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5 coisas que a sua companhia de seguros não lhe diz

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coisas que a sua companhia de seguros não lhe diz

Os seguros financeiros são instrumentos importantes na sociedade. Os vários intervenientes – desde os particulares até aos governos, passando pelas empresas – conseguem eliminar incertezas através da contratação de seguros. Porém, o negócio das companhias seguradoras é ganhar dinheiro. Por isso, há coisas que não querem que os consumidores saibam. Afinal, o segredo é a alma do negócio.

1. O seguro multirrisco da habitação não é obrigatório
É obrigatório segurar a sua habitação, se estiver em propriedade horizontal. Se for a um mediador ou agente de seguros, a uma companhia seguradora ou, mesmo, ao seu banco credor, é provável que lhe indiquem que deve fazer um seguro multirriscos para a habitação.
Todavia, a legislação apenas obriga os proprietários de imóveis em propriedade horizontal a contratarem seguros que cubram o risco de incêndio. Este seguro deve cobrir também as partes comuns dos edifícios. Todavia, as seguradoras desejam estender as coberturas, nomeadamente através dos multirriscos. Como também podem proteger contra inundações, sismos, tempestades e acidentes elétricos, por exemplo, são mais caros.

2. O banco ganha dinheiro para lhe vender o seguro
Se contratar um crédito à habitação em dois bancos diferentes mas que tenham como parceiro a mesma companhia de seguros, pode pagar prémios de seguro de vida diferentes? Sim. Isto acontece porque os bancos são mediadores de seguros que ganham dinheiro pelo seu trabalho. Os seus lucros refletem-se em custos mais altos para os segurados.

3. A rentabilidade dos PPR é pouco interessante
A rentabilidade dos planos de poupança-reforma, instrumentos de aforro normalmente na modalidade de seguros de vida, é, muitas vezes, fraca. Os PPR em comercialização em 2013 renderam, em média, 2,7% nesse ano, segundo as últimas estatísticas da Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões. Esse valor é apenas 0,3% superior à taxa média dos depósitos a prazo nesse ano. Num cenário de taxas de juro de mercado quase nulas, as taxas garantidas dos PPR são ainda mais reduzidas. As garantias dos PPR estão a aproximar-se de zero.

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4. PPR são caros
Embora haja exceções, as comissões dos PPR tendem a ser altas quando comparadas com outros instrumentos de poupança. Entre comissões de subscrição, de transferência, de reembolso e de gestão, as companhias de seguros podem ficar com uma fatia importante do seu património.
Os PPR são dos instrumentos de poupança mais populares em Portugal, graças aos benefícios fiscais que ofereciam aos seus titulares. No entanto, como as vantagens fiscais são cada vez menores, há poucos razões para continuar a subscrevê-los.

5. Paga mais pela má condução dos seus vizinhos
Algumas companhias de seguros solicitam muita informação sobre o condutor habitual do carro segurado. O tratamento estatístico dessa informação permite-lhes saber o risco do seu contrato.
Basta indicar a sua morada ou a sua profissão para aumentar o preço do seguro. A companhia pode deduzir, por exemplo, que a sua freguesia é abundante em acidentes automóveis ou em roubos e danos a veículos. Neste caso, pagará um prémio mais alto juntamente com os seus vizinhos.