Teve o seu cartão clonado? Saiba o que fazer.
Praticamente toda a gente utiliza cartão bancário, seja de débito – como o multibanco – ou de crédito. É um método simples e cómodo, mas é também cada vez mais alvo de burlas seja quando viajamos pelo estrangeiro ou mesmo em Portugal. Explicamos-lhe como deve proceder quando o seu cartão é clonado e quais os cuidados que pode ter para se prevenir.
O que é a clonagem de cartões?
Clonar um cartão significa que alguém, através de um processo fraudulento, conseguiu copiar toda a informação desse cartão (nomeadamente, o PIN, ou seja, o código pessoal). No fundo, fez um clone, ou seja, uma cópia do seu cartão.
Como é feita?
Uma das fraudes mais utilizadas para clonar cartões é através de um dispositivo chamado skimmer. Na ranhura do multibanco onde se colocam os cartões, está também colocado este dispositivo, capaz de ler as bandas magnéticas e copiar as informações destes cartões. Muitas vezes, existe também uma mini câmara de filmar que grava o seu código PIN. Normalmente, este dispositivo pode ser controlado por wi-fi ou Bluetooth, o que permite que os burlões controlem toda a situação à distância.
Quais as consequências?
Se lhe clonarem um ou vários cartões de débito e crédito, arrisca-se a ficar com a conta a zeros – ou mesmo, com dívidas – em poucos dias ou mesmo horas. No fundo, a clonagem de um cartão é um roubo tecnologicamente mais sofisticado do que se fosse assaltado.
Como resolver?
O primeiro passo é avisar o seu banco. Se algo de errado tiver acontecido com o seu cartão, o melhor mesmo será cancelá-lo. Os procedimentos legais exigidos variam muito em função da instituição bancária: algumas exigem que faça uma queixa na Polícia, outras pedem provas de que não foi o cliente a fazer aqueles movimentos (por exemplo, bilhete de avião), entre outros.
Quais os custos?
Também variam em função do banco. Alguns bancos cobram pelo cancelamento do cartão e pela emissão de um novo, mesmo em caso de clonagem. Outros têm um seguro que cobre esse tipo de situações e não refletem os custos no cliente. O mesmo acontece para o dinheiro que foi roubado no âmbito da fraude. Depois de ter avisado o seu banco, a instituição fica responsável por qualquer movimento ilícito que aconteça depois dessa data. Quanto às operações feitas antes de ter avisado o seu banco, segundo o Banco de Portugal, o cliente “em princípio terá de pagar os montantes indevidamente movimentados até um máximo de 50 euros”. No entanto, verifique sempre diretamente com o seu Banco e, em caso de dúvida, pode também contactar a SIBS.
Como evitar?
É um crime praticamente impossível de evitar, mas existem alguns cuidados que pode ter, a título de prevenção, tais como:
Quando utilizar uma caixa automática (ou ATM):
- Antes de colocar o cartão na ranhura, verifique se tem um aspecto normal ou se o equipamento está danificado. Se algo lhe parecer errado, procure outra caixa automática.
- Marque sempre o PIN de forma discreta, sem que ninguém possa ver. E nunca partilhe o seu código pessoal.
- Se a caixa ficar com o seu cartão, contacte o seu Banco.
- Quando viaja, sobretudo no estrangeiro, prefira as caixas automáticas dentro das instituições bancárias do que os ATM de rua
Quando utilizar um terminal de pagamento automático (TPA):
- Certifique-se de que o TPA não está danificado
- Nunca perca o seu cartão de vista nem o empreste a ninguém
- Antes de introduzir o seu PIN confirme se o valor que vai pagar está certo
- Depois de confirmar o pagamento, não repita a operação sem que apareça uma mensagem, no terminal, a dizer que foi anulado ou mal sucedido
- Peça sempre talão e guarde-o para poder comparar com o extrato da sua conta
Outros cuidados a ter:
- Nunca deixe os cartões de débito ou crédito em locais de fácil acesso
- Verifique o saldo da sua conta e o extrato bancário com regularidade. Se detetar levantamentos ou pagamentos que não foram feitos por si, contacte o seu Banco
- Em compras através da Internet, certifique-se de que o antivírus do seu computador ou telemóvel está atualizado e escolha sempre sites de confiança
- Opte por métodos de pagamento alternativos, especialmente úteis para compras online ou no estrangeiro, como o MB Way ou o Revolut (veja aqui os melhores cartões para usar em viagem)