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Como reduzir o lixo eletrónico?

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Lixo eletrónico

Tem em casa aparelhos eletrónicos que já não usa e não sabe o que fazer com eles? Recicle. Colocar o lixo eletrónico no sítio certo é essencial para ajudar a salvar o planeta. Explicamos-lhe tudo.

Lidamos diariamente com todo o tipo de aparelhos elétricos e eletrónicos. Telemóveis, computadores, frigoríficos, torradeiras e muitos outros equipamentos fazem parte da nossa vida e já não vivemos sem eles. A tecnologia veio facilitar-nos a vida de muitas formas, mas criou também um problema para o planeta, o excesso de lixo eletrónico.

Além dos aparelhos avariados ou em fim de vida, acumulamos em casa equipamentos ainda a funcionar, mas que deixamos de usar, porque as constantes inovações aliciam-nos a trocar de equipamentos com maior frequência.

A questão está no destino que damos aos aparelhos antigos. Seja por negligência ou desconhecimento, grande parte do lixo eletrónico acaba por não ter o devido tratamento. Muitas vezes guardamos os equipamentos em casa ou acabamos por colocá-los no lixo convencional. Ao fazê-lo, estamos a prejudicar gravemente o planeta e a evitar que os componentes desses aparelhos sejam reutilizados para produzir novos equipamentos.

O que é considerado lixo eletrónico?

O lixo eletrónico ou os Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) são todos os equipamentos em fim de vida e que funcionam através de corrente elétrica, pilhas ou bateria. Vão desde ferros de engomar a comandos, aspiradores, ecrãs, monitores, máquinas de lavar, telemóveis, lâmpadas, frigoríficos, máquinas de café, entre tantos outros. Também estão abrangidos todos os componentes e materiais consumíveis que fazem parte do equipamento, como é o caso dos carregadores ou cabos de ligação.

As categorias de lixo eletrónico

  • Equipamentos de regulação da temperatura;
  • Lâmpadas;
  • Equipamentos informáticos e de telecomunicações de pequenas dimensões (sem dimensão externa superior a 50 cm).
  • Equipamentos de pequenas dimensões (sem dimensão externa superior a 50 cm);
  • Ecrãs, monitores e equipamentos com ecrãs de superfície superior a 100 cm2;
  • Equipamentos de grandes dimensões (dimensão externa superior a 50 cm e que não se enquadre em nenhuma das anteriores).

Todos os equipamentos comercializados na União Europeia estão identificados com um rótulo que indica que devem ser colocados na reciclagem.

O que fazer para reduzir o lixo eletrónico?

A poluição eletrónica é um dos problemas ambientais que mais tem preocupado os especialistas na matéria. Para termos uma ideia do lixo eletrónico que produzimos, basta pensarmos nos aparelhos que já tivemos ao longo da vida e que, independentemente do motivo, acabámos por trocar. E se quiser aprofundar a pesquisa, o site Onde Reciclar apresenta alguns indicadores que dão que pensar. Segundo a plataforma, numa casa europeia existem em média 72 aparelhos eletrónicos, em que 11 deles estão avariados ou inutilizados. São números em constante crescimento e que nos devem fazer repensar os nossos hábitos. Neste contexto, é urgente reduzirmos o lixo eletrónico e, entre outros gestos, adotar a medida dos três “R’s”.

Leia maisPARI: O que é e como ajuda a evitar o incumprimento

1.Reduzir

Repense os seus hábitos de consumo e resista às estratégias de marketing das marcas, para inverter a tendência de adquirir constantemente novos aparelhos.

2.Reutilizar

Se pretende trocar algum dos seus aparelhos eletrónicos, mesmo que ainda funcionem, pergunte a familiares ou amigos se querem ficar com eles. Também pode vendê-los em sites de artigos em segunda mão e ainda faz algum dinheiro. Em alternativa, doe esses equipamentos a uma instituição.

3.Reciclar

Se tiver em casa aparelhos em fim de vida e que não podem ser reutilizados por ninguém, recicle. Deposite os dispositivos nos contentores designados para o efeito ou, se for mais cómodo, entregue-os no estabelecimento onde for comprar o novo.

Onde depositar os equipamentos eletrónicos usados?

Foram criadas várias alternativas para depositar o lixo eletrónico. Além de serem todas gratuitas, basta ver qual se adequa à sua situação.

  • Pontos de entrega REEE. Existem vários depósitos de lixo eletrónico espalhados por todo o país. A maioria encontra-se em escolas, centros comerciais, empresas ou outras entidades. Consulte o site e saiba quais os pontos de recolha mais perto de si.  
  • Recolha pela autarquia. Se tiver equipamentos de grande dimensão e mais difíceis de transportar, pode contactar o seu município e solicitar o serviço de recolha ao domicílio. Estes serviços podem ter regras diferentes, por isso contacte a Câmara Municipal, pergunte como funciona e faça o agendamento.
  • Ecocentros. É mais uma opção para deixar os seus equipamentos em fim de vida. Trata-se de instalações acreditadas para o efeito, onde pode depositar o lixo eletrónico e outros resíduos recicláveis que não podem ser colocados no lixo comum, nem nos ecopontos. Encontre-os em qualquer parte do país.
  • Lojas EEE: Também pode entregar os equipamentos em fim de vida, nos estabelecimentos comerciais onde for comprar os novos. Além disso, qualquer loja que tenha uma área superior a 400 m2 é obrigada a aceitar gratuitamente equipamentos de pequenas dimensões não superiores a 25 cm, mesmo que não compre um novo.

O lixo eletrónico é prejudicial

O lixo eletrónico é composto por componentes tóxicos e outros metais que podem (e devem) ser reciclados. Os aparelhos contêm elementos potencialmente perigosos, como o mercúrio, o cádmio, o óxido de chumbo, o níquel ou o antimónio, que podem ser bastante prejudiciais não só para o ambiente, como também para a nossa saúde. Todos estes componentes têm uma quota parte de responsabilidade em matéria de poluição. Existem, inclusivamente, estudos que indicam que 80% das doenças nos países em desenvolvimento são causadas pela exposição a substâncias tóxicas que existem nos equipamentos eletrónicos. Dá que pensar.

Por si, pela saúde – a sua, a dos seus e a das gerações vindouras – e pelo nosso planeta, dê o destino certo ao lixo eletrónico e incentive todos à sua volta a fazerem o mesmo. 

O que achou?