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“Low cost”? Aquilo que parece nem sempre é

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companhias low cost

Férias e fins de semana prolongados, como a Páscoa, são boas ocasiões para viajar ou fazer um “city break” que permita conhecer locais novos e tirar uns dias de descanso. Quem pretenda fazer as deslocações para o destino por via aérea tem, hoje em dia, a facilidade de pode fazer as reservas “online”. É mais confortável, rápido e eficaz do que as soluções alternativas tradicionais, caso os voos que se querem marcar não exijam escalas complicadas, situação em que a mão de um profissional pode ser útil.

Com a emergência das companhias “low cost”, também as possibilidades de viajar para o estrangeiro se tornaram mais acessíveis. Não só as empresas que competem pelo preço oferecem tarifas mais favoráveis para o consumidor, como exercem um pressão adicional sobre as transportadoras tradicionais que, para não perderem mercado, tentam praticar políticas comerciais também mais interessantes para os consumidores. Mas será sempre assim?

Por vezes, uma busca numa “site” que se dedique à venda de bilhetes conduz, de facto, à conclusão de que os preços praticados pelas “low cost” são mais baixos. Mas isto pode ser apenas uma ilusão, que não inclui taxas que são cobradas por outros serviços. Por exemplo, convém verificar se a empresa em causa cobra taxas pela bagagem que vai no porão ou se pede um custo a acrescentar à tarifa-base no caso de a mala de cabine exceder determinado peso.

Depois, há os preços cobrados pelas refeições que o consumidor queira fazer a bordo. É uma das fontes de receita das “low-cost” que lhes permite ter, aparentemente, tarifas mais baixas. Regra geral, a bordo de um avião de uma destas empresas verificará que os preços são elevados, mesmo que aquilo que pretenda consumir seja uma refeição simples e desprovida de quaisquer luxos.

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Acresce, também, que a “low-cost” lhe pode cobrar uma taxa pela escolha do lugar no avião. E há, ainda, outros pormenor a ter em conta. Para conseguirem taxas aeroportuárias mais baixas, aquelas transportadoras utilizam, muitas vezes, aeroportos secundários, que estão longe dos centros das cidades. Isto significa que, a todos os restantes custos cobrados à parte, os consumidores ainda têm de somar a diferença que vão pagar em transportes para se deslocaram do aeroporto para o respetivo destino final.

Por vezes, mesmo antes de se fazer contas a estes aspetos, as “low cost” revelam-se, logo à partida, pouco compensadoras. O Contas Connosco fez a experiência. No “site” Govolo, quis saber. no dia 31 de março de 2015, os preços de um voo de ida e volta para Madrid durante o fim de semana de Páscoa, com partida na sexta-feira e regresso no domingo. O preço mais baixo, no valor de cerca de 76 euros, era oferecido por uma companhia tradicional. A “low cost” mais barata pedia mais de 147 euros. Como vê, aquilo que parece, nem sempre é.
 

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