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O melhor fogão para a sua casa

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melhor fogão para a sua casa

É considerado o rei da cozinha. Comprar um fogão pode parecer uma tarefa simples, mas tem muito que se lhe diga. Sendo uma peça chave na cozinha de qualquer casa, a sua compra deve ser feita com critério.

Acertar na compra do fogão ideal pode traduzir-se na poupança de dinheiro e também de tempo, algo igualmente precioso. A melhor escolha pode não ser, necessariamente, o fogão mais barato. Por isso, antes de comprar um, pense também nas suas reais necessidades, nas características da sua família (se cozinha muito ou pouco, em grandes ou pequenas quantidades), no espaço que dispõe para instalar o equipamento e no tempo que tem para passar na cozinha – que pode tornar-se bastante mais reduzido, dependendo do tipo de fogão que escolher.

O facto de encontrar no mercado uma infinidade de modelos, tamanhos, preços, acabamentos e funcionalidades não ajuda. É normal que tenha dúvidas. Tentarmos esclarecê-las neste artigo.

Comece por responder as estas 7 questões:

1. Gosta de cozinhar?

2. Vai usar muito o fogão?

3. Qual o espaço disponível para o eletrodoméstico?

4. Vai preparar refeições para quantas pessoas e com que frequência?

5. Recebe muitas visitas para almoços e jantares?

6. Que tipo de panelas costuma usar?

7. Utiliza o forno regularmente?

Só depois de traçar o seu perfil enquanto utilizador deve partir em busca do seu fogão ideal.

Fogões para todos os gostos e feitios

Há fogões a gás – butano, propano ou natural -,  elétricos e mistos. A primeira coisa a ter em conta é o tipo de energia que tem em casa, para procurar um fogão compatível. Caso tenha em casa gás natural deve escolher apenas modelos compatíveis com gás natural. Pode também optar por modelos mistos, que funcionam a gás e a eletricidade. Mas, nesse caso, deve também certificar-se de que tem contratada uma potência suficiente para comportar o funcionamento deste eletrodoméstico.

Há fogões a gás e com forno elétrico, com todos os focos a gás, com forno a gás e grill elétrico, ou até fogões com três focos a gás, um elétrico e forno elétrico, totalmente a gás (com e sem grill), ou totalmente elétricos. 

Também os queimadores, ou bicos, devem estar relacionados do perfil de comprador. Uma família com quatro ou mais pessoas e com alta utilização do fogão deve ter um fogão com cinco ou seis bocas. Para uma pessoa solteira ou um casal sem filhos, basta um de quatro. Uma nota: os de tripla chama são ideais para cozimentos ultrarrápidos e para panelas grandes ou para receitas que necessitam de calor intenso.

O tamanho importa

Por outro lado, existem no mercado fogões de todos os tamanhos, com e sem mesa de trabalho, de encrostar ou inteiros. Pode também optar comprar fornos e placa em separado.

Tenha em conta as dimensões do fogão que vai escolher. Deve medir o fogão em termos de altura, largura e profundidade e o espaço onde pretende colocá-lo. Existem fogões com 50×50 cm, 52×56 cm, 50×60 cm, 60×60 cm, 88×60 cm (geralmente com área para a botija de gás) e 90×60 cm. Estes últimos, denominados de semi-industriais, só compensam se tiver uma família grande ou fizer uma grande utilização do aparelho. Caso contrário, o custo inicial é bem mais elevado do que o de um fogão convencional.

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Na escolha do seu fogão também deve ter em conta a dimensão do forno. Se costuma fazer assados para um grande número de pessoas ou vários assados em simultâneo, vai precisar de um forno grande, que permita a utilização de recipientes de maior dimensão.

As placas do fogão

Um dos fatores que tem um peso grande na escolha do fogão a comprar prende-se com o tipo de placas. Há no mercado placas com diferentes características e níveis de gastos energéticos, para diferentes utilizações. As placas podem ser a gás, eletricidade, de cerâmica ou de indução. Esta última, apesar de mais cara, é a escolha ideal para quem pretende poupar dinheiro no dia-a-dia. Porém, numa placa de indução tem de cozinhar com recipientes adequados. E há que somar aos custos a aquisição de panelas próprias.   

Pode trocar apenas a antiga placa do seu fogão por uma de dimensões semelhantes. Pode, inclusivamente, mudar para outro tipo de placa, nomeadamente uma placa com mais queimadores, a gás ou de incandescência rápida.

Cada tipo de placa apresenta as suas vantagens. As que funcionam a gás permitem controlar o calor e a temperatura dos cozinhados. As de incandescência rápida são mais seguras e muito fáceis de limpar. As placas de indução, que geram calor diretamente no fundo da panela, mantendo mantém a superfície de cozedura relativamente fria, permitem que os alimentos no interior sejam cozinhados na perfeição, seja qual for o tamanho da panela. Este tipo de placas são mais fáceis de limpar e mais rápidas a aquecer. As placas de vitrocerâmica são as mais vendidas no mercado, estando o preço na base desta diferença.

Deixamos uma lista com dicas que podem ajudá-lo a decidir:

Fogão elétrico

  • Um fogão elétrico é mais lento a cozinhar, especialmente se a panela for maior do que o anel da placa, o que dificulta o controlo do estado dos cozinhados;
  • Um fogão com forno elétrico é mais barato, mais fácil para cozinhar e para limpar;
  • Em caso de esquecimento, um forno elétrico desliga-se sozinho;
  • O forno e o fogão elétricos, em caso de falha de energia, não funcionam;
  • Pode ter um custo de aquisição mais baixo, mas a longo prazo é mais dispendioso, pelo facto dos custos da eletricidade serem superiores aos do gás.

Fogão a gás

  • Mais amigo do ambiente;
  • Permite regular a intensidade da chama, que aquece tanto os lados como a parte inferior das panelas, o que vai permitir uma cozedura mais rápida;
  • Um fogão com forno a gás permite cozinhar mesmo em caso de falta de eletricidade;
  • Mesmo que seja mais caro no ato da compra, sai mais barato em termos de utilização.

Concluindo, podemos dizer que não há fogões melhores ou piores. Há fogões mais ou menos adequados às suas necessidades. A escolha acertada será sempre a que melhor se adaptar às características da casa e à utilização que dá ao seu fogão. De uma forma geral, os fogões a gás representam a escolha mais económica para quem cozinha com frequência diária, uma vez que são os mais baratos e o preço a pagar pelo gás acaba por sair mais barato que a eletricidade.