Investimentos

Escolas privadas: quanto custam?

4 min
Custo de escolas privadas

Maria e Jorge têm dois filhos, uma adolescente e uma bebé. A bebé começou  no ano passado a frequentar um colégio privado, ainda na creche. Há muito que o casal tinha definido preferência para que a filha fizesse os primeiros anos de escolaridade no ensino particular, mas ainda a inscreveram em creches IPSS da zona de residência, mas em nenhuma houve vaga. Já a filha mais velha do casal, no 7º ano deixou o colégio privado onde estudou até então e ingressou na escola pública da área de residência. “Mais do que o tema dinheiro, achámos que o ensino não estava a ser assim tão diferenciador, e por outro lado queríamos que a nossa filha não vivesse na bolha que o colégio representava”.

Ana e Ricardo também têm dois filhos, ambos adolescentes. Até ao 6º ano de escolaridade, ambos frequentaram um colégio privado na região da grande Lisboa. Apenas em mensalidades escolares, a família tinha um gasto mensal superior a 1.000 euros. Tinha porque agora ambos os filhos frequentam o ensino público: “Decidimos que tinha chegado a altura de usarmos o valor mensal que estávamos a gastar no colégio para darmos outro tipo de formação aos nossos filhos, nomeadamente viajarem, verem o mundo”.

Escolher um estabelecimento de ensino não é uma missão fácil e se há pessoas para quem a mensalidade não pesa na decisão, para outras este é o primeiro fator a considerar. A verdade é que ter filhos a estudar no ensino privado implica um investimento avultado que muitos portugueses não podem assegurar.

Ainda assim, é preciso ter em conta que mesmo as instituições de ensino privado variam bastante de valores mensais e que existem outros fatores a considerar. Por exemplo, se os seus filhos frequentarem o ensino público terão direito a manuais escolares gratuitos, enquanto que se estudarem num colégio privado terá de pagar todo esse material. Além disto, deve ter em conta que, no ensino privado, terá de pagar matrícula todos os anos, algo que não acontece no ensino público.

Leia mais  7 sugestões para rentabilizar as suas poupanças

As propinas variam muito?

O valor das várias instituições privadas de ensino varia. Não apenas tendo em conta o ano de ensino mas também a localização – os valores podem variar entre 6.000 e 20.000 euros por ano, aproximadamente.

Conheça as mensalidades de alguns dos colégios que ficaram mais bem posicionados no mais recente ranking escolar.

Academia de Música de Santa Cecília, Lisboa – 1º lugar ranking

Pré-escolar

€452

1º ciclo

€498

2º ciclo

€488

3º ciclo

€490

Secundário

€530

Outros encargos anuais a considerar

Matrícula (€300), Curso Secundário de Música em Regime Integrado (€199), Alimentação (cerca de €120/mês, €40/mês para utilização do refeitório, €8 para almoço avulso)

Colégio Efanor, Matosinhos – 3º lugar do ranking

Pré-escolar

€515

1º ciclo

€535

2º ciclo

€540

3º ciclo

€540

Secundário

€540

Outros encargos anuais a considerar

Pré-inscrição (€70), Novas matrículas (€425), Renovação de matrícula (315), Alimentação (€115/mês para pré-escolar e 1º ciclo, 120/mês para os restantes anos)

Colégio Nossa Senhora do Rosário, Porto – 4º lugar do ranking

Pré-escolar

€479,70

1º ciclo

€510,30

2º ciclo

€529,50

3º ciclo

€529,50

Secundário

€543,15

Outros encargos anuais a considerar

Matrícula (€300), Seguro Escolar (€40), Quota da Associação de Pais Rosário (15), Alimentação (n.d.)

Colégio São João de Brito, Lisboa – 10º lugar do ranking

Pré-escolar

€446

1º ciclo

€494

2º ciclo

€501

3º ciclo

€501

Secundário

€566

Outros encargos anuais a considerar

Matrícula (€212 para o pré-escolar e €330 para os restantes anos), Seguro Escolar (€35), Alimentação (€106/mês para pré-escolar e 1º ciclo, €138/mês para restantes anos, €9 para almoço avulso)

Além destes valores, tem ainda que considerar atividades extracurriculares, mas estas serão pagas seja no ensino privado seja no público. Há sempre a possibilidade de o seu filho ser um excelente aluno e conseguir uma bolsa de estudo que o isente de mensalidades.

 

O que achou?