Trabalho e carreira

Cinco dicas para identificar um chefe que podia ser melhor

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identificar um chefe que podia ser melhor

Não há quem não aprecie sentir-se motivado no local de trabalho. As ideias fluem, o esforço que sempre é necessário para concretizar tarefas e concluir projetos perde peso e importância e aquela satisfação que costuma ser apelidada de “realização profissional” é um incentivo poderoso para regressar, no dia seguinte, com a disposição de fazer mais e melhor.

Mas, para que o ambiente seja motivador, é necessário dispor de lideranças capazes de darem uma ajuda decisiva para o criar. Pree Sarkar, especialista em questões de carreira da Searchcraft Recruitment, tem algumas ideias sobre o assunto. E decidiu, a partir da sua experiência a lidar com estes temas de gestão e carreiras profissionais, elaborar uma lista de aspetos que ajudam a identificar um “mau chefe”, a partir de simples frases que têm o (mau) hábito de dizer. Confira se alguma vez escutou o seu superior hierárquico fazer os seguintes desabafos.

1. “Nada nesta empresa funciona sem mim”

As empresas que colapsam quando a chefia está de férias não refletem as qualidades dos seus gestores, ao contrário do que estes tendem a pensar. Se uma empresa não consegue funcionar bem sem o gestor estar presente, então é porque as suas competências de gestão são “pobres”. Bons gestores sabem delegar tarefas e criar uma cultura empresarial que promova a responsabilidade. Mais: sabem que, na sua ausência, a equipa consegue encontrar soluções temporárias para os problemas.

2. “Fazemos isto desta forma, porque sempre foi assim”

Mudar. Sair da zona de conforto. Evoluir. A tradição é importante, mas também é importante saber aceitar a mudança. Quando um gestor se recusa a mudar metodologias ou hábitos dentro da empresa, fá-lo porque porque não tem a mente aberta para as novas oportunidades que daí podem emergir. E, se assim for, é porque não é um bom líder. Os bons líderes, diz Pree Sarkar, são aqueles que querem aprender e que não ficam presos à tradição.

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3. “A culpa não é minha. Se as coisas fossem como quero, tudo mudaria”

Os maus gestores não assumem as decisões que podem ser mal recebidas pelos colaboradores. Preferem que a equipa pense que foram tomadas por outras pessoas. Pree Sarkar explica que este comportamento cria uma cultura tóxica na empresa: a de não assumir responsabilidades, culpando os outros. “Os bons líderes na área das vendas devem explicar as suas decisões às equipas, sejam elas quais forem, falar abertamente com todos os membros, e assumir as suas escolhas”, diz. Mesmo que os colaboradores não concordem com as decisões, vão respeitá-las. E se virem que o líder assumiu a responsabilidade, é mais provável que reproduza esse comportamento.

4. “Tens de pensar e definir aquelas que são as tuas prioridades”

Gestores pouco eficientes tentam, frequentemente, utilizar as emoções dos colaboradores para levá-los a fazer determinada tarefa. Também o fazem para evitar serem eles a tomar as decisões mais difíceis. É como se diz na gíria: “passar a batata quente”. Bons líderes evitam fazê-lo e sabem que os seus colaboradores precisam de orientação.

5. “Tens sorte em ter um emprego”

É comum ouvir-se que em tempos de crise “já é uma sorte ter emprego”, sobretudo quando as empresas enfrentam períodos mais complicados em termos de receitas. Mas isso não é algo que deva circular dentro da organização. Maus líderes tendem a exercer autoridade de forma negativa, persuadindo os colaboradores a trabalharem mais, porque, na verdade, não sabem como motivá-los. Por outro lado, os bons líderes sabem que equipas motivadas trabalham mais e obtém melhores resultados, segundo Pree Sarkar.

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