Quanto custa mobilar uma casa? Dicas para economizar
Saber quanto custa mobilar uma casa é o primeiro passo para perceber como encaixar esta despesa no seu orçamento. E embora o custo exato dependa de vários fatores, é sempre bom ter um ponto de partida para organizar melhor as suas finanças e tomar decisões mais conscientes.
Apesar de ser uma despesa considerável, existem formas de gastar menos ou de diluir o impacto dos gastos. Conheça algumas dicas práticas para poupar sem pôr em causa o conforto do seu lar.
Afinal, quanto custa mobilar uma casa?
O custo de mobilar uma casa depende de vários fatores, nomeadamente se vai optar por fazer as compras de forma faseada ou se quer ter a casa completamente mobilada no momento em que a habitar.
No entanto, pode contar com uma despesa superior a 5.000 euros, partindo do princípio que a casa só tem um quarto, que vai escolher peças básicas e poucos eletrodomésticos.
Estes são alguns dos fatores que influenciam o valor necessário para mobilar uma casa:
- Tamanho do imóvel: quanto mais pequeno, menos móveis irá precisar. No entanto, se a casa for pequena, poderá ter de encontrar soluções que garantam arrumação extra, como estantes ou armários;
- Estado da casa: se a casa já estiver equipada, mas precisar de remodelações na cozinha ou na casa de banho, as despesas com obras podem atingir milhares de euros;
- Qualidade dos móveis: o preço varia de acordo com a qualidade da madeira, acabamentos e design;
- Quantidade de móveis a comprar: depende não só do espaço, mas também das peças que possa já possuir e que queira reciclar e reutilizar;
- Necessidade de adquirir eletrodomésticos: se a cozinha já estiver equipada com o básico (forno, placa, exaustor e frigorífico), conseguirá poupar mais dinheiro;
- Opção por mobilar tudo de uma vez ou ir mobilando pouco a pouco;
- Incluir ou não no orçamento peças de decoração como candeeiros, cortinas, carpetes, quadros ou plantas;
- Necessidade de serviços adicionais: se tiver de contratar serviços de transporte e montagem, terá mais despesas.
Por onde começar a mobilar?
Se não tem orçamento para mobilar a casa totalmente, há que dar prioridade ao essencial, ou seja, ao mínimo necessário para poder habitar o imóvel de forma confortável.
O ideal será começar por fazer uma checklist do que considera indispensável, optando por soluções com alguma versatilidade, como um sofá-cama para receber visitas enquanto não mobila todos os quartos ou uma mesa que possa servir para refeições e para as crianças fazerem os trabalhos de casa.
Quais as compras prioritárias para cada divisão da casa?
Embora as necessidades possam variar de acordo com o tamanho da casa e agregado familiar, há itens que são mesmo indispensáveis.
Se a cozinha estiver equipada, terá de comprar apenas pequenos eletrodomésticos, como uma varinha, air fryer, microondas ou máquina de café. Se for um open space, bastam uns bancos altos e pode usar o balcão como mesa. Ou seja, ter o suficiente para cozinhar e fazer as refeições.
Caso tenha de comprar outros artigos como fogão, frigorífico e máquina de lavar roupa e louça, o custo para equipar esta divisão sobe substancialmente.
A sala de estar/jantar é muitas vezes uma área comum que exige, pelo menos, um sofá e, eventualmente, mesa e cadeiras. A televisão pode ser pendurada na parede. Este pode ser o ponto de partida para depois ir mobilando à medida do seu orçamento.
O quarto (ou quartos, se tiver crianças, o que obriga a mobilar ambas as divisões) é o local onde poderá ter de investir um pouco mais, porque é importante que a cama e o colchão sejam confortáveis. Como estas divisões já costumam ter roupeiros, não será, em princípio, necessário comprar roupeiros ou cómodas. Se o seu orçamento para mobilar a casa for curto, as mesinhas de cabeceira podem ser opcionais.
Restam ainda outras divisões onde, à partida, o custo vai ser menor ou até nulo, dependendo do que a casa já possa ter. Em princípio, a casa de banho não precisa de mais nada. O hall de entrada pode, numa fase inicial, ficar mais despido e se quiser aproveitar a varanda ou o terraço, comece por uma mesa e cadeiras básicas.
Previsão dos custos por divisão
As contas dependem de vários fatores e até do gosto pessoal. Mas se precisa de mobilar a casa e vai partir do zero, isto é, não tem móveis nem eletrodomésticos, deixamos-lhe uma estimativa de despesas. Tenha em consideração que não estão incluídas louças, acessórios nem roupas de cama e de banho.
Divisão | Artigos a comprar (básicos) | Custo |
Sala | Mesa, cadeiras, sofá e estantes | 1.500€ |
Cozinha | Eletrodomésticos, cadeiras ou bancos e carrinho ou móvel de apoio | 2.000€ |
Quarto 1 | Cama, colchão e mesas de cabeceira | 1.000€ – 1.500€ |
Quarto 2 | Cama, colchão, mesas de cabeceira e secretária | 800€ |
Outras divisões (casa de banho, varanda, terraço e hall de entrada) | Armários, mesa e cadeiras | 300€ |
Como poupar dinheiro ao mobilar a casa?
O custo de mobilar uma casa pode ser demasiado elevado para alguns orçamentos, sobretudo se acabou de comprar o imóvel e gastou grande parte das suas poupanças ou se arrendou uma casa sem móveis. Há, contudo, algumas formas de poupar algum dinheiro.
1. Fazer um orçamento
O primeiro passo é analisar as divisões da casa e perceber quais são as necessidades em cada uma. Avalie bem o espaço e tire as medidas necessárias, para garantir que os móveis que vai comprar cabem no local onde os quer colocar.
A seguir, defina quais são as compras prioritárias (por exemplo, o colchão e a cama são essenciais e devem estar no topo da lista), faça um orçamento e veja quais são os móveis que consegue comprar com esse dinheiro.
2. Pesquisar e comparar preços
Antes de comprar, faça pesquisas e compare os preços para perceber qual o valor médio das peças que precisa de comprar.
Se tiver oportunidade, desloque-se à loja para ver os acabamentos, resistência e qualidade do produto. Caso faça as compras online, analise o feedback de outros utilizadores.
Ao comparar preços, tenha atenção aos materiais. Alguns móveis mais baratos podem ter uma durabilidade reduzida e, pelo menos em certas peças como a cama e o colchão, vale a pena pagar um pouco mais pelo conforto.
3. Aproveitar os saldos ou promoções
Encontrar móveis aos melhores preços é, por vezes, uma questão de procurar artigos em saldos ou promoção. Segundo a lei, a venda em saldos pode realizar-se em qualquer período do ano, pelo que pode não ter de esperar pelo fim do verão ou início do ano para comprar os seus móveis com desconto.
Também é possível encontrar móveis mais baratos, em situações de escoamento de stocks, em lojas outlet ou em épocas específicas como a Black Friday.
4. Comprar móveis em segunda mão
Para gastar menos ao mobilar a casa e, ao mesmo tempo, apostar numa decoração mais sustentável, recorra a lojas ou plataformas de vendas de artigos em segunda mão. Além de preços mais baixos, com um pouco de sorte consegue encontrar peças únicas e com um design apelativo.
Também pode reutilizar os móveis de familiares ou amigos que estão a mudar de casa – e muitas vezes de decoração – para decorar alguns espaços.
5. Ser criativo
Quando o orçamento é baixo, a criatividade pode dar uma ajuda. Comprar ou aproveitar móveis antigos e restaurá-los através de uma pintura ou de estofos novos é, muitas vezes, uma forma de ter uma casa bonita sem gastar muito.
Outra solução é procurar inspiração na internet e nas redes sociais onde encontra, por exemplo, paletes e caixotes de fruta transformados em mobiliário de sala. Com alguma pesquisa vai certamente encontrar muitas ideias para fazer mais com menos.
6. Apostar em mobília multifuncional
Quando os espaços são pequenos, é importante perceber como podem ser bem aproveitados. Móveis “2 em 1”, como camas com gavetas ou sofás que se transformam em camas, são uma boa solução quando a casa tem de ser mobilada aos poucos. Isto porque vai gastar menos e tirar o máximo partido do espaço que tem.
Ao fazer as contas a quanto custa mobilar uma casa, pode chegar à conclusão que o seu orçamento não é suficiente para comprar tudo o que precisa ou que não lhe permite investir em móveis com um pouco mais de qualidade.
Neste caso, o recurso ao crédito pessoal, como o Crédito Pessoal Lar e Recheio da Cofidis, é uma solução a ponderar, já que permite um financiamento entre 2.500 e 50.000 euros, com um prazo de reembolso de até sete anos.