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Comprar carro novo ou usado? Como escolher e negociar

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Comprar carro novo ou usado

Necessário no dia a dia de muitas famílias, o automóvel é um bem que perde valor rapidamente, pelo que na altura de fazer esse investimento é importante decidir se é mais vantajoso comprar um carro novo ou usado. O dinheiro a pagar tem o seu peso na decisão, mas com a possibilidade do crédito automóvel tanto para uma opção como para outra, existem vários outros fatores importantes a ter em conta. Siga estes conselhos e descubra como escolher e negociar a compra de um carro.

Custo de comprar carro não está só no preço de venda

Em relação ao preço, um carro usado é mais barato. Alguns modelos usados e com apenas alguns anos podem mesmo chegar a metade do valor original. No entanto, é preciso levar em conta não apenas o que paga no momento da compra, mas também quanto poderá vir a custar a manutenção e a sua utilização regular. Diferenças de consumo de combustível; valor do IUC a pagar; custo da inspeção; tamanho dos pneus e o custo médio de um par são os principais exemplos.

Comece por uma pesquisa online intensa. Compare características de carros diferentes, procure campanhas de descontos nos novos e veja o valor médio pedido pelos usados.

Comprar um carro usado, com muitos ou poucos km feitos, significa frequentemente poder escolher um modelo maior, mais potente ou com melhor equipamento do que um novo pelo mesmo preço. Mas nos carros novos também é possível encontrar bons negócios, principalmente quando as marcas automóveis querem eliminar stock do ano anterior em excesso, ou caso haja um novo modelo ou versão de um carro a surgir em pouco tempo. Os modelos que estão prestes a ser descontinuados têm normalmente mais equipamento por um preço inferior.

Onde comprar carro e como pagar?

Um carro novo sabemos sempre onde ir comprar: ao concessionário. Os concessionários também apostam frequentemente no segmento de usados e semi-novos, sendo uma boa opção para os procurar. Já os stands de carros usados destacam-se por terem uma oferta variada, dezenas ou centenas de unidades em exposição às vezes, de diferentes marcas. Comprar diretamente a um vendedor particular sai mais barato normalmente, mas é preciso tratar de ‘papelada’ com o registo ou mudança de propriedade que normalmente o stand ou concessionário ajudam. E é mais difícil em termos de garantia. Uma coisa é certa, seja nos sites de stands e concessionários ou nos portais de anúncios especializados, é fácil encontrar todo o tipo de carros na internet antes de experimentar e negociar.

Evite comprar um carro sem o experimentar, há coisas que pode não gostar e percebe logo. E ao comprar carro usado, tente levar consigo um mecânico que ajude a identificar problemas.

Na altura de pagar, o crédito automóvel é uma solução que ajuda tanto a comprar carro novo como a comprar carro usado, na medida em que o financiamento se pode aplicar a ambas as situações. O crédito automóvel da Cofidis pode ser conseguido online de forma simples, não obriga a entrada inicial, não tem comissão de abertura nem implica reserva de propriedade – o carro fica logo em seu nome. Depois da casa, o carro é o segundo maior investimento que a maioria das pessoas faz, mas o financiamento automóvel pode abranger valores e prazos bastante distintos. Na Cofidis varia entre 1.500 euros e 50 mil euros, com um pagamento de 24 a 96 mensalidades. Sempre com a mesma data, taxa e valor fixo, sem surpresas.

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Comprar novo ou usado, é sempre possível negociar

Quer escolha comprar um carro novo ou usado, pode sempre negociar o melhor preço. O fim do mês pode ser uma boa altura para tentar fechar negócio, caso a sua compra seja importante para os objetivos de vendas. Por outro lado, a simpatia nunca fez mal a ninguém, antes pelo contrário. Estudar o mercado e as caraterísticas dos carros ajuda a que não seja enganado, conseguindo demonstrar logo isso. Poupa tempo e dinheiro.

Se escolheu comprar um carro usado, peça uma revisão gratuita, insista numa extensão do prazo de garantia e calcule os custos de ir buscar um carro semelhante um pouco mais longe, se o preço for melhor. E não ponha de lado a compra direta a um particular. Num carro novo a margem para um ‘desconto’ é menor, ainda assim, tente consultar mais do que um concessionário. Pode conseguir um extra pelo mesmo preço, ou a oferta de alguns serviços de manutenção programada.

Devo escolher um carro elétrico?

Nos últimos anos os automóveis 100% elétricos começaram uma trajetória de crescimento que representou já um aumento de vendas de 69% em 2021 face ao ano anterior, num total superior a 13 mil veículos ligeiros elétricos vendidos. A oferta também é cada vez maior nos concessionários, com modelos de vários tipos, e preços mais acessíveis. Assim, um carro novo elétrico é uma opção a considerar, principalmente se forem considerados benefícios como ausência de IUC e de ISV (carros até 62.500 euros), descontos ou isenção de parquímetro nalgumas cidades, e menores custos de manutenção regular.

Também já há muitos carros elétricos usados à venda em Portugal, mais de mil se pesquisarmos nos principais portais de vendas de automóveis. Aqui o cuidado na compra deve ser ainda maior. As baterias dos carros elétricos são um dos componentes mais caros – facilmente 20 mil euros ou mais – e começam a perder capacidade de armazenamento com o passar dos anos e da utilização, reduzindo a autonomia. Um carro elétrico com muitos quilómetros feitos pode ter uma bateria que já não suporta a totalidade da carga.

Não se esqueça de um seguro mais completo, melhor proteção

Compre novo ou usado, elétrico ou não, o seguro automóvel é obrigatório por lei. Saiba que o seguro é influenciado por vários fatores, entre eles o preço do carro. Em geral, quanto mais caro for o carro, mais pagará de seguro. No entanto, os carros novos também têm características de tecnologia e de segurança mais recentes, o que pode fazer baixar o preço de uma apólice. Um carro usado e um carro novo com o mesmo valor de mercado não vão ter custos de seguro iguais para uma proteção semelhante, a vantagem estará normalmente no novo.

Se fizer um contrato contra todos os riscos – incluindo roubo ou catástrofes naturais, por exemplo – o prémio anual será bastante mais elevado do que aquele que lhe será cobrado por um contrato que cubra apenas danos em terceiros. Mas caso provoque danos no seu carro, sozinho ou num acidente por si causado, terá de pagar toda a fatura de reparação do seu carro. Uma forma de reduzir o valor do seguro é fazer o pagamento anualmente; pagar o prémio de forma fracionada ajuda quando a dificuldade maior está em assegurar o valor todo de uma vez.