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Dia da Segurança no Computador. Mantenha-se seguro com estas dicas

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Segurança no computador

No dia 30 de novembro assinala-se o Dia da Segurança no Computador. Deixamos-lhe algumas dicas para navegar em segurança e manter os seus dados e dispositivos sempre seguros.

Desde que esta data foi estabelecida, em 1988, que o número de ciberameaças tem vindo a aumentar exponencialmente. O aumento de dispositivos, de utilizadores, de ameaças mais sofisticadas ou a atuação de gangues criminosos profissionais fizeram subir o número de incidentes cibernéticos.

Isto significa que hoje qualquer pessoa que tenha um computador está sujeita a ser atacada e que, por isso, deve repensar a sua cibersegurança. Se mesmo as grandes empresas e instituições são atacadas por hackers, o cidadão comum deve estar ainda mais vigilante.

É extremamente importante manter a segurança enquanto navegamos nos nossos computadores, principalmente numa altura em que trabalhamos mais a partir de casa e passamos cada vez mais horas na internet.

Mais privacidade de dados, mais segurança

A privacidade é um direito que assiste às pessoas, ainda mais em contexto informático, em que os dados pessoais podem chegar a qualquer parte do mundo.

Neste momento, a legislação mais atual na Europa é conhecida como RGPD (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados), tendo sido aprovada em 2016 e entrado em vigor a partir de 2018. Veio reforçar ainda mais a necessidade de consentimento para recolha e reutilização de dados pessoais na internet – seguramente já reparou na quantidade de vezes que tem de dar um ‘OK’ a determinado pedido para poder avançar num site.

Damos-lhe 10 conselhos para ter maior confiança e segurança na sua vida digital.

1. Atenção aos formulários que preenche

Tem que dar um consentimento explícito a um site ou empresa para que os seus dados sejam armazenados ou utilizados e o fim a que se destinam. Leia com atenção os formulários antes de colocar a cruz no ‘sim’.

2. Tem direito a exigir que apaguem os seus dados

Caso uma entidade esteja a usar os seus dados, mesmo que tenha dado consentimento para isso, pode a qualquer momento exigir que os apaguem. O direito ao esquecimento abrange por exemplo informações ou imagens que, apesar de serem apagadas de um lado, podem estar ainda visíveis noutro.

3. Cuidado extra com as redes sociais

A presença nas redes sociais é a janela de muitas pessoas para o mundo. Mas é também a janela do mundo para a vida pessoal de cada um. Quanto mais se expuser, mais vulnerável fica a que as suas informações ou imagens sejam usadas por outras pessoas. E caso lhe ‘roubem’ o perfil numa rede social, podem aproveitar todo o tipo de informação pessoal guardada.

4. Redes WiFi públicas são de evitar

Estar nos transportes públicos ou num centro comercial a utilizar internet gratuita é ótimo, mas também abre mais a porta a hackers. Evite abrir sites ou aplicações mais sensíveis, como a sua conta bancária, quando usar redes WiFi de acesso livre.

5. Tenha os antivírus e firewalls sempre atualizados

Aposte num bom antivírus e faça sempre as atualizações necessárias. Nunca teve problemas no computador? Se calhar foi precisamente porque o antivirus e as firewalls cumpriram bem o seu papel.

6. Cuidado com o Phishing

Tenha muita atenção antes de clicar em links que pareçam suspeitos e nunca descarregue conteúdos para o seu dispositivo, a não ser que a fonte seja fidedigna. O Phishing é uma das principais vias de ataque, principalmente para os mais distraídos. Nunca é demais lembrar que os vírus estão muitas vezes escondidos em programas ou ficheiros que descarregamos para o computador, frequentemente dissimulados em emails aparentemente inofensivos. Por isso se receber um email com pedidos estranhos, comece a duvidar, mesmo que aparentemente venham de uma entidade que conhece.

Atenção também à pirataria! Não descarregue músicas, livros, filmes ou aplicações que não venham de fontes confiáveis.

7. Evite utilizar dispositivos pessoais em trabalho

Este ponto ganhou bastante relevância com o aumento do trabalho remoto. É mais provável haver um ataque em grande escala quando os funcionários de uma empresa utilizam os seus dispositivos pessoais, como o computador ou telemóvel para fins laborais. Por isso, o software de segurança deve ser instalado em todos os dispositivos utilizados para este fim e a conexão com a rede da empresa deve ser protegida.

8. Utilize autenticação multifator

Já ouviu falar do TAN? É uma palavra-passe de utilização única, geralmente solicitada através do telemóvel. Grande parte dos utilizadores já conhece este tipo de autenticação, já que é requerida para aceder às contas do banco através da internet, por exemplo. Este método é cada vez mais utilizado em aplicações ou contas online, para aumentar a segurança dos sistemas informáticos, já que torna quase impossível os cibercriminosos conseguirem aceder ao sistema.

9. Não se esqueça de atualizar o software

Uma das melhores maneiras de estar ciberneticamente protegido é utilizar sempre a versão mais recente de qualquer software, independentemente de ser mais básico, já que os hackers procuram vulnerabilidades em aplicações, sistemas operativos ou soluções de segurança para conseguirem entrar.

10. Passwords merecem atenção especial

Tem várias contas online? E utiliza sempre, ou quase sempre, a mesma senha? Está a colocar em risco os seus dados pessoais e profissionais. Repetir passwords e usar senhas ‘fracas’ são alguns dos erros que muitas pessoas cometem. Lembre-se destas dicas da próxima vez que lhe for pedida uma nova password.

  • Cada site com a sua password

É verdade que ninguém consegue decorar uma dúzia de passwords diferentes e é muito mais prático usar a mesma palavra ou guardar automaticamente a password em todos os sites. Mas a partir do momento em que um ‘pirata’ tem acesso à sua password, conseguirá facilmente verificar se a reutiliza noutros sites. Em cada conta ou registo, tente usar uma password diferente.

  • Letras, números e não só

Numa password, mesmo que isso não seja exigido, utilize uma combinação de letras maiúsculas, minúsculas, números e sinais de pontuação. Uma palavra-passe não deve ser só aleatória, mas sim complexa e difícil de ser decifrada, pelo que quanto mais caracteres tiver, melhor.

Pense numa frase, por exemplo ‘Só eu sei a minha senha’. Agora, pegue na primeira letra de cada palavra: ‘SESAMS’ e introduza um número diferente entre cada letra, por exemplo, a data de nascimento do seu filho (3/5/2020). E já está: “S3E5S2A0M2S0”. Pode criar variantes com base na mesma frase juntando outras letras, números ou sinais de pontuação.

  • Evite nomes e informações fáceis de descobrir

Esqueça os nomes, os apelidos, as datas de nascimento, o nome dos animais de estimação ou do clube de futebol preferido. Uma password deve ser o menos pessoal possível. Um bom método é o diceware, que passa por atirar um dado 5 vezes e procurar numa lista a palavra correspondente, que pode ser depois completada com outra ou reforçada com números e elementos diferentes.

  • Não deixe o motor de busca memorizar a senha

Use técnicas para recordar as passwords, como escrever várias vezes seguidas a senha no teclado. O cérebro tem capacidade para memorizar movimentos que sejam repetidos diversas vezes. Não deixe o motor de busca memorizar a password dos vários sites onde está registado – apesar do jeito que isso dá – e nunca escreva passwords num papel ou nos dispositivos eletrónicos. Caso tenha dificuldades em memorizar senhas, use um programa de confiança ou uma aplicação segura para o efeito.

  • Altere regularmente as suas passwords

Mude de senhas frequentemente, de preferência a cada 3 meses, para ir reforçando a sua segurança digital. São muitas senhas? Pode apostar num programa de gestão de passwords para as guardar, para fazer a interligação com vários dispositivos e até para ajudar no processo de alteração regular dos códigos.

  • Aposte em sistemas de verificação dupla

Para operações bancárias a autenticação em dois passos já é uma realidade comum, mas pode conseguir esse nível de segurança em vários sites, contas e aplicações, nomeadamente nas redes sociais. A verificação em dois fatores passa por um elemento extra de segurança, normalmente um email ou mensagem com um código que é enviado para o endereço/número que definiu. É esse código que permite entrar numa aplicação ou concluir uma operação, e caso receba uma mensagem sem ter feito nada, já sabe que estão a tentar entrar numa conta sua e pode negar o acesso.

Mantenha-se ligado ao mundo, mas não descure a segurança dos seus dados.

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