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Tudo o que precisa saber sobre o seguro para animais

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Olga Teixeira
Olga Teixeira
Seguro para animais cão no veterinário

Um seguro para animais domésticos garante cuidados de saúde a preços mais acessíveis, mas também pode ser uma forma de proteger terceiros de eventuais danos causados.

Se tem um animal de companhia, é importante conhecer este tipo de produtos, saber como funcionam e conhecer as condições em que os seguros são obrigatórios. Neste artigo, explicamos as regras, os cuidados a ter e as coberturas essenciais para dar mais qualidade de vida aos seus companheiros de quatro patas.

Índice de conteúdos:

  1. Os diferentes tipos de seguros para animais
  2. O que ter em conta antes de fazer um seguro
  3. As respostas às 6 dúvidas mais frequentes

Que tipos de seguros para animais existem?

Há dois seguros comuns para animais de estimação: o seguro de responsabilidade civil, que é obrigatório para algumas raças de cães, e os seguros de saúde, que funcionam de uma forma semelhante aos seguros de saúde para adultos e crianças.

No primeiro caso, o objetivo é acautelar eventuais danos causados a pessoas e bens pelos seus animais. Evita, assim, ter despesas avultadas com a reparação de danos ou eventuais indemnizações aos lesados.

Já nos seguros de saúde para animais, uma das principais vantagens é a poupança, garantindo preços mais baixos nas consultas, tratamentos, cirurgias ou vacinas.

Alguns seguros para animais de estimação combinam ambas as opções, garantindo uma proteção mais completa.

Seguro de responsabilidade civil para animais domésticos

O seguro de responsabilidade civil para animais garante os danos corporais ou materiais provocados em terceiros pelo seu cão ou gato. Este é um seguro obrigatório em algumas situações, mas que acaba por ser útil para quem tem animais, de forma a cobrir danos que estes possam causar.

Por exemplo, se o cão se soltar da trela e, ao brincar, magoar uma pessoa ou outro cão. Ou se causar danos na casa de um vizinho. Ao acionar o seguro, e mediante as coberturas que contratar, garante o pagamento dos danos e a sua reparação.

O seguro de responsabilidade civil é obrigatório?

Em alguns casos sim. A lei obriga a que o detentor de um animal perigoso ou potencialmente perigoso tenha um seguro de responsabilidade civil destinado a cobrir os danos causados por este.

Considera-se como potencialmente perigoso qualquer animal que, pelas características da espécie, comportamento agressivo, ao tamanho ou potência da mandíbula, possa causar uma lesão ou a morte a pessoas ou outros animais.

Entre eles estão cães das seguintes raças:

  • Cão de Fila Brasileiro;
  • Dogue Argentino;
  • Pit Bull Terrier;
  • Rottweiler;
  • Staffordshire Terrier Americano;
  • Staffordshire Bull Terrier;
  • Tosa Inu.

Os animais perigosos são os que:

  • Morderam, atacaram ou causaram danos no corpo ou saúde de outra pessoa;
  • Feriram ou mataram outro animal fora da propriedade do detentor;
  • Foram declarados voluntariamente pelo seu detentor, à junta de freguesia da sua área de residência, como tendo um carácter e comportamento agressivos;
  • Foram considerados pelas autoridades competentes como um risco para a segurança de pessoas ou outros animais, devido ao seu comportamento agressivo ou especificidade fisiológica.

A falta da licença, do registo ou do seguro de responsabilidade civil é uma contraordenação punível com multa no valor mínimo de 750 euros.

Seguro de saúde para animais de companhia

Um seguro de saúde para animais pode ser contratado em conjunto com o de responsabilidade civil ou isoladamente.

Embora as coberturas oferecidas e os preços variem consoante as seguradoras, há pontos em comum que permitem perceber como funcionam estes produtos destinados a cães e gatos.

A adesão a um seguro de saúde permite aceder a uma rede de prestadores – clínicas, médicos e hospitais veterinários – a preços mais baixos, podendo também garantir descontos noutros serviços, como alimentação, banhos e tosquias, pet sitting e acessórios. 

Quais as coberturas mais comuns num seguro de saúde para animais?

Um seguro de saúde para animais domésticos tem como principal cobertura a que se relaciona com despesas veterinárias, o que inclui consultas e cirurgias motivadas por doença ou acidente.

Tratamentos médicos, medicamentos, internamento e vacinação estão, geralmente, abrangidos. Entre as exclusões (o que não está coberto) mais comuns estão doenças preexistentes, esterilização, desparasitação ou parto. Tenha em conta que pode deduzir uma parte das despesas veterinárias no IRS, reduzindo assim o imposto a pagar.

Os seguros podem ainda ter coberturas como o furto ou roubo, pagando as despesas com a aquisição de um animal da mesma raça, guarda do animal (no caso do tutor ser hospitalizado e não ter quem cuide do cão ou gato), pagamento de despesas de localização, em caso de desaparecimento, proteção jurídica e funeral.

O que deve saber antes de fazer um seguro animal

Antes de escolher um seguro para animais há que ter em atenção aspetos como coberturas e exclusões, limites, períodos de carência ou modalidade de pagamento.

O valor do prémio, ou seja, o que vai pagar pelo seguro, não é o indicador mais importante, porque um preço mais baixo pode ser sinal de poucas coberturas ou de plafonds mais curtos.

Assim, antes de contratar o seguro, analise a proposta e, se possível, recorra a simuladores para comparar produtos de várias seguradoras para escolher a opção mais acertada. Conheça, de seguida, os pontos mais importantes que deve ter em consideração ao contratar um seguro para animais de estimação:

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Limites de idade

Alguns seguros limitam a idade para a adesão a certas coberturas, pelo que, se tiver um animal mais velho, poderá ser difícil encontrar um seguro. Por isso, confirme se o produto que pretende contratar tem esta condição.

Noutros casos, se a adesão ao seguro for feita quando o animal é mais novo (até aos dois ou três anos de idade), já não são impostos estes limites quando envelhecer.

Coberturas e exclusões

Como em qualquer seguro, este é um dos pontos a que deve dar mais atenção. Conhecer as coberturas que o seguro oferece – e assim saber com o que pode contar – e as exclusões (para saber o que não é abrangido) vai ajudar a tomar uma decisão mais informada ao escolher um seguro para o seu cão ou gato.

Doenças como a leishmaniose ou problemas típicos de certas raças podem estar excluídas, pelo que é conveniente verificar. Por outro lado, se o seguro tiver coberturas extra que sejam úteis, poderá ser uma opção mais em conta. 

Capital seguro

O capital seguro diz respeito ao valor limite que o seguro paga por cobertura. Estes limites são geralmente definidos por cobertura e anuidade, mas é necessário ter atenção ao montante, para garantir que cobre realmente as eventuais necessidades do seu animal.

Ou seja, os limites devem ser suficientes para que não corra o risco de ultrapassar rapidamente o plafond

Modalidade de pagamento

Os seguros para animais funcionam de acordo com duas modalidades de pagamento (copagamento ou reembolso), existindo opções que combinam ambos.

Na modalidade de copagamento, é possível recorrer a uma rede de prestadores que têm acordo com a seguradora, pagando apenas uma parte do valor; o restante é pago pela seguradora. Neste sistema poupa imediatamente, porque vai gastar menos nos cuidados médicos do que gastaria sem seguro.

Nos seguros com reembolso é possível recorrer a prestadores fora da rede, pagando a totalidade da despesa. Depois de enviar a fatura para a seguradora, é feito o reembolso da percentagem que fica a cargo do seguro. Esta opção dá maior liberdade de escolha, mas implica também que tenha de desembolsar imediatamente o valor da despesa. 

Franquias

Antes de escolher um seguro para animais de companhia analise o valor das franquias, isto é, da parte da despesa que vai ficar a seu cargo.

As franquias são definidas em valores (por exemplo, 15 euros por cada consulta) ou em percentagens – se, por exemplo, a franquia for de 15% significa que o seguro só cobre 85% da despesa.

Períodos de carência

O período de carência é o tempo que tem de esperar entre a data da assinatura do contrato e o dia em que é possível acionar as coberturas e usar o seguro.

Tal como acontece nos seguros de saúde para humanos, este é um ponto que deve analisar, porque se o período de carência for mais longo, corre o risco de não ter acesso ao seguro em caso de acidente ou doença repentina do seu animal.

As 6 dúvidas mais frequentes sobre seguros para animais

Está a ponderar fazer um seguro para os seus animais, mas ainda tem algumas dúvidas? Esclareça-as rapidamente vendo as perguntas e respostas mais frequentes em relação a este produto.

É importante ter em conta que os preços e condições variam de acordo com a seguradora, pelo que, antes de decidir, deve confirmar todas as condições para perceber se são as mais adequadas ao seu caso.

Quando devo subscrever um seguro animal?

É possível contratar um seguro logo a partir do momento em que os animais nascem. Não é conveniente esperar que estes envelheçam para subscrever um seguro de saúde, porque algumas seguradoras impõem limites de idade.

No caso das raças potencialmente perigosas, o seguro de responsabilidade civil é obrigatório para ter estes animais.

Os animais mais velhos podem ser segurados?

Depende da seguradora, porque algumas têm um limite de idade, o que pode ser um obstáculo para segurar animais idosos e, teoricamente, com maior probabilidade de necessitar de cuidados médicos.

Os animais doentes podem ser segurados?

Confirme esta situação antes de contratar o seguro, dado que as exclusões podem incluir doenças pré-existentes ou excluí-las para efeitos de despesas com cirurgias. Por isso, se tem um animal doente, informe-se das condições para fazer o seguro. 

Posso ter mais do que um animal por seguro?

Sim, é possível incluir vários animais, mesmo de espécies diferentes (cães e gatos), dentro da mesma apólice e até pode beneficiar de descontos por agregar os seguros dos seus animais no mesmo contrato. Confirme com a seguradora esta possibilidade.

É preciso fazer exames médicos ao animal para contratar um seguro?

Não é necessário fazer exames médicos para contratar o seguro. Terá apenas de ter a documentação do animal (como licenças e vacinação) e responder a um questionário.

Quanto custa um seguro para animais?

O prémio depende da seguradora e das coberturas, mas também de fatores como a espécie (há diferenças entre cães e gatos), raça, idade, género ou o facto de o animal estar ou não esterilizado.

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