Direitos e Deveres

Como proteger os animais durante uma catástrofe natural

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Daniela Cunha
Daniela Cunha
Proteger os animais durante uma catástrofe natural

Saiba o que deve fazer para proteger os animais antes, durante e depois de um desastre ou de uma catástrofe natural.

Cheias, incêndios ou até sismos são, na maior parte das vezes, situações imprevisíveis. E, de um momento para o outro, podem tomar grandes proporções, colocando vidas e bens em risco.

Nestas alturas, um bom plano de emergência pode fazer toda a diferença. Por isso, é fundamental que esteja preparado e saiba agir, não só para se defender a si e à sua família, mas também para proteger os animais que tenha em casa e que contam consigo para os salvar em caso de desastre.

13 dicas para proteger os animais numa catástrofe natural

Em situações de catástrofe natural, os animais ficam mais vulneráveis. Assim, é responsabilidade dos tutores garantir a sua proteção. Descubra, abaixo, o que fazer em cada um dos momentos.

Antes da catástrofe

1. Garanta que o seu animal tem chip: antes de mais, o seu animal de estimação deve estar identificado com um microchip registado. Além de ser obrigatório por lei para cães, gatos e furões, o chip é a melhor forma de encontrar o animal caso ele fuja ou se perca durante a emergência.

2. Coloque-lhe uma coleira com uma placa de identificação: numa catástrofe, as infraestruturas e os serviços podem deixar de funcionar. Assim, a par do microchip, os animais devem ter uma coleira com uma placa de identificação visível que contenha o nome e os contactos do dono.

3. Considere fazer um seguro animal: o seguro para animais domésticos cobre as indemnizações por danos causados a terceiros e pode incluir, ainda, proteção em caso de doença ou acidente e as despesas relacionadas com o desaparecimento do animal.

4. Prepare um kit de emergência: ao criar um kit para a sua família, é importante que não esqueça os animais de estimação. No kit pensado para o seu cão, gato ou outro animal deve colocar uma cópia dos documentos e do boletim de vacinas, comida e água para vários dias, uma manta, a caixa transportadora ou uma trela, medicamentos (se necessário) e itens de primeiros socorros, um brinquedo ou objeto familiar e areia (caso tenha um gato) ou sacos de dejetos (para os cães).

5. Habitue o animal a entrar e sair da caixa transportadora: treine o seu cão ou gato a entrar e sair da caixa transportadora para que, numa urgência, obedeça e possa ser facilmente transportado. Deve, ainda, conhecer o sítio onde o seu animal se esconde habitualmente quando está com medo e, no caso dos gatos, pratique retirá-lo do esconderijo, tapando-o com uma manta ou toalha.

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6. Socialize o seu animal: numa situação de catástrofe pode ser muito difícil proteger os animais agressivos e que não estejam habituados a lidar com pessoas. O ideal é começar o processo de socialização quando o animal ainda é bebé, mas também é possível fazê-lo com cães e gatos adultos. Fale com o seu médico veterinário para saber quais são as técnicas indicadas.

7. Prepare um plano de evacuação: pense com antecedência num plano de fuga e nos passos que deve seguir em caso de emergência. Estabeleça uma rota de evacuação viável e faça simulações com toda a família, incluindo os animais, para garantir que a resposta seja rápida e organizada. Deve, também, conhecer os planos da proteção civil da sua zona e preparar uma lista com locais seguros onde possa abrigar-se.

Durante a catástrofe

1. Mantenha a calma: ainda que possa ser difícil, tente manter-se o mais tranquilo possível, já que os animais são sensíveis ao estado emocional dos donos. Transmitir segurança ajuda a acalmá-los.

2. Nunca deixe o animal para trás: se tiver de fugir, leve sempre o seu animal consigo. Se por algum motivo não o conseguir fazer (por estar ferido ou incapacitado, por exemplo), não o deixe preso ou fechado. Dessa forma, estará a dar-lhe a melhor hipótese de sobrevivência.

3. Procure um abrigo seguro:em caso de sismo, por exemplo, procure um local seguro em casa (em vãos de portas, cantos de salas ou debaixo de mesas) e afaste-se de janelas ou móveis que possam cair. Abrigue-se com o seu animal e espere até que o abale passe.

4. Mantenha o animal à sua beira: a melhor forma de proteger os animais, que normalmente ficam assustados numa situação de emergência, é garantir que permanecem consigo. Assim, mantenha o seu cão ou gato na transportadora ou utilize uma trela para que não fujam.

Após a catástrofe

1. Verifique as condições do animal: depois de passar o perigo, veja se o seu animal de estimação está ferido ou a comportar-se de forma estranha. Se ele precisar de cuidados médicos ou apresentar sintomas de trauma, leve-o de imediato ao veterinário.

2. Garanta que o ambiente é seguro: certifique-se que é seguro voltar para casa. Retire objetos perigosos do chão e outras zonas a que o seu amigo de quatro patas possa chegar e evite que ele explore zonas com destroços ou que beba de águas paradas.

Perante uma catástrofe natural ou um desastre, o seu patudo irá depender de si para o salvar e manter seguro. Siga as nossas dicas e garanta que proteger os animais é uma prioridade em caso de emergência.

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