Comece por definir objetivos a médio e longo prazo e, depois, crie um orçamento para poder gerir as suas finanças da melhor forma e conseguir alcançar aquilo que ambiciona.