Fazer um orçamento mensal pode mudar a sua vida. Está preparado?
O início de um novo ano é a altura em que fazemos promessas para mudar de vida: ir ao ginásio, comer melhor, gastar menos. Um estudo recente revelou que cerca de 80% das pessoas fazem resoluções de Ano Novo, mas apenas uma pequena percentagem as concretiza, sobretudo porque não definem objetivos claros ou viáveis.
Mas entre todas essas resoluções, há uma que pode mudar radicalmente a sua vida financeira: fazer um orçamento mensal. E se pensa que é algo só para economistas ou para quem “entende de números”, desengane-se. Qualquer pessoa pode (e deve) fazer um orçamento mensal. É o mais básico dos básicos. Em termos financeiros, é como aprender o abecedário e a tabuada até 10.
O que é e como fazer um orçamento mensal
O orçamento mensal é, essencialmente, um plano para o seu dinheiro. Ou seja, é a forma que tem para saber exatamente o que entra na sua conta bancária e para onde vai o seu dinheiro.
Parece simples, mas é incrível a quantidade de pessoas que não faz ideia de quanto gasta por mês em coisas tão banais como supermercado, pequenos-almoços, lanches ou cafés. E é esta falta de visão que leva àquela sensação de que o ordenado desaparece mal entra na conta. Se é uma destas pessoas, que não sabe para onde vai o seu dinheiro, está na altura de mudar esta situação.
Se nunca fez um orçamento mensal, o início do ano é a oportunidade ideal para começar a colocar em prática esta estratégia. Tudo o que precisa é de um papel e caneta ou simplesmente uma folha de Excel.
O objetivo é registar tudo: rendimentos e despesas. Se quer um ponto de partida eficaz, comece com esta estrutura:
- Liste os seus rendimentos: Tome nota de tudo o que entra na sua conta como ordenados, subsídios ou outras fontes de rendimento.
- Identifique as despesas fixas: Estas são aquelas despesas que não variam muito ao longo dos meses, como por exemplo a renda da casa, prestações, seguros, água, luz e internet.
- Liste as despesas variáveis: Aqui entram despesas como as compras de supermercado, combustíveis, cafés e lazer. A ideia é ser honesto e não subestimar gastos. Seja rigoroso ao cêntimo.
- Pague-se a si primeiro: Isto é, invista num plano de poupança. O ideal é que comece por 10% do seu rendimento, mas qualquer valor é melhor do que nada. O importante é que trate as suas poupanças como uma “despesa fixa” prioritária.
- Avalie e ajuste: Veja onde está a gastar mais do que gostaria e defina limites. Esse é o momento em que pode reavaliar hábitos e mudar comportamentos, como por exemplo tomar o pequeno-almoço ou almoçar fora todos os dias.
Cultive hábitos que o impulsionam na direção certa
Se acha que rapidamente vai deixar este propósito esquecido na gaveta das boas intenções, aqui vão algumas dicas para garantir que é desta que leva a sério o seu orçamento mensal:
- Simplifique: Um orçamento básico é melhor do que não ter nenhum. Por isso, não complique e use métodos que funcionem para si, como aplicações móveis de gestão financeira. Lembre-se, “feito é melhor do que perfeito”.
- Reserve 10 minutos por semana: Dedique alguns minutos todas as semanas para atualizar os valores e ver se está a seguir o plano que delineou. Coloque um alarme no telemóvel ou crie um evento regular na sua agenda para não se esquecer.
- Defina objetivos claros: Poupar para as férias? Pagar dívidas? Ter um objetivo motiva muito mais do que poupar “só porque sim”.
- Celebre as pequenas vitórias: Conseguiu poupar 50 euros este mês? Festeje! Pequenos avanços levam a grandes conquistas.
E o mais importante de tudo: não desista se falhar. Muitas pessoas desistem de fazer um orçamento mensal porque no primeiro mês gastaram mais do que planearam. Isso é normal. Orçamentar é como aprender a andar de bicicleta: vai precisar de cair algumas vezes até encontrar o equilíbrio.
Comece o ano com a determinação de mudar a sua vida financeira. Um orçamento não é apenas um documento, mas sim o primeiro passo para conquistar a tranquilidade que merece. Vamos dar esse passo hoje?