Investimentos

Aplicações com benefício fiscal nem sempre são uma boa solução

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Aplicações com benefício fiscal

Quer pagar menos impostos? Quem não gosta de escutar esta pergunta, quem não fica curioso em saber a resposta e quem não fica satisfeito se, no fim de contas, tiver descoberto uma forma de aliviar a carga fiscal. Com este argumento, há produtos financeiros que acabam por atrair clientes, mais interessados no benefício fiscal que lhe possa estar associado do que na ponderação de todos os custos envolvidos.

Por vezes, o benefício fiscal do produto significa que o produto financeiro em causa pode envolver mais custos em comissões de subscrição, de gestão ou de resgate. Para quem o vende, o poder de atração do incentivo fiscal é o suficiente para angariar subscritores e uma oportunidade para subir um pouco os custos. A verdade é que quando um produto recebe uma redução fiscal, é normal registar-se um aumento dos custos.

É por este facto que os planos de poupança-reforma (PPR) na modalidade de fundos de investimento cobram mais na subscrição e no reembolso do que os fundos mistos, que são diretamente comparáveis. Mas é na modalidade de seguros de vida que os PPR mais cobram: a comissão de subscrição pode chegar até 9% do aforro nalguns produtos como mostra a lista agregada pelo Instituto de Seguros de Portugal. É muito dinheiro e uma forma escassamente saudável de poupar e investir com uma visão de longo prazo.

Os seguros de capitalização, cuja tributação sobre os rendimentos também é reduzida no longo prazo, primam por apresentarem frequentemente comissões de subscrição e de reembolso. Este tipo de cobrança é cada vez mais raro noutros produtos financeiros, como nos fundos de investimento. Os depósitos a prazo, que, em 2015, juntar-se-ão aos produtos com vantagens fiscais de longo prazo, não podem ter comissões. Se quer investir com benefícios fiscais, garanta que o seu instrumento financeiro não tem custos acrescidos por causa disso.

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