Poupar

6 formas de poupar na conta do dentista

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Cuidar da saúde oral é imprescindível, mas os tratamentos dentários podem ser bastante caros. Saiba como pode poupar quando tem de ir ao dentista.

Ter um sorriso bonito e saudável é importante, não só por uma questão de estética, mas principalmente por uma questão de saúde.  Alguns estudos sugerem que a saúde oral (ou a falta dela) pode afetar o resto do corpo, estabelecendo-se uma relação entre as inflamações e infeções na boca com algumas doenças como cardíacas ou respiratórias.

Segundo o Barómetro da Saúde Oral de 2023, publicado pela Ordem dos Médicos Dentistas, os portugueses reconhecem a importância de ir ao dentista, mas apenas 64,4% dos inquiridos o faz, pelo menos, uma vez por ano. Além disso, o número de pessoas que nunca vai a uma consulta ou que só o faz em situações de urgência, aumentou em relação a 2022. Daqueles que nunca visitam o médico dentista, 24,4% afirmam que não o fazem por falta de dinheiro.

É verdade que os tratamentos dentários são bastante caros, podendo mesmo chegar aos milhares de euros. No entanto, já existem vários apoios que ajudam a suportar os custos de uma ida ao dentista.

Cheques-dentista

Inserido no Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO), do Ministério da Saúde, os cheques-dentista existem desde 2005. Este apoio permite o acesso a cuidados de saúde dentários, abrangendo  a prevenção, o diagnóstico e os tratamentos. Contudo, apenas alguns grupos da população têm direito aos cheques-dentista:

  • Grávidas acompanhadas no SNS;
  • Beneficiários do Complemento Solidário;
  • Crianças e jovens até aos 18 anos, independentemente da escola que frequentam;
  • Utentes portadores de VIH/SIDA;
  • Utentes com suspeitas de cancro oral;

O cheque-dentista dá acesso a tratamentos de prevenção, restaurações, desvitalizações, extrações, destartarizações e alisamentos radiculares de forma gratuita. Pode ser utilizado em qualquer médico dentista, desde que seja aderente ao Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral  (PNPSO). O primeiro cheque-dentista tem de ser emitido pelo médico de família. A validade  é, regra geral, de 12 meses, mas varia de acordo com o tipo de apoio:

  • Grávidas – até 60 dias após o parto;
  • Crianças em idade escolar – durante o ano letivo, entre novembro e agosto do ano seguinte;
  • Crianças até aos 6 anos, inclusive – três meses;
  • Pessoas com suspeita de cancro oral – dois meses.

Consultas nos centros de saúde

Qualquer utente do SNS tem direito a consultas de medicina dentária, mesmo que não tenha médico de família atribuído. Só tem de estar inscrito num Agrupamento de Centros de Saúde (ACES). No entanto, nem todos disponibilizam esta opção. Pode saber se o seu centro de saúde ou algum pertencente ao ACES da sua área de residência tem consultas de saúde oral consultando o site do SNS.

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A ida ao dentista nos cuidados de saúde primários dá acesso a tratamentos considerados indispensáveis em termos clínicos. Destas consultas estão excluídas as intervenções estéticas, como os branqueamentos, ortodontia, implantes ou coroas. A referenciação para a consulta de medicina dentária é feita pelo médico de família ou pelo médico assistente e dá acesso ao número de consultas necessárias para realizar todos os tratamentos de que o utente precisar.

Consultas nas universidades

Quer sejam públicas ou privadas, já existem muitas faculdades de medicina dentária no país a oferecer consultas da especialidade a preços mais baixos quando comparados com o mercado. Neste caso, são os estudantes que dão as consultas e fazem os tratamentos, sempre com supervisão dos professores.

Algumas das faculdades que oferecem este serviço são a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa ou a Universidade Católica.

Parcerias e protocolos com empresas

Já existem empresas e associações de trabalhadores que têm acordos com clínicas de medicina dentária. Além disso, também há organizações, como associações mutualistas ou bombeiros voluntários com protocolos que permitem o acesso a consultas mais baratas.

Em Lisboa existe, ainda, o programa SOL – Saúde Oral em Lisboa, da Santa Casa da Misericórdia. Este programa disponibiliza consultas e tratamentos gratuitos ou a preço reduzido a crianças até aos 17 anos, residentes em Lisboa ou que frequentem uma escola do concelho.

Medidas preventivas

Como se costuma dizer, “é melhor prevenir do que remediar”. E, neste caso, a prevenção pode ser mesmo a melhor estratégia. Além dos cuidados habituais, como ter uma boa higiene oral e uma alimentação equilibrada e saudável, ir ao dentista pelo menos uma vez por ano pode ser uma forma de, no futuro, poupar dinheiro nos tratamentos dentários. Isto porque a ida regular a consultas de medicina dentária ajuda a prevenir problemas maiores que vão implicar custos acrescidos.

Seguros de saúde

Os seguros de saúde também são uma boa forma de poupar no dentista. E aqui tem duas opções: pode escolher um seguro que cubra estomatologia ou optar por um exclusivo desta área.

O Seguro Médis Dental, por exemplo, oferece preços vantajosos em tratamentos inovadores, descontos para familiares, médico online e atos médicos comparticipados com copagamento de 3 euros por consulta. Não é necessária avaliação prévia para a subscrição e não existe período de carência. Além disso, a Rede Médis Dental tem ao seu dispor mais de 270 clínicas em todo o país. Faça aqui a sua simulação e comece já a poupar em saúde oral.

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