Dicas para gerir as finanças em casal
Gerir, de forma eficaz, as finanças em casal é meio caminho andado para evitar a rutura e não estragar o romance. Aqui ficam algumas dicas com o propósito de ensinar os casais a partilharem despesas e a gerirem o dinheiro a dois.
Partilhar a vida com outra pessoa não é fácil, principalmente quando se fala em dinheiro. A questão financeira é um dos principais fatores de rutura dos casais. Desmistificar este assunto e mostrar que há diversos caminhos que podem seguir pode ajudar a evitar problemas na relação.
Quando se trata de partilhar a vida financeira, o mais importante é o diálogo entre os dois. Antes de dar qualquer passo, seja ele abrir uma conta conjunta, ou decidir manter contas separadas, há que pesar os prós e os contras e perceber qual é o cenário que se encaixa melhor de acordo com a situação financeira de cada um. Falar, partilhar pontos de vista e perceber aquilo que melhor se adapta ao orçamento da casa.
Neste vídeo, o especialista em finanças pessoais Sérgio Rodrigues deixa-nos 6 dicas preciosas para gerir as finanças em casal.
Honestidade e transparência acima de tudo
A gestão das finanças do casal deve ser feita de forma honesta e transparente. A comunicação e a sintonia são extremamente importantes. Fale abertamente sobre as dívidas que contraiu, quanto recebe e desconta e quais as alternativas que encontra para a divisão das contas. Não esconda cartões de créditos ou dívidas feitas no passado, porque mais tarde ou mais cedo virão à tona e serão motivo de discórdia.
Quanto mais cedo tiver esta conversa, melhor. Evita situações desagradáveis e de desconfiança e mantém a relação saudável.
Definir objetivos em conjunto
É normal que os casais definam objetivos e saibam onde querem chegar juntos. Isto serve para questões familiares, financeiras ou, por exemplo, de lazer.
Para tudo é preciso que haja uma boa gestão do dinheiro e para tornar o processo mais fácil, o melhor é terem um registo dos objetivos ou sonhos. Fazerem uma lista dos objetivos individuais e em comum. Mas para que funcione, é preciso que haja acordo e compromisso de ambas as partes.
Criar um fundo de emergência
Outra das dicas para gerir as finanças em casal é a criação de um fundo de emergência. É importante manter algum dinheiro de parte para eventuais imprevistos financeiros. Seja para uma eventual situação de desemprego, uma questão de saúde, a reparação do carro ou simplesmente pela chegada de um bebé, fazer um pé-de-meia com a sua cara-metade, pode ajudar o casal em situações inesperadas e evitar a rutura da relação.
Conta conjunta ou contas separadas?
Criar uma só conta para ambos
Há casais que optam por ter apenas uma conta para os dois, na qual ambos recebem o ordenado e de onde pagam todas as despesas. Desde o acesso à conta bancária, aos cartões multibanco, às poupanças e eventuais investimentos, deve haver um controlo mensal de ambas as partes, para perceberem se o valor que recebem chega para pagar todas as despesas, conjuntas ou individuais, se é possível por algum dinheiro de parte e se há necessidade de fazer ajustes.
Se optam por ter uma conta conjunta, é importante que os dois estejam em sintonia, porque em situações de gastos pessoais, devem haver compreensão.
Criar uma conta conjunta, mas manter contas individuais
Criar uma conta conjunta pode ser uma boa opção, basta que o casal estabeleça o valor que cada um deve colocar mensalmente na conta.
É igualmente necessário que haja um controlo do orçamento e dos gastos. No entanto, não existe a necessidade de dividir os pagamentos todos os meses, já que o dinheiro da conta, é exclusivamente destinado às despesas partilhadas pelo casal (renda, água, luz, empréstimos, etc.) Nesse sentido, esta é uma opção prática.
Sendo a confiança a base de uma relação, não há qualquer problema em controlar as transações que são feitas através da conta conjunta. Aliás, fazer este controlo é imprescindível para que percebam se o valor pago por ambos é justo, se é suficiente para abater todas as despesas ou se estão a gastar mais do que era suposto. Assim não perdem o rasto do dinheiro e sabem no que é que está a ser utilizado.
Se em simultâneo cada um mantiver a sua conta individual, pode utilizá-la para os seus gastos pessoais, evitando possível atritos.
Contas separadas e a divisão das despesas
A questão do dinheiro ainda levanta alguma discórdia e, por isso, há casais que não seguem nenhuma das opções acima. Muitos optam por simplesmente dividir as despesas conjuntas. Há quem prefira dividir tudo a meias e quem faça esta divisão proporcionalmente, consoante o salário de cada um. Por exemplo, paga a conta da luz (que costuma ser mais elevada) e outro fica com a conta da água e a do gás.
Para que não restem dúvidas, o ideal será apontar todas as despesas e guardar todos os recibos.