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Moda consciente: da fibra de leite às canas de pesca

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O conceito está na moda – literalmente. A sustentabilidade, a preocupação com o meio ambiente e o consumo consciente fazem parte da forma de estar de cada vez mais estilistas e marcas de vestuário. Damos-lhe a conhecer 5 marcas que defendem estes ideais.

1) Dream Catchers

É uma marca portuguesa de roupa para “mulheres que acreditam no consumo consciente e ético”. Nasceu em 2012, através de Maria Ochôa. A fundadora estudou na Índia e foi lá que se apaixonou pela qualidade e versatilidade dos tecidos indianos. As roupas são produzidas na Índia, oriundas de comércio justo – um detalhe referido em todas as etiquetas da roupa. Os materiais utilizados distinguem-se por serem orgânicos e também pela originalidade: fibra de leite, bambu, fibra de banana e aloe vera. Os tecidos são tingidos de forma natural – sem químicos – e com recurso a técnicas artesanais indianas. Defendem o desperdício zero, por isso, aproveitam os restos dos tecidos para fazer bolsas, sacos ou capas de almofada. Não utilizam plástico e todas as etiquetas são feitas de papel reciclado.

2) Gabriela Batista

Nasceu de uma paixão, mas é “um amor para a vida toda”. Gabriela Batista tem como peça de roupa preferida os blazers, pela sua versatilidade e intemporalidade. Por isso, pegou nesta peça, reinterpretou-a e adaptou-a às necessidades de uma mulher moderna e consciente. É uma marca muito recente – lançada em Outubro de 2019 – e totalmente produzida em Portugal, no norte do país. Aposta em coleções pequenas – entre 15 a 20 peças por modelo – e utiliza os restos de tecidos de fábrica para pequenos detalhes. Segundo a fundadora, a próxima coleção Primavera-Verão vai destacar-se pelos botões reciclados, produzidos a partir de “bio-resina eco-sustentável com 41% de carbono orgânico biodegradável”. 

3) Conscious Swimwear

É o verdadeiro exemplo de economia circular: vem do mar e para lá volta. São biquinis portugueses, feitos à mão, a partir de lixo retirado dos oceanos, como canas de pesca e plástico industrial. Todas as peças são produzidas localmente, em Lisboa, tendo como princípio o comércio justo. As etiquetas são de algodão 100% biodegradável e as embalagens são feitas a partir de material reciclado. Até a fita utilizada para fechar as embalagens é de papel reciclado, em vez da comum fita-cola. Recusam a utilização de plástico em todo o processo e não é só nos biquinis que pretendem dar o exemplo. A fundadora, Joana Silva, quis que a marca servisse também para “criar um impacto positivo no mundo”, por isso, pertence à organização não-governamental 1% For The Planet, através da qual se compromete a doar 1% dos lucros às causas ambientais.

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4) António

O nome é do pai, mas foram as filhas que lançaram a marca. Ana e Sara Mateus cresceram com o exemplo familiar, numa fábrica de marroquinaria que produzia malas em pele com tratamento 100% vegetal. Peças intemporais que duravam uma vida. Adeptas da slow fashion, quiseram recriar o conceito e apostar num modelo de consumo responsável. Com coleções pequenas e produção nacional, as peles são trabalhadas de forma manual e sem utilização de químicos. O forro é em algodão e os acessórios em metal não têm níquel, garantem as fundadoras. A linha principal tem modelos em pele natural, que se nota pela cor mais crua, e a edição especial é salpicada com tinta branca, preta ou tricolor. Todas as malas têm etiqueta em pele e muitos modelos são versáteis: permitem, por exemplo, mudar as alças para várias posições. A marca dá ainda dois anos de garantia e compromete-se a fazer qualquer reparação necessária durante esse período.

5) Cuscuz

Imagine transformar um móvel de madeira, um banco ou uma paleta num acessório de moda? É isso mesmo que pai e filha fazem. Primeiro, nasceram óculos de sol; agora também brincos. São aproveitadas as propriedade originais dos materiais e, “sem intervenções químicas”, são trabalhados e moldados até ganharem uma nova vida. Tudo feito à mão com materiais naturais e reutilizáveis, na defesa de um modelo slow e “em harmonia com o meio ambiente”. Todas as peças são únicas e personalizáveis. Nos óculos, pode escolher o modelo, a cor, a textura e o tipo de lente. Nos brincos, tem três modelos à escolha. Pormenor destacado em várias páginas do site: as peças são gender free, ou seja, não fazem distinções de género – se é masculino ou feminino.

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