Direitos e Deveres

O guia para quem (ainda) não sabe interagir com crianças

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interagir com crianças

Brincar com uma criança parece ser a coisa mais fácil do mundo, mas a verdade é que nem todos sabem fazê-lo de uma forma natural. Brincar é uma coisa séria. E os especialistas avisam: brincar na infância é tão importante como o sono ou a alimentação. Se é um pai, mãe, tio, irmã ou primo com menos jeito do que gostaria para brincar com crianças, comece por aqui.

Idade: 0 – 1 anos
É mais fácil interagir com recém-nascidos do que imagina. Basta a sua cara. Para um bebé desta idade, as caras são mais interessantes do que qualquer outro objeto.
Com apenas dias, os bebés são capazes de distinguir expressões faciais de felicidade, de tristeza e de surpresa. Com esta pista de especialista, basta pôr a imaginação na sua cara. Abuse do tempo cara a cara com o bebé, das caretas, das expressões e do jogo da imitação. Se juntar a sua voz, então tem atenção garantida. Conte ou cante histórias, narre ações do dia a dia, mesmo que seja um monólogo. Estará a dar todas as ferramentas de que o bebé precisa para conhecer a fala e as palavras que o vão ligar ao mundo social.

Idade: 1 – 3 anos
Brincar é um processo que vem da criança, é da criança e liderado pela criança. Nesta idade, as crianças é que mandam, pelo menos no que respeita à brincadeira. Às vezes basta um gesto, um olhar, um sorriso. Esse pode ser o sinal verbal ou não verbal de que está a ser convidado para entrar no mundo delas. Não será a personagem principal, mas sim aquele que cria ambientes ricos, como esconderijos, cavernas, abrigos, cidades secretas, para que as crianças possam brincar, explorar e imaginar. O segredo é observar e perceber no que é que a criança está mais interessada. Siga-lhe os passos e, se não souber como brincar, é simples: imite-a e entre no mundo em que ela quer estar a cada momento.

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Idade: 3-5 anos
Aprender a ler ou a escrever ainda não são a coisa preferida nestas idades e, na verdade, para muitos especialistas, nem são o mais importante. Nas brincadeiras, evite fazer de professor e centrar a sua atenção nas letras ou nos números, porque para as crianças isso vai ser menos divertido, lê-se em “Free to Learn”, um livro sobre os benefícios da brincadeira.
A energia típica destas idades faz-se das brincadeiras físicas, sobretudo ao ar livre, uma parte fundamental do envolvimento e do desenvolvimento motor e da autonomia de uma criança. Jogue, entregue-se, dê cambalhotas, faça o pino, suba e desça árvores, suje-se, seja a outra criança. Não receie o pior. O seu papel é apenas evitar que as crianças se magoem, mas que nunca deixem de experimentar, de viver, de ganhar inteligência emocional, responsabilidade e mundo.

Tudo isto é saudável, tudo é essencial ao desenvolvimento das crianças. E ao seu. Brincar, é para a vida.