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Sabe como escolher e comprar a moto dos seus sonhos?

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Há motos para todo o tipo de condutores, desde os aventureiros aos que querem usar no dia a dia. Neste artigo, saiba como escolher a melhor moto para si.

Seja pela liberdade às filas de trânsito e chegar mais a horas ao destino, a maioria dos condutores pensa, frequentemente, “e se eu comprasse uma mota?”. Razões para o fazer há muitas, envolvendo tanto o sentido prático de mobilidade como as necessidades profissionais (veja-se o número de scooters de entregas rápidas) ou ainda a paixão pela velocidade ou o ‘fora de estrada’.

Mais portugueses a comprar moto

No ano 2021 foram vendidas  mais 15% de motociclos do que em 2020 – quase 37 mil -, recuperando totalmente da queda de 5,2% que tinha sido registada no ano anterior. Mais de metade das motos compradas no ano passado tinham uma cilindrada inferior a 125cc – aquelas que podem ser guiadas por condutores de carro com mais de 25 anos sem necessidade de tirar outra licença, o que reforça o interesse urbano destes veículos.

Por outro lado, consomem muito menos gasolina do que os carros e há também uma oferta cada vez maior de motos elétricas. Sendo normalmente mais baratas do que um carro, as motos também oferecem as possibilidades de um investimento relativamente fácil de fazer, mesmo com financiamento.

As melhores motos: modelos para todos os gostos

Na altura de comprar moto, ainda que tenha uma ideia do estilo que quer e de quanto pode gastar, o melhor mesmo é experimentar primeiro, para ter a certeza de que fica convencido. Altura do banco, posição de condução, dureza da suspensão, diâmetro de viragem e características de aceleração e travagem são fatores que, tal como num carro, nos podem fazer amar ou odiar uma moto ao fim de alguns quilómetros.

Depois há o ‘destino’, literalmente, que queremos dar à mesma – se é um percurso curto nas ruas da cidade, deslocações regulares de algumas dezenas de quilómetros, ou longas viagens mais ou menos vezes por ano. Veja de seguida os principais tipos de motos e a que estilo de vida se adaptam melhor.

Motos urbanas ajudam a enfrentar o trânsito

São as mais comuns, pois adaptam-se melhor ao dia a dia na cidade, mas não significa que não se consiga sentir prazer de condução com uma scooter ou uma naked.

  • As scooters são o ‘estágio’, o modelo certo para as primeiras experiências, para ganhar destreza. Mas isso não quer dizer que não se possa apaixonar por este tipo de mota para a vida, tal é o sentido prático. As scooters têm um razoável espaço de arrumação para capacetes e outras coisas; consomem pouca gasolina; e são leves e fáceis de conduzir ou de estacionar. Há scooters de 50cc – que podem começar a ser conduzidas aos 14 anos, com licença de condução – mas chegam às mais altas cilindradas e potências, algumas acima de 800cc.
  • As naked, também chamadas de motos ‘de estrada’, ‘street’ ou ‘urbanas’, dependendo do subtipo, são dos modelos mais versáteis, equilibrando potência, peso, estilo e preço. São mais inspiradas nas motos desportivas, mas eliminam a maioria das proteções aerodinâmicas que as tornariam mais volumosas e caras. A posição de condução fica a meio caminho entre a grande inclinação de uma desportiva e o conforto ‘relaxado’ dos modelos mais de passeio.

Motos desportivas para os amantes da velocidade

São as mais rápidas, com uma aceleração e uma velocidade máxima já bem perto das versões de corrida, Têm também mais proteções – a chamada ‘carenagem’ – que as tornam mais confortáveis e aerodinâmicas na estrada aberta do que no para-arranca urbano. As desportivas têm cilindradas elevadas, normalmente acima de 600cc e às vezes 1.000cc, o que não significa que não se consegue comprar uma moto com as capacidades de um potente carro de luxo por menos de 10 mil euros.

Motos de turismo ao estilo europeu ou americano

As motos mais caras e com bastante equipamento são as de turismo, para grandes passeios relaxados pelo país ou para atravessar fronteiras.

  • Chopper, cruiser ou custom para viajar como nos filmes. Basta dizer ‘Harley’ e já se sabe do que estamos a falar. As motos de estilo mais americano, com o guiador um pouco levantado e uma posição de condução que quase atira as costas para trás, continuam a povoar o nosso imaginário, muito graças aos filmes de Hollywood, que as mostram frequentemente. As choppers adaptam-se a um estilo de vida muito próprio: são mais caras, facilmente acima dos 20 mil euros, barulhentas, e não são tão fáceis de manobrar, pela posição de condução ou pelo peso, pelo que requerem uma maior experiência e dedicação.
  • Touring e GT são o equivalente europeu ou asiático das choppers, e vêm logo à memória as enormes Honda ou BMW que pesam meia tonelada e têm um motor maior do que alguns carros. As motos de turismo em geral – com várias malas, gadgets tecnológicos e um motor potente – são pensadas para viagens longas e demoradas e não tanto para uma condução dinâmica. No entanto, existem também as ‘desportivas de turismo’, que juntam vários elementos de ambas as categorias para dar versatilidade e dinamismo à moto.
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Motos de aventura para a lama ou para os buracos da cidade

Nesta categoria também há vários subtipos de motos, uma vez que é fácil encontrar em cidade motos de utilização assumidamente ‘fora de estrada’, que raras vezes chegam a fazer valer as suas capacidades. As motas de TT, cross ou enduro são normalmente altas e esguias, com rodas de grande diâmetro e pneus cheios de sulcos, para maior aderência em pisos de lama, areia ou com pedras, e ainda uma grande suspensão, para ajudar nos buracos e nos saltos. Nas últimas décadas tornaram-se também muito populares as motos de aventura, trail, dual sport – também conhecidas como ‘on-off’ -, que conseguem garantir uma boa performance e conforto tanto em estrada – e em cidade – como fora dela.

Retro já abrange todo o tipo de categorias

A moda retro começou há alguns anos com o regresso das cafe racers, um estilo de moto popular nos anos 60 que foi recuperado tanto com modelos restaurados como novas versões de estilo clássico. Esse revivalismo levou até ao renascimento de marcas como a Triumph, Norton ou Royal Enfield, e ao aparecimento de novas marcas apostadas em fazer modelos originais, personalizados, inspirados nas motas de outras décadas. Por outro lado, os principais fabricantes europeus e asiáticos não demoraram a cavalgar a onda revivalista – que se estendeu aos anos 70, 80 e 90 – e recuperaram modelos clássicos de sucesso com novas versões pensadas para os condutores de hoje.

Financiamento para moto cobre vários valores

Comprar moto é um investimento normalmente mais fácil de fazer do que trocar de carro, no entanto os valores podem variar entre 1.600 ou 2.000 euros para uma scooter asiática barata e mais de 20, 30 ou mesmo 40 mil euros para uma superdesportiva exclusiva ou uma touring a que só falta andar sozinha. A maioria dos modelos mais versáteis e com uma boa relação entre performance e preço ficam abaixo dos 10 mil euros, seja para uma scooter topo de gama, uma naked agressiva ou uma cafe racer de estilo intemporal.

Um crédito para moto é uma boa opção para equilibrar razão e emoção. Um financiamento na Cofidis de 10 mil euros, por exemplo, para uma moto nova, representa uma mensalidade de 141,89 euros em 8 anos (96 prestações), com uma TAEG de 8,9%, TAN de 7,79% e MTIC de 13.797,44€. Sem necessidade de entrada inicial, sem comissão de abertura, sempre na mesma data, e com a propriedade da mota a ser do titular do crédito e não da instituição. Caso se trate de uma moto usada, os mesmos 10 mil euros e pagos em 96 mensalidades de 156,15 euros, com uma TAEG de 11,9%, uma TAN de 10,41% e um MTIC de 15.166,40€. E apesar de saber sempre com o que pode contar no seu empréstimo para moto, tem a possibilidade de ajustar as condições ao longo do prazo caso seja necessário.

Tal como a maioria das coisas que podemos escolher e comprar para a nossa vida, as melhores motos podem ser mais rápidas, mais bonitas ou tecnologicamente mais avançadas, mas são verdadeiramente melhores aquelas que se adaptam perfeitamente ao nosso estilo de condução e necessidades do dia a dia, ou aos passeios e aventuras de fim de semana, com que sonhamos de segunda a sexta-feira.

O crédito é só para moto, exclui outras compras e despesas associadas à mota, como o seguro ou equipamento. A forma como a frase está, dá a entender que o crédito também tem essa finalidade.

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