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Fim das comissões no MB WAY? Junte-se à campanha.

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fim de comissões no MB Way

O pagamento através de meios eletrónicos tem sido incentivado como forma de evitar o contágio por Covid-19. Alguns bancos já isentaram os clientes do pagamento de comissões nos canais digitais. Agora a Deco exige o mesmo para o MB Way.

No passado dia 27 de Fevereiro, o Parlamento aprovou uma proposta que limita comissões em plataformas eletrónicas, seja nos bancos, em geral, ou no MB Way. A discussão seguiu para a especialidade e ainda poderá ser alterada. É nesse sentido que a Deco espera que seja imposto um limite máximo de 0,2% sobre o valor transferido através do MB Way.

No entanto, no atual contexto de pandemia, a Associação de Defesa dos Consumidores pretende ir mais longe: quer exigir ao Banco de Portugal “a isenção das transferências MB Way para todos os portugueses até que esta crise seja ultrapassada”. Para isso, sugere que os consumidores se juntem a esta campanha, sendo que, para isso, basta registarem-se no site da Deco. O registo exige apenas que coloque o seu nome, apelido, número de telefone, e-mail e o nome do banco onde tem conta. A entrega das reclamações ao regulador fica a cargo da própria Associação. 

Recorde-se que os principais bancos a operar em Portugal já cobram comissões pela utilização do MB Way. É o caso do BPI (€ 1,20), Caixa Agrícola (25 cêntimos), Millenium BCP (€ 1,20), Santander (90 cêntimos) e Caixa Geral de Depósitos (85 cêntimos). 

A Deco considera que “os preços aplicados às transferências são desproporcionais”, uma vez que “o consumidor poderá pagar até € 1,20 para transferir qualquer montante, seja 2 ou 10 euros, seja 750 euros (limite máximo permitido pela aplicação)”.

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Há, no entanto, bancos que ainda não cobram por estas transferências. É o caso do Banco CTT, Banco Atlântico Europa, Bankinter, Banco Best, BiG, ActivoBank, EuroBic e Banco Montepio.

A aplicação MB Way garante transferências interbancárias imediatas, algo que ainda não acontece através da banca em geral. O serviço já é utilizado por 2 milhões de portugueses e, todos os meses, são efectuadas mais de 5 milhões de transações. Segundo dados da SIBS, a utilização está a aumentar desde que foram registados os primeiros casos de Covid-19.