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Descubra como diversificar os seus investimentos

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diversificar os seus investimentos

Imagine que tem dez ovos e os coloca todos no mesmo cesto. Ao deixá-lo cair, os ovos partem-se todos, deixando-o de mãos a abanar. Agora imagine que os distribuía por vários cestos, o que aconteceria? Se um dos ovos se partisse, poderia continuar a contar com os restantes. O exemplo serve para retratar o velho ditado popular dos mercados que aconselha a “não pôr todos os ovos no mesmo cesto”. E, da mesma forma que com mais facilidade se partem os ovos todos, ao estar exposto apenas a um ativo, a um setor ou a um país, está a expor-se a riscos desnecessários. A solução está, por isso, na diversificação.

Além de reduzir os riscos de perdas, já que quando um determinado mercado, setor ou zona geográfica está menos positivo, os outros podem compensar e, desta forma os ganhos contrabalançam eventuais perdas, ao diversificar os seus investimentos está a descobrir novas oportunidades de rentabilidade.

Pode optar por fazê-lo sozinho, escolhendo quanto e onde colocar o seu dinheiro, ou atribuir as decisões a uma gestora de ativos, podendo para isso contratar entre as várias entidades disponíveis no mercado. A CMVM publica trimestralmente um relatório onde analisa a gestão de ativos em Portugal e onde elabora um ranking com a quota de mercado de todas as gestoras.

No entanto, a forma como diversifica os seus investimentos depende de vários fatores: do seu perfil, do nível de risco que aceita, do prazo em que espera obter rendimento, dos seus objetivos e do montante que pretende investir.

Para diversificar os seus investimentos existem várias aplicações disponíveis:

Ações – Representa uma parte de uma empresa. Ao comprar, o investidor torna-se dono de parte da empresa, tendo direito a uma fração (por mais pequena que seja) dos ativos e ganhos que a empresa terá. Como está cotada num mercado, como por exemplo a Bolsa de Lisboa, é impossível controlar e prever o seu comportamento futuro, logo a rentabilidade é variável e se é variável oferece risco.

Fundos de investimento – É uma aplicação que resulta da captação de capital de diversos investidores, constituindo o conjunto desses montantes um património autónomo, gerido por especialistas que o aplicam numa variedade de ativos. Ou seja, por exemplo, um fundo de ações aposta principalmente em ações. Na prática permitem a diversificação sem ter de adquirir diversos ativos, algo que teria um custo de negociação elevado.

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Obrigações – São títulos representativos de um empréstimo contraído pelo emitente da obrigação (tipicamente uma empresa, entidade pública ou um estado), os quais podem ser subscritos pelos investidores em parcelas (valor nominal) do montante total do empréstimo. Ao comprar receberá o juro associado ao cupão e, na maturidade, receberá o último cupão juntamente com valor nominal.

Certificados de Aforro – Instrumentos de dívida criados com o objetivo de captar a poupança das famílias. Com um valor nominal de um euro, o mínimo de subscrição são 100 unidades, os Certificados são indicados a quem pretenda investir por prazos relativamente curtos ou para fazer entregas regulares de pequenos montantes e pagam juros trimestrais.

Certificados do Tesouro Poupança Mais – Também são produtos de dívida pública através dos quais o Estado se financia. São indicados para quem pretenda aplicar entre três e cinco anos, ou seja, a médio prazo, sem risco e com rendimento anual crescente (entre 2,75 e 5% brutos).

Depósitos – São a aplicação financeira preferida dos portugueses, porque são seguros, são um produto simples, de fácil compreensão e com um baixo de nível de risco associado. São remunerados com uma taxa de juro, que pode ser fixa ou variável. A maioria dos depósitos a prazo permite a mobilização do capital aplicado antes do prazo definido, mediante uma penalização sobre os juros corridos.

A escolha dos melhores produtos para investir vai depender se tem um perfil agressivo ou defensivo, qual o horizonte temporal do seu investimento, dos objetivos que pretende atingir e, claro, do montante das poupanças que pretende investir.

Existem vários ativos e gestoras disponíveis no mercado que o podem ajudar a diversificar, evitando perder as poupanças e os seus investimentos num piscar de olhos. E, não se esqueça: ponha os ovos em vários cestos.

 

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