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Conheça três soluções para aqueles cinco mil euros que não estava à espera de re…

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O que fazer ao dinheiro ganho de forma inesperada

Duas vezes por semana, muitos portugueses tentam a sorte através do Euromilhões. Os prémios, sobretudo o primeiro, costumam ser atraentes e incendeiam a imaginação de cada apostador. Conseguir arrecadar um “jackpot” pode significar a realização de sonhos para o vencedor, a família, os amigos e, quem sabe, outras pessoas que acabem por beneficiar da solidariedade do sortudo.

Com os pés mais assentes na terra, e um pouco menos de ambição, é possível alimentar sonhos mais realistas. Imagine que, em vez de ser contemplado com os largos milhões de euros que caracterizam o primeiro prémio, acerta na combinação mágica de números e estrelas que lhe dará direito a um prémio menos chorudo mas, ainda assim, um bom complemento para as suas poupanças. Cinco mil euros, por exemplo. O que fazer ao dinheiro ganho de forma inesperada?

A primeira possibilidade é a mais óbvia: gastá-lo. Pode abrir-lhe as portas para fazer aquelas obras que planeava para a sua casa e que até a valorizarão. Ou, simplesmente, pode dar uma entrada para um automóvel novo ou comprar os bilhetes que lhe proporcionarão a viagem para um destino que lhe desperta curiosidade. Mas há outras hipóteses que, embora possam não ter o mesmo potencial para satisfazer as suas pretensões consumistas imediatas, têm hipóteses de vir a melhorar o seu poder de compra ou de melhorar a sua saúde financeira.

O Contas Connosco sugere-lhe três soluções:

1. Constitua ou faça um reforço no seu fundo de emergência. Trata-se de uma reserva destinada a acorrer a situações imprevistas que podem suceder na vida de qualquer pessoa, como a doença ou o desemprego. Uma gestão prudente das finanças pessoais aconselha a que este seja sempre o primeiro passo a dar. Acumule o dinheiro suficiente para sustentar seis meses de despesas do seu agregado familiar. E não deixe o dinheiro parado. Um depósito a prazo ou um fundo de tesouraria são aplicações que têm liquidez e que podem servir para preservar ou, até, aumentar o poder de compra do dinheiro enquanto não precisar dele.

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2. Se tem dívidas, como créditos ao consumo ou à compra de habitação própria, analise se vale a pena amortizar, total ou parcialmente, os empréstimos em causa. Se não encontra aplicações que lhe garantam uma remuneração superior à da taxa de juro que está contratada, é melhor pensar seriamente em abater as dívidas. Libertará uma parte dos seus rendimentos e evitará estar a pagar juros numa altura em dispõe de condições para reduzir ou anular estes encargos. 

3. As regras de cálculo da pensão de reforma tendem a fazer com que o dinheiro que irá receber quando chegar a altura de se aposentar seja uma parcela cada vez mais pequena do seu último salário, pelo facto de os problemas demográficos e o aumento da esperança média de vida ameaçarem a solidez financeira do sistema de Segurança Social. Espere um corte de um terço. Perante esta realidade, pode pegar no dinheiro e investi-lo para que, mais tarde, consiga garantir um complemento de reforma que compense em parte, ou mesmo totalmente, a perda que terá de enfrentar nos seus rendimentos. Comece com este bolo e, depois, vá fazendo reforços. Não se arrependerá.