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Vem aí a Black Friday – Não se deixe enganar com falsas promoções

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Pedro Andersson
Pedro Andersson
Vem aí a black friday, não se deixe enganar

Apesar de faltar ainda algum tempo para a Black Friday, estou propositadamente a alertá-lo antecipadamente para não cair na armadilha em que milhares de portugueses caem todos os anos.

Muitas semanas antes dessa famosa sexta-feira, todos somos bombardeados com descontos imperdíveis por todo o lado, e com SMS e publicidade no seu Facebook, Instagram e por aí fora. É quase impossível ficar indiferente a algumas das promoções. E há de facto algumas delas que serão muito boas (mesmo muito boas). 

O problema é que misturadas com essas (e serão a maioria) estão promoções apenas normais ou até enganadoras. Como pode ter a certeza de que vai realmente fazer boas compras na Black Friday? Vou dar-lhe algumas dicas que o podem ajudar.

60% pode não ser um bom desconto

Nesta dica quero recordar-lhe uma coisa que espero que já saiba há muito tempo: comprar uma coisa que não precisa realmente, com um desconto de 60%, não é uma poupança de 60%, mas um prejuízo de 100% do dinheiro que gastar.

Eu sei que isto parece óbvio, mas quando o seu objetivo é guardar o máximo de dinheiro possível e não desperdiçá-lo em objetos que não são essenciais, os 300 ou 400 euros gastos num equipamento eletrónico – que poderia manter o atual mais um ano ou dois – é uma prestação do crédito à habitação que terá no futuro dificuldade em pagar, o seguro do carro, ou é o equivalente ao aumento que vai ter na eletricidade durante seis meses.

Obviamente, se está a precisar de facto de um equipamento novo, a Black Friday pode ser uma boa oportunidade para fazer uma poupança. Mas tem de seguir alguns passos primeiro.

As dicas que servem para TODO o ano

Ao longo do ano há várias épocas de promoções e descontos excecionais. Há a Black Friday, a Black Monday, os saldos e a época do Natal. E são sempre “imperdíveis”.

As dicas são simples e eficazes:

  • Fazer uma lista de compras e SÓ COMPRAR o que realmente precisa e quer, e não ir às lojas “ver o que está em promoção”. Isso é só um disparate financeiro. Comprar por impulso é o pior que pode fazer a si próprio e às suas finanças pessoais.
  • Comparar, comparar, comparar. Já vamos ver que ferramentas temos para saber se um desconto é verdadeiro ou não. Basta “perder” alguns minutos e fica logo a saber se o preço que está a ver é o melhor dos últimos meses ou não. Não tem desculpa para desperdiçar dinheiro.
  • Se estiver a pensar comprar online, deve ter dois cuidados adicionais. Escolher muito bem as lojas onde vai fazer compras (analise se há críticas negativas na internet e no Portal da Queixa, por exemplo).
  • Cuidado com a forma de pagamento (não dê os dados dos seus cartões de crédito pessoais), para não ser burlado. Faça cartões virtuais ou use referências multibanco.
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Use os comparadores de preços

duas ferramentas essenciais que deve usar na época da Black Friday ou em qualquer outra época do ano.

Tem, por exemplo, a página “Comparar preços” da DECO. Pode gravar o  endereço eletrónico no seu telemóvel ou computador e nunca compre sem antes confirmar a que preço esteve nos últimos 3 meses. Pode fazer isto em frente ao artigo, mesmo estando na loja. É o que eu faço antes de comprar produtos eletrónicos.

Outra ferramenta muito útil é o comparador do KuantoKusta. O KuantoKusta varre os preços de hora a hora e se uma empresa mudar um preço da manhã para a tarde pode deixar de ser o melhor preço dos últimos 30 dias. 

Se seguir todos estes conselhos, pode avançar porque estará a fazer uma boa compra e a poupar (de verdade).

Há mais barato do que a Black Friday

Pela minha experiência de anos anteriores, acabo quase sempre por comprar o modelo que decidi antes, numa loja de comércio local com um preço melhor (ainda melhor do que na Black Friday) ou, pagando um pouco mais, opto pelo modelo com as características que quero MESMO e não um modelo inferior, só porque está em promoção. Não se esqueça de que normalmente a Black Friday serve para as empresas se verem livres dos “monos” e não para lhe oferecer o melhor produto ao melhor preço. 

É raro ser você o “vencedor” da Black Friday. Mas tente. Não custa nada tentar fazer compras inteligentes. O problema é quando vamos atrás dos cartazes que dizem 70% de desconto e afinal está a comprar um equipamento que já saiu de circulação ou que – feitas – as contas duplicou de preço nas semanas anteriores para agora lhe acenarem com promoções “imperdíveis”. Não se deixe enganar.

O que achou?