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Saiba como poupar nas comissões bancárias

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poupar nas comissões bancárias

Nos últimos anos os bancos aumentaram as comissões de vários serviços bancários. Entre transferências, anuidades de cartão de débito ou crédito, pedidos de cheques, consultas de movimentos ou de manutenção de conta, o custo de ter uma ou várias contas pode ser elevado ao final do mês. Aqui não está em questão deixar de ter os serviços bancários, sobretudo se precisa deles, mas sim saber adequar os serviços às suas necessidades. Isto porque ao final do ano poderá conseguir poupar algumas centenas de euros. Veja algumas das sugestões para conseguir pagar menos em comissões ao banco.

1.    Conta ordenado – Ao domiciliar o seu ordenado numa instituição, caso opte por ter uma conta ordenado poderá conseguir ficar isento do pagamento de alguns custos. Um dos mais comuns é a comissão de gestão de conta. Várias instituições exigem que tenha um saldo médio mensal, por exemplo, acima de 1000 ou 1500 euros (varia de banco para banco) para que não lhe seja cobrada. Caso não apresente esse saldo poderá contar com uma comissão trimestral, em média, a rondar os 15 euros, ou seja, 60 euros anuais. No entanto, uma das particularidades deste tipo de contas é ter um “crédito autorizado” associado que, normalmente, é igual ao valor do ordenado. Basicamente a conta pode ir a negativo. Deve ter muita atenção e evitar ao máximo utilizar essa possibilidade para que não caia numa situação de sobre-endividamento.

2.    Banca online –  Optar pelos canais de banca online para fazer as operações é mais barato do que fazer ao balcão ou pelo telefone. As diferenças de preços são bastante grandes, dependendo dos montantes a transferir os custos podem ser superiores a 15 euros por transferência. Ainda assim deve ter em atenção que são cada vez menos os bancos que isentam, por exemplo, as transferências através da Internet. Numa consulta pelos preçários dos bancos a operar em Portugal, apenas um terço continua a permitir que os clientes utilizem a internet para fazer as transferências sem qualquer custo. Para consultas de movimentos ou pagamentos de serviços continua a ser a melhor opção, porque é gratuita e permite visualizar vários meses de movimentos. Em casos como pedidos de cartões ou cheques, apesar de existir um custo, é menor do que se deslocar ao balcão.

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3.    Multibanco – Realizar as operações bancárias através do multibanco é, atualmente, a forma mais fácil de conseguir poupar em comissões. Além de ser possível fazer inúmeras operações gratuitas. Por exemplo, as transferências entre contas de bancos diferentes são grátis quando efetuadas através de uma caixa multibanco. Por isso se o seu banco cobra comissão por transferências online, o multibanco pode ser uma boa alternativa para pagar menos.

4.    Anuidade dos cartões – Ao contrário de outros países, em Portugal o cartão de crédito tem uma expressão muito menor do que o cartão de débito. É sobretudo utilizado pelas famílias para situações de emergência ou, por exemplo, em viagens. Se tem um ou mais cartões de crédito que praticamente não utiliza talvez seja bom verificar que tipo de custo tem associado. Um dos mais comuns é a anuidade. Se não utiliza muito e tem uma anuidade elevada pode considerar um cartão que o isente desse custo. No entanto, normalmente os cartões que isentam a anuidade apresentam taxas de juro mais elevadas. Mas se utilizar o saldo dentro do prazo gratuito, e tiver o pagamento a 100% da dívida, não tem de pagar juros, e consegue assim evitar maiores custos. 

5.    Consolidar – Ter todos os produtos numa só instituição naturalmente implica menores custos. São muitos os portugueses que têm mais do que uma conta bancária e, muitas vezes, nem a utilizam com regularidade. Ou seja, acabam por ter custos desnecessários. Se é o seu caso, faça as contas, escolha uma instituição e consolide todos os produtos. Além de poupar nos serviços estará em melhores condições de, no futuro, negociar, por exemplo, taxas de juro nos depósitos ou ter bonificações em ‘spreads’ (taxa que representa a margem de lucro dos bancos) nos créditos.

Em caso de dúvidas sobre os preços que o seu banco pratica pode sempre consultar os preçários dos bancos nos sites dos mesmos. As instituições são obrigadas a divulgá-los, e mantê-los atualizados, e encontram-se sempre na página principal. 

 

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