Investimentos

Inflação: Certificados de aforro compensam?

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certificados de aforro

Com as taxas de juro a subir, muitos são os que procuram solução para rentabilizar os seus investimentos. Falamos em certificados de aforro e em como investir o seu dinheiro de forma segura.

Antes de investir o seu dinheiro, comece por pesar todas as vantagens e desvantagens e perceber qual a opção mais rentável. Com a escalada da inflação, e consequente subida das taxas de juro, muitas famílias têm procurado soluções que lhe permitam poupar e obter mais lucro, já que ter o dinheiro no banco compensa cada vez menos.

É por isso que os certificados de aforro podem ser uma boa alternativa. Além de se tratar de um produto financeiro de capitalização e de fácil acesso, são também títulos de dívida pública, o que significa que ao comprá-los está a financiar o Estado Português e que lhe garante o reembolso total do capital investido e do rendimento obtido. Tendo em conta que é um investimento cujos riscos são reduzidos e que pode levantar o seu dinheiro ao fim de um curto período, pode ser uma boa forma de reforçar o seu fundo de emergência.

Quer saber mais? Nós explicamos.

Certificados de Aforro: como funcionam

  • Quais os valores de investimento?

Os valores podem variar:

                        – Valor mínimo de investimento: 100€;

                        – Valor máximo de investimento: 250 000€.

  • Quais os prazos?

Apesar de ser um produto financeiro com um período de investimento de 10 anos, pode levantar o seu dinheiro após três meses de permanência, sem qualquer custo. Do ponto de vista de disponibilidade, os certificados de aforro podem ser mais vantajosos, mas quanto mais tempo mantiver o valor inicial, mais ganha.

  • Como subscrever estes produtos?

Pode subscrever os certificados de aforro presencialmente ou por via eletrónica.

                        – Presencialmente, num balcão dos CTT;

                        – Online, em AforroNet, onde pode consultar o extrato, dar ordens de subscrição e de resgate de alguns produtos.

  • Tem custos associados?

Investir em certificados de aforro não tem qualquer custo, seja de compra, manutenção ou venda. E neste sentido, é um fator mais vantajoso em relação a outros instrumentos de poupança.

Mas atenção aos custos fiscais, em que a taxa de imposto corresponde a 28% sobre os rendimentos trimestrais. O imposto é aplicado automaticamente e não precisa de incluir os Certificados de Aforro na sua declaração de IRS, a menos que opte pelo englobamento e a sua taxa de imposto seja inferior a 28%.

  • Como funciona o resgate?
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À semelhança da subscrição, o resgate pode ser feito numa loja dos CTT ou no site AforroNet. Pode resgatar a totalidade do valor investido ou apenas uma parte. Mas não se esqueça que só pode fazer o primeiro resgate após três meses de permanência, ou seja, depois do primeiro pagamento de juros. Caso não levante o seu dinheiro antecipadamente, o capital e os juros capitalizados são reembolsados depois de 10 anos de subscrição.

Capitalização de juros

Os certificados de aforro apresentam capitalizações trimestrais. Assim, todos os meses, os detentores de Certificados de Aforro recebem um juro, sucessivamente aplicado, de forma a render mais. Quanto maior for o prazo do investimento, maior vai ser o rendimento.

Série E

Este instrumento financeiro de poupança é emitido através de séries. Atualmente, está em comercialização a Série E, fixada em 1,432%, de acordo com o IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e Dívida Pública).

A taxa de juro aplicada é definida mensalmente no antepenúltimo dia útil do mês, para vigorar durante o mês seguinte, de acordo com a fórmula: E3+1%, em que E3 corresponde à média dos valores da Euribor a três meses, observados nos 10 dias úteis anteriores. O resultado é arredondado à terceira casa decimal e não pode ser inferior a 0% e superior a 3,5%.

Tempo é dinheiro

Além da taxa de juro, também é aplicado um prémio de permanência consoante o tempo em que tenha o seu dinheiro investido.

Este prémio é somado à taxa-base a partir do 2.º ano. Assim:

  • Do início do 2.º ano ao fim do 5.º ano, soma-se 0,5 % à taxa-base.
  • Do início do 6.º ano ao fim do 10.º ano, soma-se 1% à taxa-base.

A cada trimestre, os juros a que tiver direito são automaticamente somados ao seu capital, para que renda mais no trimestre seguinte. De forma a evitar perdas de dinheiro, espere sempre pelo fim de cada para não perder os juros entretanto acumulados.