Seis dicas para reduzir despesas
Reduzir despesas é meio caminho para gerir melhor as suas finanças. Damos-lhe seis dicas que resultam. Agora é só pô-las em prática.
Se está a ler isto, provavelmente quer ou precisa de gerir melhor as suas finanças, seja com o objetivo de poupar algum para fazer uma viagem, para a entrada de uma casa ou para os anos de reforma.
O objetivo de poupar dinheiro é comum a muitos, mas é muitas vezes adiado ou deixado de lado pelas voltas que a vida dá, por despesas inesperadas ou pelo próprio salário mensal, que não estica.
O Contas Connosco mostra-lhe seis métodos para conseguir reduzir despesas e economizar dinheiro.
O método 50-30-20 ensina a gerir as despesas
Elizabeth Warren, conhecida senadora democrata norte-americana e ‘guru’ das finanças pessoais, foi a criadora do método 50-30-20, que explica no seu livro All Your Worth: The Ultimate Lifetime Money Plan, de 2005. A estratégia requer algum ‘trabalho’ de preparação, mas permite conhecer e avaliar melhor as suas despesas, tornando mais fácil atingir os objetivos. Os números que dão nome ao método dizem respeito à divisão do orçamento familiar entre necessidades (50%), desejos (30%) e economias (20%). Claro que 20% pode ser uma percentagem de poupança difícil de atingir para muitas famílias – principalmente se as necessidades (habitação, despesas fixas) corresponderem a mais de metade dos rendimentos mensais -, devendo aí ser encontrado um valor mais acessível.
Antes de começar a economizar dinheiro, deve ‘encontrar’ as suas necessidades, as despesas que não pode mesmo evitar; e os seus desejos, os valores que paga de bom grado, mesmo que pudesse viver sem eles. Ao fazer este exercício de orçamento, talvez consiga reduzir as suas necessidades (tem mesmo de beber um ou dois cafés fora de casa todos os dias?) ou os seus desejos (precisa assim tanto de canais extra na televisão?), e assim consegue reduzir mais despesas e chegar a uma percentagem de poupança maior.
A poupança fixa pode adaptar-se aos rendimentos
É uma das maneiras mais simples e eficazes, uma das melhores dicas para poupar dinheiro. Pegando no rendimento individual ou de um casal, defina um valor fixo semanal ou mensal para colocar de lado. A maioria dos bancos disponibiliza mesmo essa solução de poupança automática, funcionando como uma espécie de ‘débito direto’ na data prevista. Se retirar dinheiro logo no início do mês, estará a fazer uma gestão mais cuidada nas semanas seguintes – e, por conseguinte, a reduzir algumas despesas, se for necessário, para equilibrar as contas sem ter de mexer na poupança já separada.
Por outro lado, por vezes é difícil calcular um valor fixo para economizar, principalmente quando os rendimentos são variáveis e oscilam muito ao longo do ano. Para estes casos, ou para quem prefira ir ajustando a poupança mensalmente, pode optar-se por uma percentagem e não um valor concreto. Assim, em vez de poupar 50€ ou 100€ num mês, pode tentar guardar 10% ou 20% do salário, por exemplo. Nuns meses até pode ser menos, enquanto noutros meses será mais do que a média.
Reduzir despesas com um crédito consolidado
Quem tem mais do que um crédito ativo – pode ser do carro ou de outra compra mais cara, de umas férias ou de obras feitas em casa -, tem no crédito consolidado uma boa opção para reduzir as despesas mensais, melhorando a capacidade financeira. Um crédito consolidado agrega as várias mensalidades numa só, com uma só data, prazo e taxa de juro, simplificando desde logo a gestão do orçamento familiar. Saber todos os meses com o que se conta, graças ao crédito consolidado, facilita a organização das finanças pessoais em geral.
Um crédito consolidado permite renegociar várias taxas numa só e escolher um prazo adequado – até 84 mensalidades – para completar os pagamentos. No caso da Cofidis, é ainda possível integrar um financiamento extra para novos projetos. No final a nova mensalidade e prazo podem até representar um valor inferior à soma das várias prestações e taxas de juro anteriores.
Na Cofidis, por exemplo, se juntar créditos no valor de 15.000 euros, por exemplo, fica a pagar apenas 311,77 euros durante 84 meses, com uma TAEG de 12,4%, uma TAN de 10,75% e um MTIC de 21.957,84€.
Objetivos são motivação para reduzir despesas e poupar
Nada motiva mais a economizar dinheiro do que uma razão para o fazer. Seja a curto, médio ou longo prazo, crie objetivos que levem a poupar, como uma viagem; um carro novo; um eletrodoméstico que não tem ou qualquer outro desejo ou necessidade. Pode, inclusive, criar uma ou várias contas-poupança com um valor a atingir em cada uma. Ter um objetivo, ou vários, também ajuda a controlar e reduzir as despesas. Vai dar por si a não comer aquele bolo que lhe apeteceu de repente ou a beber apenas uma ou duas cervejas num bar ao fim-de-semana.
Se os prazos forem importantes – levar o carro à oficina antes de uma inspeção ou pagar um imposto mais elevado, como o IMI -, é melhor concentrar-se em um ou dois objetivos apenas, para não correr o risco de os falhar. Se é uma poupança sem data obrigatória – como uma viagem que sonha fazer ou um restaurante muito especial que gostaria de experimentar -, pode acumular vários desses projetos e ir guardando o dinheiro de uma forma mais ocasional em cada um deles.
O desafio das 52 semanas não é só poupança
Se procura um estilo mais desafiante de economizar dinheiro, há estratégias que permitem atingir valores bastante elevados, seja de forma regular ou aleatória. O método das 52 semanas, é um plano baseado no número de semanas que existem no ano, é um dos mais conhecidos e é ideal para começar numa data certa como o início de um ano ou mês – ou o seu aniversário, porque não?
Crie uma tabela tipo calendário semanal com o número e depois dois espaços ao lado em branco (um para a semana e outro para o valor acumulado) ou valores pré-definidos. Na versão mais usada, o número de cada semana é igual ao valor a economizar, passando-se de 1€ na primeira etapa a um total acumulado de 1.378€ na última, em que são guardados 52€. O mais importante acaba por ser usar uma tabela para ir registando as poupanças semanais e os totais, funcionando como um estímulo para manter o ritmo. Ter um frasco ou caixa que permita ver o dinheiro a crescer também ajuda a motivar, e as semanas de valores mais altos obrigam a um controlo ainda mais cuidado das despesas, que serve de aprendizagem futura.
O porquinho-mealheiro para a redução de despesas do dia a dia
Parece coisa de crianças, mas não há idade para ter um porco, uma caixa ou um pote-mealheiro. Tanto é que foram encontradas caixas com ranhuras para moedas em escavações arqueológicas de cidades gregas ou romanas com 2.000 anos ou mais. Já a forma do porco, ou javali, terá surgido em mealheiros da ilha de Java, na Indonésia, no século XIII. O porquinho-mealheiro continua a ser uma das dicas para poupar dinheiro de forma simples e sem grandes regras, bem como de reduzir ou evitar as despesas do dia a dia. Mais do que deixar de beber um café; levar comida de casa para o trabalho ou fazer uma deslocação a pé em vez de usar o carro, coloque o valor correspondente no mealheiro.
No caso do dinheiro que sobra na carteira ao fim do dia, pode definir um valor de moeda limite (por exemplo todas as que sejam inferiores a 1€); guardar as ‘repetidas’ (se tem duas de 1€ ou de 2€, deixa uma); ou mesmo poupar notas se tiver essa possibilidade e se costuma ter várias consigo regularmente. O limite acaba por ser o tamanho do mealheiro. Ao ficar cheio, pode trocar esse dinheiro no banco para o usar logo ou depositá-lo numa conta-poupança. Seja como for, o porquinho está sempre pronto para recomeçar a receber o que lhe sobra.